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Segurança HEGEMONIA

O RISCO DA 3ª GUERRA MUNDIAL ENTRE OS ESTADOS UNIDOS E A CHINA NA LUTA PELA HEGEMONIA MUNDIAL.

Enquanto os Estados Unidos e seus aliados constituem a OTAN asiática com o QUAD e a AUKUS, a China ampliou consideravelmente seu poderio bélico, incluindo sua carteira de ogivas nucleares.

12/10/2024 às 14h32
Por: Colunista Fonte: Fernando Alcoforado*
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Foto: Reprodução Internet / GGN
Foto: Reprodução Internet / GGN

Este é o resumo do artigo de 7 páginas que tem por objetivo demonstrar o risco de eclosão da 3ª Guerra Mundial com as estratégias militares dos Estados Unidos e da China na luta pela hegemonia mundialA confrontação militar com a China está em processo de preparação pelos Estados Unidos com a constituição do QUAD (Diálogo de Segurança Quadrilateral formado pelos Estados Unidos, Austrália, Japão e Índia) e da AUKUS (aliança militar tripartite formada pela Austrália, Reino Unido e Estados Unidos), enquanto a China adota medidas visando seu fortalecimento militar com o aumento constante dos seus gastos militares. A China vê o QUAD não apenas como um desafio à sua crescente hegemonia na região, mas também como uma ameaça à sua segurança e, junto com o AUKUS, uma tentativa camuflada dos Estados Unidos de montar uma OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) asiática em sua vizinhança.

Enquanto os Estados Unidos e seus aliados constituem a OTAN asiática com o QUAD e a AUKUS, a China ampliou consideravelmente seu poderio bélico, incluindo sua carteira de ogivas nucleares. Elevou seu número de porta-aviões e também de caças, tanques e outros veículos. Hoje, é o segundo país com mais gastos anuais em defesa, atrás somente dos Estados Unidos. O Exército Popular de Libertação (EPL) da China conta com o maior número de soldados, cerca de dois milhões de soldados, e a maior frota naval do mundo, com quase 360 navios, aspirando a se tornar uma força de combate totalmente modernizada até 2027. Para isso, está construindo dois novos porta-aviões, para se juntarem a outros dois já existentes, desenvolvendo foguetes de longo alcance e competindo com os Estados Unidos no terreno das armas do futuro, da tecnologia quântica a mísseis hipersônicos.

Manobras militares de China e Rússia são resposta à expansão da Otan asiática. As manobras militares China - Rússia são realizadas para abordar as ameaças à segurança marítima e preservar a paz e a estabilidade mundial. Estas operações aprofundarão ainda mais a associação estratégica integral de coordenação entre a China e a Rússia para a nova era. Ocorreu, também, a realização intensa de exercícios militares no Pacífico por parte da China, Rússia e Coreia do Norte. Foi a partir do ano 2000 que a Rússia resolveu desenvolver uma parceria estratégica com a China. A Organização da Cooperação de Xangai (Shanghai Cooperation Organization – SCO) foi criada em 2001 para estabelecer uma aliança entre a Rússia e a China em termos militares e de combate ao terrorismo, ao fundamentalismo religioso e ao separatismo na região da Ásia. A SCO é uma organização de cooperação política e militar que se propõe explicitamente ser um contrapeso aos Estados Unidos e às forças militares da OTAN.

Pode-se afirmar que, historicamente, o fim de uma potência hegemônica se consumou com vitória econômica e militar da nova detentora do poder mundial. Isto aconteceu com a Holanda quando superou econômica e militarmente a Espanha que se impôs como potência hegemônica do fim do Século XVI até a maior parte do Século XVIII.  O mesmo aconteceu com a Inglaterra que se impôs como potência hegemônica da segunda metade do Século XVIII até o início do Século XX suplantando econômica e militarmente a Holanda e depois de derrotar militarmente a França que ambicionava também a hegemonia mundial. Os Estados Unidos e a União Soviética alcançaram a condição de potências hegemônicas juntamente após a 2ª Guerra Mundial devido ao declínio econômico da Inglaterra e a vitória militar de ambos sobre a Alemanha nazista que aspirava a conquista da hegemonia mundial. De 1945 até 1989, o mundo foi estruturado com base em um sistema bipolar que durou quase meio século  de Guerra Fria sob o risco da eclosão de uma guerra nuclear que só não aconteceu porque houve o fim da União Soviética em 1989 após o qual os Estados Unidos exerceram sua hegemonia no mundo sem contestação até o início do século XXI.

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Pela primeira vez na história, uma grande potência (Estados Unidos) assumiu a hegemonia mundial sem a necessidade de derrotar militarmente seu oponente (União Soviética). A partir do início do século XXI, a hegemonia mundial dos Estados Unidos passou a ser ameaçada pela China que surgiu como potência emergente e por uma Rússia revigorada econômica e militarmente.  A China, a segunda nação mais populosa do mundo, com o maior exército e a maior marinha do mundo se sente "encurralada" pelos Estados Unidos e seus aliados no Pacífico ocidental com a OTAN asiática (QUAD e AUKUS). Então, como chegamos a esse ponto? O mundo está se aproximando de um conflito catastrófico no Pacífico entre a China e os Estados Unidos e seus aliados? Embora as tensões tenham crescido muito agora e possam aparecer novos incidentes dentro desse conflito, ambos os lados — China e Estados Unidos — sabem que uma guerra no Pacífico seria catastrófica para todos. Apesar de saberem que uma guerra no Pacífico seria catastrófica, tudo indica que a indústria bélica norte-americana se empenhará no sentido de armar cada vez mais os Estados Unidos e seus aliados na Europa com a OTAN e na Ásia-Pacífico com a OTAN asiática, o QUAD e a AUKUS. 

