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A NECESSIDADE IMPERIOSA DE REESTRUTURAÇÃO DA ONU COMO GOVERNO MUNDIAL

Historicamente, a humanidade evoluiu da aldeia para a cidade-estado, da cidade-estado para o Estado-nação e do Estado- nação para a constituição de União de Estados e Blocos Econômicos.

04/05/2025 às 22h37
Por: Colunista Fonte: Fernando Alcoforado*
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Uma visão ampla do Salão da Assembleia Geral durante a abertura da Cúpula do Futuro. Foto: © UN Photo/Loey Felipe / Divulgação
Uma visão ampla do Salão da Assembleia Geral durante a abertura da Cúpula do Futuro. Foto: © UN Photo/Loey Felipe / Divulgação

Este é o resumo do artigo de 9 páginas que tem por objetivo demonstrar a necessidade imperiosa de reestruturação da ONU para que esta organização exerça o papel de Governo mundial, não apenas para assegurar o ordenamento do caótico sistema econômico global, do insustentável meio ambiente do planeta Terra, e das relações internacionais caracterizadas pelas guerras intermináveis entre as nações, mas também, para enfrentar as ameaças à sobrevivência da humanidade sejam elas existentes no planeta Terra ou vindas do espaço sideral. Para tanto, este artigo apresenta: 1) como o mundo evoluiu da aldeia primitiva à constituição de estados-nações e blocos econômicos; 2) como constituir um Governo mundial para construir um mundo de paz e progresso para toda a humanidade; e, 3) como o Governo mundial atuaria no enfrentamento das ameaças à sobrevivência da humanidade.

Historicamente, a humanidade evoluiu da aldeia para a cidade-estado, da cidade-estado para o Estado-nação e do Estado- nação para a constituição de União de Estados e Blocos Econômicos. As antigas cidades-estados se desenvolveram não apenas na Grécia, na Antiguidade, mas também em várias regiões do mundo, como a Suméria, na América Central e no Extremo Oriente. A partir do século XI, em várias cidades, a burguesia lutou contra os senhores feudais pelo direito da administração da cidade. A autonomia destas cidades declinou, e mesmo a importância de grandes cidades-estados caiu drasticamente. O Estado moderno surgiu como produto do declínio das cidades-estados e da desordem característica da ordem feudal. A base política dos Estados Nacionais estava na centralização do poder absoluto e na autoridade dos reis que, dessa forma, unificou o território e centralizou o poder em suas mãos. Na última fase do período medieval, o poder político e militar, em posse dos senhores feudais, foi transferido para as mãos de um monarca absolutista. O Estado moderno passou a ser o responsável pela lei e pela ordem interna.

O Estado moderno surgiu primeiro no continente europeu por volta do século XVI a partir do desenvolvimento do capitalismo mercantil em países como a França, Inglaterra e Espanha, e mais tarde na Itália. O Estado moderno difundiu-se depois para o resto do mundo e o conceito de nação apareceu no século XVIII. Nesta mesma época, os termos Estado e Nação se fundiram dando origem ao que hoje conhecemos por Estado-nação. No século XVIII, com o advento dos direitos de cidadania a partir da Independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa (que alteraram as relações entre os governantes e governados por meio da democratização do poder, transformando os súditos em cidadãos), o termo nação passou a ser empregada como sinônimo de povo. Foi um poderoso apelo ideológico que serviu para incutir na população, em geral, a ideia e o senso de pertencimento a uma comunidade mais ampla moldada por uma origem histórica e cultural comuns. Na segunda metade do século XX, a integração da economia mundial foi um dos principais fatores responsáveis pela constituição dos diversos blocos econômicos em várias partes do globo. A sua existência atendia ao mais elevado interesse das empresas multinacionais porquanto, por seu intermédio, haveria uma maior liberalização do mercado mundial, principalmente intrablocos. Em outras palavras, a formação de blocos econômicos abriu caminho à constituição de um mercado mundial sem barreiras no futuro sob a ótica das empresas multinacionais.

Tudo o que acaba de ser relatado aponta no sentido de que a humanidade caminha inexoravelmente na direção de uma integração econômica, inicialmente, e, política, posteriormente, entre os países. A integração econômica forçará inevitavelmente a integração política mundial.   Da aldeia primitiva, a humanidade está caminhando para constituir uma “aldeia global”. Para que esta “aldeia global” seja administrada, é preciso que haja um Governo mundial que só funcionará se houver também um Estado de direito globalizado. Com um Governo mundial, um Parlamento mundial e uma Corte Suprema mundial resultantes da reestruturação da ONU será possível evitar guerras e acabar com o banho de sangue que tem caracterizado a história da humanidade. Para ser democrático, o Governo mundial deveria ser eleito pelo Parlamento mundial nele representado por todos os países do mundo cujos representantes seriam eleitos pelos povos dos respectivos países. É chegada a hora da humanidade se dotar o mais urgentemente possível de instrumentos capazes de promover a construção da paz mundial e de exercer o controle de seu destino.  Para alcançar estes objetivos, urge a implantação de um governo democrático do mundo que se constitui no  único meio de sobrevivência da espécie humana. Para afastar definitivamente novos riscos de uma nova guerra mundial e que a se concretize a paz perpétua em nosso planeta, seria preciso a reforma do sistema internacional atual que é incapaz de garantir a paz mundial. O novo sistema internacional deveria funcionar com  base em um Contrato Social Planetário. O Contrato Social Planetário seria a Constituição (Carta Magna) dos povos do planeta Terra.

