James Webb no avanço do conhecimento sobre o Universo. Astronomia é o estudo do Universo que existe além da atmosfera da Terra. Isso inclui objetos que podem ser vistos a olho nu, como o Sol, a Lua, os planetas e as estrelas. Também inclui corpos celestes que só podem ser observados com telescópios ou outros instrumentos, como galáxias distantes e pequenas partículas e ainda inclui coisas que não podemos ver, como matéria escura e energia escura. A ciência moderna, isto é, a ciência que conseguiu articular o método de observação e experimentação com o uso de instrumentos técnicos (sobretudo o telescópio e o microscópio), começou a se desenvolver, propriamente, na Europa do século XVI. O método científico moderno
Quanto mais mistérios são descobertos, mais complexas se tornam as análises sobre a vida fora da Terra. Este é o caso dos avanços no conhecimento sobre o Universo proporcionados pelo revolucionário telescópio James Webb. O telescópio astronômico foi uma invenção de Galileu Galilei, o pai da ciência moderna, que o inventou tomando como modelo o telescópio criado em 1608 por Hans Lippershey a partir das lentes dos primeiros óculos até então considerados utensílios domésticos comuns. Foi Galileu quem comprovou a teoria heliocêntrica de Copérnico de que os planetas orbitam o Sol e não em torno da Terra como afirmava Ptolomeu com sua teoria geocêntrica. Um ponto importante a ser notado é que, com o uso do telescópio por Galileu, a ciência também passou a existir intimamente conectada com a “técnica”, isto é, com a capacidade do ser humano de ampliar os seus sentidos por meio de inventos, de instrumentos e, com eles, conhecer e descrever o Universo. Muitos modelos de telescópios foram desenvolvidos a partir do telescópio de Galileu para que tivéssemos um modelo de observação de grande alcance como o que nos foi oferecido pelo telescópio Hubble e está sendo oferecido atualmente pelo revolucionário telescópio James Webb. Desde então, uma verdadeira “revolução” científica e cosmológica começou a se desenvolver. O telescópio Hubble, lançado em abril de 1990, foi responsável pela captação de imagens extremamente importantes para estudos relativos ao Universo. As imagens captadas por meio das lentes desse telescópio revelaram um Universo muito maior e mais belo do que o ser humano havia imaginado.
O telescópio Hubble conseguiu imagens detalhadas de nebulosas, o que possibilitou a compreensão da formação e morte de estrelas, gerou imagens de mais de 1500 galáxias, mostrando um Universo imenso, jamais observado anteriormente, apresentou uma visão em tempo real da colisão de um cometa com o planeta Júpiter, localizou dióxido de carbono (CO2) na superfície de um planeta, foram identificados planetas fora do Sistema Solar, mostrou imagens da colisão entre galáxias e detectou buracos negros que é uma região do espaço com um campo gravitacional tão intenso que nem mesmo a luz consegue escapar dele. As imagens do telescópio James Webb são ainda mais revolucionárias do que a do telescópio Hubble. O telescópio James Webb se dedica a observar o Universo em luz infravermelha, enquanto o Hubble continuará a estudá-lo principalmente em ondas ultravioleta e ópticas, embora tenha alguma capacidade de infravermelho. O telescópio James Webb também tem um espelho muito maior do que o Hubble. Portanto, ele enxergará coisas que hoje são “invisíveis” com o uso do telescópio Hubble. A primeira imagem revelada pelo telescópio James Webb mostra o Universo distante. A missão primária do telescópio James Webb é a de examinar a radiação infravermelha resultante do nascimento do Universo com o Big Bang e realizar observações sobre a infância do Universo. Observações de objetos muito distantes são o carro-chefe do telescópio, o propósito mais desafiador dele. É isso que o Hubble não consegue fazer devido às limitações de tamanho e falta de equipamento de infravermelho, ao contrário do telescópio James Webb.
Como o Universo está em expansão, só é possível observar os primeiros 100 milhões de anos depois do Big Bang no infravermelho do telescópio James Webb. A luz da galáxia mais distante naquela imagem saiu de lá quando o Universo tinha apenas 600 milhões de anos. Com o telescópio James Webb, vemos até sua composição química. E aí verificamos que, quimicamente, ela é parecida com as galáxias mais próximas que conhecemos. Aprenderemos como a nossa própria galáxia se formou e como o enriquecimento químico do Universo aconteceu até gerar o nosso Sistema Solar e a vida. Impressionante foi também saber que o telescópio James Webb consegue detectar facilmente água em planetas ao redor de outras estrelas e a luz da estrela que está passando pela atmosfera de um planeta. Desde que o Telescópio Espacial James Webb (JWST) iniciou suas operações científicas, em julho de 2022, uma série de imagens foi divulgada como a foto mais detalhada do Universo. O principal objetivo do telescópio é enxergar o passado, olhando para algumas centenas de milhares de anos após o Big Bang. Consequentemente, é comum que ele traga imagens das estrelas e galáxias mais antigas já detectadas. A foto chama a atenção pela idade das galáxias vistas ali, algumas delas com mais de 13 bilhões de anos-luz de distância apontando para os primórdios do Universo (um ano-luz mede cerca de 9,5 trilhões de km). Algumas chamam a atenção pelo recorde que representam, enquanto outras surpreendem pela beleza e riqueza em detalhes.
Depreende-se pelo exposto que o Telescópio James Webb está transformando a astronomia. Uma das principais habilidades do Telescópio James Webb é a sua capacidade de olhar através do tempo, para o passado, para o início do Universo, observando as primeiras galáxias e estrelas. O telescópio, que se encontra a 1,5 milhões de quilômetros da Terra, já avistou a galáxia mais distante e antiga encontrada até então. O Telescópio James Webb fez, também, a primeira detecção de “molécula da vida”. Uma equipe de cientistas internacionais detectou um novo composto de carbono no espaço pela primeira vez. O supertelescópio James Webb com suas grandes descobertas mostra a importância do telescópio ao revelar, com rapidez inesperada, uma série de informações que podem colocar em xeque teorias cosmológicas.
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