Não é por acaso que a indústria bélica norte-americana é a maior do mundo. Dos 10 maiores fabricantes de armas do mundo, seis são norte-americanas, sendo cinco delas líderes da indústria bélica mundial. A produção recorde de armamentos, cada vez mais letais e cirúrgicos, necessita ser posta para funcionar na prática. Os Estados Unidos são os que têm o maior gasto militar do mundo (39% do total). Com 102 guerras em seu "currículo" belicoso, os Estados Unidos são, provavelmente, um dos países mais envolvidos em ações militares do mundo ao longo da história que começou com a anexação de terras do México a seu território e a conquista do canal do Panamá. Não é coincidência que os Estados Unidos sejam um dos países que mais se beneficiam economicamente de confrontos armados, já que as maiores exportadoras de armas do mundo são norte-americanas. Para além da venda de munição e armas, os Estados Unidos monetiza, também, com contratos de segurança e treinamento militar, o que faz com que muitos membros do Congresso estadunidense entendam as guerras como uma máquina de emprego e dinheiro para o país. A paz, para os Estados Unidos, poderia lhe custar muito caro.

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O fim da hegemonia dos Estados Unidos na cena mundial e a ascensão da China poderão ocorrer como aconteceu durante a guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética sem a China derrotar militarmente os Estados Unidos ou se repetirá o que ocorreu historicamente com o confronto militar entre as grandes potências e o desencadeamento da 3ª Guerra Mundial que poderia levar à extinção da espécie humana se as grandes potências utilizarem seus arsenais nucleares? O mais provável é que ocorra o cenário de confrontação militar a não ser que haja uma mobilização dos povos e países amantes da paz mundial que busquem evitar a eclosão da 3ª Guerra Mundial. Fica evidente que, enquanto houver indústria bélica no mundo, as guerras continuarão a proliferar em todo o planeta. A paz no mundo só acontecerá quando houver o desarmamento de todos os países e a cessação da fabricação de armas. Enquanto a indústria bélica norte-americana continuar ditando a política externa dos Estados Unidos, a guerra com a China é uma possibilidade concreta que pode se tornar inevitável.   

Para assistir o vídeo, acessar o website https://www.youtube.com/watch?v=-5-BTubsBNk&t=5s

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Para ler o artigo de 7 páginas em Português, Inglês e Francês, acessar os websites do Academia.edu <https://www.academia.edu/124643334/O_RISCO_DA_3a_GUERRA_MUNDIAL_ENTRE_OS_ESTADOS_UNIDOS_E_A_CHINA_NA_LUTA_PELA_HEGEMONIA_MUNDIAL>, <https://www.academia.edu/124643397/THE_RISK_OF_WORLD_WAR_III_BETWEEN_THE_UNITED_STATES_AND_CHINA_IN_THE_FIGHT_FOR_GLOBAL_HEGEMONY> e <https://www.academia.edu/124643432/LE_RISQUE_DE_LA_3E_GUERRE_MONDIALE_ENTRE_LES_%C3%89TATS_UNIS_ET_LA_CHINE_DANS_LA_LUTTE_POUR_LH%C3%89G%C3%89MONIE_MONDIALE>, do SlideShare <https://pt.slideshare.net/slideshow/o-risco-da-3-guerra-mundial-entre-os-estados-unidos-e-a-china-na-luta-pela-hegemonia-mundial-pdf/272355836>, <https://pt.slideshare.net/slideshow/the-risk-of-world-war-iii-between-the-united-states-and-china-in-the-fight-for-global-hegemony-pdf/272355871> e <https://pt.slideshare.net/slideshow/le-risque-de-la-3e-guerre-mondiale-entre-les-etats-unis-et-la-chine-dans-la-lutte-pour-l-hegemonie-mondiale-pdf/272355930>, do WordPress <https://wordpress.com/post/blogdefalcoforado.com/4890>, <https://wordpress.com/post/blogdefalcoforado.com/4892> e <https://wordpress.com/post/blogdefalcoforado.com/4894> e do Linkedin <https://www.linkedin.com/pulse/o-risco-da-3%C2%AA-guerra-mundial-entre-os-estados-unidos-e-alcoforado-9fyhf/?trackingId=PpC68SKlAaMzBCS%2BXKxwtQ%3D%3D>, <https://www.linkedin.com/pulse/risk-world-war-iii-between-united-states-china-fight-alcoforado-2y8ff/?trackingId=9ySPn%2FGGtsRC1slgL4IF0g%3D%3D> e <https://www.linkedin.com/pulse/le-risque-de-la-3e-guerre-mondiale-entre-les-et-chine-alcoforado-qvncf/?trackingId=KyAocfkbzvkM0%2Fh3xx0sxg%3D%3D>.

 

  • Fernando Alcoforado, 84, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, do IPB- Instituto Politécnico da Bahia e da Academia Baiana de Educação, engenheiro pela Escola Politécnica da UFBA e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017),  Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton, Florida, United States, 2022), How to protect human beings from threats to their existence and avoid the extinction of humanity (Generis Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023), A revolução da educação necessária ao Brasil na era contemporânea (Editora CRV, Curitiba, 2023), Como construir um mundo de paz, progresso e felicidade para toda a humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2024) e How to build a world of peace, progress and happiness for all humanity (Editora CRV, Curitiba, 2024).
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Sobre Fernando Alcoforado, 82, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona. Professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997),De Collor a FHC — O Brasil.
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