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Para a elaboração do Contrato Social Planetário deveria haver a convocação de uma Assembleia Mundial Constituinte com a participação de representantes de todos os países do mundo eleitos para este fim. O Contrato Social Planetário deveria estabelecer a existência de um Governo mundial, Parlamento mundial e Corte Suprema mundial. A preservação da paz mundial deveria ser a primeira missão de toda nova forma de Governo mundial. Ele teria por objetivo a defesa dos interesses gerais do planeta compatibilizando-o com  os interesses de cada nação. Para que isto aconteça, é preciso que exista uma governabilidade democrática do mundo com um Governo mundial eleito pelo Parlamento mundial. Por seu intermédio, seria perseguida a defesa dos interesses gerais de todos os países do planeta no plano das relações internacionais. Um governo democrático mundial zelaria  no sentido de que seja respeitada a soberania de cada país porque atuaria no sentido de evitar que qualquer país intervenha nos assuntos internos de outros, sobretudo com intervenções militares. Ao contrário do que muitos pensam, a existência de um Governo mundial  não seria uma ameaça à soberania nacional sendo, pelo contrário, a garantia de que nenhum país interviria nos assuntos internos de outros países. Um Governo mundial é necessário, não apenas para assegurar o ordenamento do caótico sistema econômico global, do insustentável meio ambiente do planeta Terra, e das relações internacionais caracterizadas pelas guerras entre as nações, mas também, para enfrentar as ameaças à sobrevivência da humanidade sejam elas existentes no planeta Terra ou vindas do espaço sideral.

As estratégias fundamentais para a sobrevivência da humanidade consistem em: 1) promover o avanço científico e tecnológico para lidar com as ameaças à sobrevivência da humanidade existentes no planeta Terra e aquelas vindas do espaço sideral; 2) aumentar a capacidade biológica dos seres humanos para sua sobrevivência na Terra, realizar viagens espaciais e viver em habitats diferentes do planeta Terra; e, 3) constituir um Governo mundial para implementar as duas primeiras estratégias. Competiria ao Governo mundial promover o avanço científico e tecnológico e aumentar a capacidade biológica dos seres humanos visando sua sobrevivência na Terra e fora dela. Todas estas estratégias fazem parte da solução necessária para enfrentar todas as ameaças à sobrevivência humana a curto, médio e longo prazo. Na atualidade, alguns países como os Estados Unidos, China e Rússia, entre outros desenvolvem ações relacionadas com o avanço científico e tecnológico para atender seus interesses estratégicos e não de sobrevivência da humanidade que só poderiam ser desenvolvidas por um Governo mundial que coordenaria a ação de todos os países do mundo em busca do interesse comum.

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A estratégia do Governo mundial  de avanço da ciência e da tecnologia para enfrentar as ameaças imediatas à sobrevivência da humanidade precisa ocorrer: 1) com o desenvolvimento das atividades de P&D visando a produção de antibióticos e vacinas para o combate às pandemias atuais e futuras; 2) com a adoção de tecnologias limpas no combate à degradação ambiental e para evitar o esgotamento dos recursos naturais do planeta Terra que contribuam para o desenvolvimento sustentável da sociedade; 3) com a adoção de tecnologias limpas para evitar o aumento da temperatura média do planeta além de 1,5 ºC a 2 ºC para o combate à mudança climática catastrófica global e contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade e; e, 4) com o monitoramento de catástrofes naturais resultantes de terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas que permitam a previsão de sua ocorrência e a elaboração de planos de evacuação de populações de áreas afetadas. 

A estratégia do Governo mundial  de avanço da ciência e da tecnologia para enfrentar as ameaças futuras à sobrevivência da humanidade precisa ocorrer: 1) no monitoramento de corpos celestes que possam colidir com a Terra (asteroides e cometas) visando o desenvolvimento de poderosos foguetes para interceptá-los e, caso necessário, prover as condições tecnológicas para a fuga de seres humanos para locais habitáveis no sistema solar; 2) no monitoramento da explosão de estrelas supernovas emissoras de raios gama para avaliar a necessidade de fuga dos seres humanos para locais habitáveis no sistema solar e prover as condições tecnológicas para realizar esta fuga; 3) no monitoramento do meio ambiente e do clima terrestre devido ao contínuo afastamento da Lua em relação à Terra para avaliar suas consequências para orientar a utilização de tecnologias capazes de promover a mitigação dos problemas ambientais do planeta Terra e, caso necessário, prover as condições tecnológicas para a fuga dos seres humanos para locais habitáveis no sistema solar; 4) no monitoramento dos planetas do sistema solar que possam colidir com a Terra para prover as condições tecnológicas para a fuga de seres humanos para locais habitáveis fora do sistema solar; 5) no monitoramento do declínio do Sol até a sua morte e da colisão das galáxias Andrômeda e Via Láctea com suas consequências sobre a Terra para prover as condições tecnológicas para a fuga de seres humanos para locais habitáveis fora do sistema solar; e, 6) na descoberta da existência e das possibilidades de acesso a universos paralelos para planejar com tecnologias avançadas a fuga de seres humanos para esses universos paralelos com o fim do Universo em que vivemos.

