As ameaças provocadas pelo planeta Terra e pelos seres humanos são as seguintes: 1) Esfriamento do núcleo do planeta Terra; 2) Erupção de vulcões; 3) Mudança climática global provocada pelos seres humanos; 4) Pandemias provocadas pelos seres humanos; e, 5) Guerras provocadas pelos seres humanos. A análise dessa ameaças permitiu chegar à conclusões seguintes:
1. Para salvar a humanidade da ameaça de esfriamento do núcleo da Terra, é bastante importante que haja um constante monitoramento da temperatura do núcleo do planeta Terra para adotar, quando necessário, estratégias de fuga de seres humanos para locais que sejam habitáveis no sistema solar (Marte, a lua de Saturno, Titan, e a lua de Júpiter, Callisto), antes da perda do campo magnético da Terra e do desequilíbrio na cadeia alimentar do planeta resultantes do esfriamento do núcleo da Terra. Além disso, é preciso que seja montada uma estrutura mundial, uma Organização Mundial de Defesa Contra Catástrofes Naturais de abrangência global, similar à OMS (Organização Mundial de Saúde) que tenha capacidade de coordenar tecnicamente as ações em todo o mundo no enfrentamento do esfriamento do núcleo da Terra.
2. Para salvar a humanidade da ameaça representada pela erupção de vulcões, deve-se fazer seu monitoramento constante com o uso de satélites, equipamentos de sensibilidade sísmica e outras fontes para detectar erupções de vulcões que estão para acontecer visando prevenir desastres de proporções catastróficas. Estas medidas devem ser adotadas, sobretudo, nos países onde há mais ocorrência de erupção de vulcões no mundo. Em cada um desses países, é preciso que sejam montadas estruturas voltadas para o monitoramento de erupção de vulcões e sejam elaborados planos de evacuação de populações em locais que possam ser atingidos por esses eventos catastróficos. Além disso, é preciso que seja montada uma estrutura mundial, uma Organização Mundial de Defesa Contra Catástrofes Naturais de abrangência global, similar à OMS (Organização Mundial de Saúde) que tenha capacidade de coordenar tecnicamente as ações dos países no enfrentamento de erupção de vulcões cujas consequências tenham abrangência local, regional e mundial, especialmente de vulcões que podem levar à extinção da vida no planeta Terra como as grandes erupções de vulcões ocorridas há 250 milhões de anos que acabaram com um ciclo de vida na Terra. Esta organização mundial deveria ser vinculada a um governo democrático mundial a ser criado que seja capaz de coordenar todas as ações de todos os governos nacionais na adoção das medidas necessárias à evacuação dos seres humanos para locais seguros e, até mesmo, se necessário, para fora do planeta Terra em locais com chance de serem habitáveis no sistema solar (Marte, a lua de Saturno, Titan, e de Júpiter, Callisto) no caso em que a erupção de vulcões possa levar à ameaça de extinção dos seres humanos como já ocorreu no passado.
3. Para evitar a mudança climática catastrófica global, é preciso descarbonizar a economia até 2050 ou cortar pelo menos 70% das emissões globais de gases de efeito estufa até meados do século XXI para que não haja aumento da temperatura média global acima de 2 °C ou 1,5 °C, acabar com as guerras, que, também, são responsáveis em grande parte pelo agravamento ambiental do planeta pelos efeitos devastadores que provocam sobre o meio ambiente e promover profunda transformação da sociedade atual. A insustentabilidade do modelo atual de desenvolvimento capitalista é evidente, uma vez que tem sido extremamente destrutiva das condições de vida no planeta. Diante disso, é imperativo substituir o atual modelo econômico dominante em todo o mundo por outro que leva em conta o homem integrado ao meio ambiente, com a natureza, ou seja, o modelo de desenvolvimento sustentável que deve garantir que as necessidades das gerações atuais ocorram sem comprometer as necessidades das gerações futuras pondo fim à constante degradação ambiental que ameaça o futuro da humanidade.
4. Para evitar a ocorrência de novas pandemias no planeta Terra, é preciso que haja a mobilização da sociedade civil em todo o planeta para construir uma nova ordem mundial em que haja a mudança radical do conceito de desenvolvimento como o praticado há séculos. É preciso parar imediatamente de degradar e desmatar florestas e fortalecer os sistemas de vigilância em saúde de todos os países e da Organização Mundial da Saúde (OMS), reduzir iniquidades sociais entre nações e no interior delas, remover subsídios que favoreçam o desmatamento e oferecer mais apoio aos povos indígenas, para conterem o desmatamento. É preciso proibir internacionalmente o comércio de espécies de alto risco de transmissão de vírus e erradicar o consumo de carne silvestre no mundo, criar uma biblioteca da genética de vírus, que ajude no mapeamento de locais de onde possam surgir novos patógenos de alto risco, realizar investimentos de US$ 22 bilhões a US$ 31 bilhões por ano por uma década, para monitorar e policiar o comércio de animais selvagens e impedir o desmatamento tropical e em vigilância sanitária e biosegurança na criação de animais de consumo, que são potenciais intermediários de vírus que atingem humanos, principalmente em áreas próximas a florestas para ajudar a prevenir futuras pandemias, bem como manter a população mundial bem informada quanto aos riscos de novas pandemias com dados confiáveis, concebidos pela experiência e pela ciência.
5. Para evitar a proliferação de guerras no mundo e a eclosão da 3ª Guerra Mundial, deve-se constituir um governo mundial democrático que seja eleito pelo parlamento mundial a ser constituído com a participação dos países de todo o mundo. O governo democrático mundial evitaria o império de um só país e a anarquia de todos os países. Um governo mundial só será sustentável se for verdadeiramente democrático. A nova ordem mundial deve ser edificada não apenas para organizar as relações entre os homens na face da Terra, mas também suas relações com a natureza. É preciso, portanto, que seja elaborado um contrato social planetário que possibilite a conquista da paz mundial, o progresso econômico e social e o uso racional dos recursos da natureza em benefício de toda a humanidade.
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* Fernando Alcoforado, 82, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.
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