tudo no século XXI que impõem a necessidade da existência de um governo democrático mundial que seja capaz de evitar suas nefastas consequências. O sociólogo Immanuel Wallerstein em sua obra O Universalismo europeu: a retórica do poder e o economista Michael Roberts no artigo The Great Recession: a Marxist View (A Grande Recessão: uma visão marxista), prognosticaram o colapso do capitalismo e da globalização no século XXI. José Eustáquio Diniz Alves, em artigo sob o título Antropoceno: a Era do colapso ambiental, afirmou que a Terra pode evoluir para o colapso ambiental e social. John Casti prognosticou o colapso de tudo ao afirmar em seu livro O Colapso de Tudo - Os Eventos Extremos que Podem Destruir a Civilização a Qualquer Momento que nossa sociedade está se tornando tão interligada e complexa que o colapso é quase inevitável e, Edgar Morin afirmou em seu livro Vers l’abîme ? (Rumo ao abismo ?) que a humanidade evolui rumo ao colapso humanitário ao considerar a inevitabilidade do desastre diante da incapacidade humana de formular uma política de civilização e de humanidade.
Fica bastante evidenciada pelas visões de Immanuel Wallerstein, Michael Roberts, José Eustáquio Diniz Alves, John Casti e Edgar Morin que o mundo evolui rumo ao colapso da globalização, ao colapso ambiental e social, ao colapso humanitário e ao colapso de tudo. Urge a construção de uma nova sociedade diametralmente oposta à atual em todo o mundo como propõe Morin. Uma nova sociedade terá que surgir e que só será viável se for conduzida por um governo mundial democrático que seja capaz de planejar e controlar os sistemas caóticos existentes para evitar as nefastas consequências sobre a humanidade do colapso de tudo como prevê Immanuel Wallerstein, Michael Roberts, José Eustáquio Diniz Alves, John Casti e Edgar Morin. Só assim será possível evitar as nefastas consequências sobre a humanidade provocadas pelo colapso da economia mundial, pelo colapso ambiental e social, pelo colapso do sistema internacional, pela exaustão dos recursos naturais do planeta especialmente água e petróleo, pelo crescimento desordenado das cidades e pela mudança climática catastrófica global, além do descontrole dos sistemas de internet e de energia e da emergência de novas pandemias globais, evitando, enfim, as consequências do colapso de tudo.
O grande obstáculo ao advento de um governo mundial é representado pelos governos nacionais, sobretudo pelas grandes potências, que não abrem mão de intervir globalmente em defesa de seus interesses. As grandes potências não aceitam um governo mundial para continuarem sua dominação em nível mundial e os governos dos demais países se aferram à defesa de suas soberanias se opondo à existência de um governo mundial porque acham que eles seriam seus vassalos. No entanto, no novo sistema internacional que substituiria o atual, o governo democrático mundial atuaria apenas para fazer com que o sistema econômico e o sistema internacional evoluam em benefício de todos os países em um ambiente de progresso, paz e concórdia entre as nações. Cada país seria soberano para atuar nos limites de seu território e não para intervir nos assuntos internos de outros países. O que não seria admitido é qualquer país intervir com o uso da força nos assuntos internos de outros países como tem acontecido ao longo da história. O governo democrático mundial seria a garantia do respeito à soberania dos países do mundo, especialmente dos mais fracos. A ausência de um governo mundial é que representaria uma ameaça à soberania nacional da maioria dos países porque ficariam à mercê dos mais fortes como tem ocorrido ao longo da história. Se qualquer país comprometer o ambiente de paz entre as nações, intervindo nos assuntos internos de outro país, o governo mundial atuaria para impedir que o agressor consuma seus propósitos através de ação diplomática ou, em caso de insucesso, inclusive com o uso da força. Para tanto, o governo mundial convocaria as forças armadas de determinados países para cumprirem o papel de impedir que qualquer país intervenha em outro fazendo uso da força.
Os governantes e os povos de todos os países do mundo precisam adquirir a consciência de que o caos que caracteriza a operação dos sistemas mundiais atuais nos planos econômico, ambiental e das relações internacionais resulta de sua ingovernabilidade que só será superada com a existência de um governo democrático mundial para promover o progresso em benefício de todos os povos do mundo e o ordenamento da economia mundial e do meio ambiente global, bem como a concretização da paz mundial ao lidar com as ameaças dos colapsos do capitalismo, da globalização, ambiental, social, humanitário e de tudo no século XXI com suas nefastas consequências que pairam contra a sobrevivência da humanidade. Só assim, a humanidade evitará o abismo do colapso total.
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