O governo Joe Biden dos Estados Unidos age de forma irresponsável colocando o mundo diante da possibilidade de uma hecatombe nuclear ao aumentar as hostilidades com a Rússia na Ucrânia e não buscar uma negociação de paz. É muito provável que, ao invadir a Ucrânia, o propósito do governo da Rússia, comandado por Vladimir Putin, seria o de criar as condições para negociar com o governo dos Estados Unidos o compromisso de evitar que a Ucrânia passasse a integrar a OTAN que representaria uma ameaça à segurança da Rússia. É oportuno observar que a tentativa de incorporação da Ucrânia à OTAN atenderia aos interesses geopolíticos do governo dos Estados Unidos porque completaria o cerco da Rússia.
A irracionalidade de Joe Biden em manter o conflito dos Estados Unidos com a Rússia se explica por quatro motivos: 1) ele busca assegurar os interesses da indústria bélica norte-americana com o aumento dos gastos militares e com a expansão da OTAN; 2) ele busca com o aumento dos gastos militares evitar o agravamento da crise econômica nos Estados Unidos que deverá entrar em recessão em 2023; 3) ele busca melhorar sua popularidade internamente ao completar dois anos de mandato que está em baixa com apenas 40% da população americana aprovando seu governo; e, 4) ele busca atender os interesses dos fornecedores norte-americanos de GNL (gás natural liquefeito) transferindo a dependência da Europa do gás natural da Rússia para os Estados Unidos.
Como fazer para celebrar a paz na guerra entre a Rússia e a Ucrânia e fazer com que as guerras cheguem definitivamente ao fim em nosso planeta realizando o sonho de Immanuel Kant expresso em sua obra “A Paz Perpétua”? Como fazer com que o sonho de todos os amantes da paz se realize no mundo em que vivemos? A guerra entre Rússia e Ucrânia só chegará ao fim desde que sejam eliminadas suas causas. São duas as causas da guerra: 1) a expansão da OTAN, aliança militar ocidental, rumo às fronteiras da Rússia; e, 2) o desejo do governo da Ucrânia de se incorporar à OTAN que completaria o cerco da Rússia tornando este país vulnerável. A celebração da paz na Ucrânia não produziu avanços porque quem deveria negociá-la seriam os governos dos Estados Unidos e da Rússia porque só estes governos teriam capacidade de eliminar as causas da guerra. O acordo de paz entre Biden e Putin seria vantajoso para a Ucrânia, a Rússia, os Estados Unidos, a Europa e para o mundo. Para Biden e Putin celebrarem este acordo de paz, é preciso que a ONU, através de seu secretário geral, saia de sua passividade e procure a celebração da paz mundial e a China e todos os países amantes da paz se mobilizem visando sua realização.
Para afastar definitivamente novos riscos de uma nova guerra mundial e que se concretize a paz perpétua em nosso planeta, seria preciso a reforma do sistema internacional atual que é incapaz de garantir a paz mundial. O novo sistema internacional deveria funcionar com base em um Contrato Social Planetário. O novo estado de direito internacional seria executado pelos três poderes a serem constituídos: Governo mundial, Parlamento mundial e Corte Suprema mundial. O poder mundial repousaria no Governo mundial, no Parlamento mundial e na Corte Suprema mundial. O poder mundial não corromperia nem seria corrompido porque haveria a vigilância de todos os poderes constituídos. Governo mundial, Parlamento mundial e Corte Suprema mundial atuariam como freios e contrapesos visando a eficiência e eficácia do sistema internacional.
Estas são, portanto, as medidas que deveriam ser adotadas a curto prazo para acabar com a guerra na Ucrânia e, a médio e longo prazo, para acabar definitivamente com as guerras no mundo.
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* Fernando Alcoforado, 83, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.
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