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A estratégia do Governo mundial de aumento da capacidade biológica dos seres humanos consistiria em aumentar consideravelmente as capacidades intelectuais, físicas e psicológicas humanas para criar uma nova categoria de seres humanos mais evoluídos que sejam capazes de desafiar os limites impostos pela natureza a fim de sobreviver às ameaças à sua sobrevivência na Terra e em viagens espaciais. Esta condição poderia ser alcançada com o uso de ciência e da tecnologia (biotecnologia, nanotecnologia e neurotecnologia) para aumentar a capacidade cognitiva e superar as limitações físicas e psicológicas dos seres humanos. Com a manipulação genética da espécie humana, seria possível a criação em laboratório de novos genes que modificariam o código genético para serem capazes de bloquear, por exemplo, a replicação de vírus, tornando nossas células imunes a ataques. Esta seria uma das formas de proteger os seres humanos de futuras pandemias. A modificação do genoma humano aumentaria gradualmente até finalmente transformar o ser humano em uma nova espécie biológica. A inteligência artificial ligada a computação teria um grande papel nisso, transferindo o conteúdo da nossa mente (com lembranças do passado e traços da nossa personalidade) para um disco rígido, método conhecido como carregamento da mente ou mind uploading. O aumento da capacidade dos seres humanos desafiarem os limites impostos pela natureza é absolutamente necessário para assegurar sua sobrevivência como espécie hoje e no futuro.  As ameaças imediatas quanto às futuras não serão enfrentadas com sucesso sem o avanço da ciência e da tecnologia que é o passaporte para a sobrevivência da humanidade.

Para assistir o vídeo, acessar o website https://www.youtube.com/watch?v=iPk6kl_ea5A

Para ler o artigo de 9 páginas em Português, Inglês e Francês, acessar os websites do Academia.edu <https://www.academia.edu/129163892/A_NECESSIDADE_IMPERIOSA_DE_REESTRUTURA%C3%87%C3%83O_DA_ONU_COMO_GOVERNO_MUNDIAL>, <https://www.academia.edu/129164399/THE_IMPERATIVE_NEED_FOR_RESTRUCTURING_THE_UN_AS_A_WORLD_GOVERNMENT> e <https://www.academia.edu/129164060/LIMP%C3%89RIEUX_BESOIN_DE_RESTRUCTURER_LONU_EN_TANT_QUE_GOUVERNEMENT_MONDIAL>, do SlideShare <https://pt.slideshare.net/slideshow/a-necessidade-imperiosa-de-reestruturacao-da-onu-como-governo-mundial-pdf/278685508>, <https://pt.slideshare.net/slideshow/the-imperious-need-for-restructuring-the-un-as-a-world-government-pdf/278685551> e <https://pt.slideshare.net/slideshow/l-imperieux-besoin-de-restructurer-l-onu-en-tant-que-gouvernement-mondial-pdf/278685574> e do Linkedin <https://www.linkedin.com/pulse/necessidade-imperiosa-de-reestrutura%C3%A7%C3%A3o-da-onu-como-alcoforado-iajsf/?trackingId=DnWP4neBaAaE5bs7AzXoyg%3D%3D>, <https://www.linkedin.com/pulse/imperative-need-restructuring-un-world-government-alcoforado-bm2qf/?trackingId=DMaWz%2BxLs2FDPnVI9xxVAw%3D%3D> e <https://www.linkedin.com/pulse/limp%C3%A9rieux-besoin-de-restructurer-lonu-en-tant-que-alcoforado-iumqf/?trackingId=4gGpI4PsJsH2Jvbmxf7N9w%3D%3D>.

  • Fernando Alcoforado, 85, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, do IPB- Instituto Politécnico da Bahia e da Academia Baiana de Educação, engenheiro pela Escola Politécnica da UFBA e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017),  Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton, Florida, United States, 2022), How to protect human beings from threats to their existence and avoid the extinction of humanity (Generis Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023), A revolução da educação necessária ao Brasil na era contemporânea (Editora CRV, Curitiba, 2023), Como construir um mundo de paz, progresso e felicidade para toda a humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2024) e How to build a world of peace, progress and happiness for all humanity (Editora CRV, Curitiba, 2024).  
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Fernando Alcoforado
Sobre Fernando Alcoforado, 82, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona. Professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997),De Collor a FHC — O Brasil.
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