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Internacional Antissemitismo

COMO SEPULTAR O ANTISSEMITISMO NO MUNDO.

Este é o resumo do artigo de 6 páginas que tem por objetivo apresentar as causas do antissemitismo, sua evolução ao longo da história e suas perspectivas futuras, bem como propor como sepultar definitivamente o antissemitismo.

13/11/2023 às 17h50
Por: Colunista Fonte: Fernando Alcoforado*
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Foto: Reprodução internet
Foto: Reprodução internet

O antissemitismo é um termo historicamente associado aos judeus. Antissemita é, segundo o dicionário, alguém contrário à raça semítica, aos semitas, especialmente, aos judeus. Conhecemos três formas de antissemitismo que às vezes se fundem: o religioso, o nacionalista e o racial. A primeira forma de antissemitismo é a religiosa. Há quem veja a Paixão de Cristo como origem do antissemitismo. Há registros de escritores que culpavam os judeus pela morte de Cristo. Desde o século 2, a Igreja Católica desenvolveu uma teologia altamente hostil ao judaísmo. Para muitos historiadores, a origem do antissemitismo está nos primeiros anos do cristianismo, mas não tanto por causa da Paixão de Cristo, mas por causa dos debates que duraram séculos entre o judaísmo e o novo cristianismo. 

Desde o Édito de Milão, do imperador Constantino, que reconheceu o cristianismo como religião oficial no ano de 313, o antissemitismo sempre se alimentou do ódio ao judeu, povo que matou Jesus Cristo. Isto significa dizer que a competição entre judaísmo e cristianismo estaria na origem do antissemitismo. Com o surgimento das nações modernas, o antissemitismo se tornou essencialmente nacionalista. Os judeus, face à menor crise nacional, eram considerados traidores em potencial – sempre a serviço de uma mítica “conspiração judaica internacional” imaginada pelos antissemitas. Ao final do século XIX, ele se tornou racial: os judeus foram definidos como uma “raça” de origens orientais misteriosas, que não poderia ser assimilada pelos povos entre os quais se estabeleceram – especialmente aqueles que alegavam pertencer a uma raça ariana superior, os alemães, que se sentiam ameaçados de degeneração pela presença entre eles de judeus, com seus inúmeros defeitos. Desde o século XIX, o povo judeu começou a ser visto pelos alemães como uma ameaça econômica e política que precisava ser erradicada. É quando começa a se falar sobre o antissemitismo moderno, que atingiu seu ponto máximo com o holocausto nazista. O antissemitismo alcançou se nível máximo na Alemanha nazista.

O antissemitismo contemporâneo está muito relacionado com o conflito Israel-Palestina que passou a existir desde o final da 1ª Guerra Mundial. A derrota da Turquia (Império Otomano), aliada da Alemanha derrotada na 1ª Guerra Mundial (1914-1918), que exercia a dominação sobre a Palestina, teve consequências decisivas para o futuro desta região. Após o conflito mundial, foi criado, pelo artigo 22 do Pacto da Liga das Nações a 28 de Junho de 1919, o sistema dos Mandatos que se destinava a determinar o estatuto das colônias e dos territórios que se encontravam sob o domínio das nações vencidas. O Mandato para a Palestina a cargo dos britânicos foi aprovado pelo Conselho da Liga das Nações a 24 de Julho de 1922.

O Mandato para a Palestina deixou de considerar como objetivo levar à plena independência a população que então a habitava, isto é, a população palestina. Ao invés disso, promoveu a criação de um lar nacional judaico, isto é, a criação de um estado judaico com gente que, na sua maioria esmagadora, estava ainda espalhada pelo mundo e, por conseguinte, deveria ser trazida de fora. Os palestinos viram a negação do seu direito à independência no patrocínio que deram primeiro a Grã-Bretanha e depois a Liga das Nações ao projeto de criação do lar nacional judaico na Palestina.

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Os palestinos se sentiram espoliados. Naturalmente, os palestinos se opuseram ao projeto da criação do lar nacional judaico na Palestina desde o primeiro instante – logo que tiveram conhecimento da Declaração Balfour e tentaram, por todos os meios, impedir a sua realização, pois temiam que dela resultasse a sua submissão, não só política, mas também, econômica aos judeus, passando assim do domínio turco para o domínio judaico, com um intervalo britânico. Com a formação do Estado de Israel, em maio de 1948, houve a ocupação da Palestina pelos judeus quando muitos deslocados da 2ª Guerra Mundial e refugiados judeus migraram para o novo estado soberano. O Estado de Israel foi constituído e se fortaleceu contando com o apoio político e militar das potências ocidentais, especialmente, dos Estados Unidos, que o transformaram em ponta de lança de seus interesses no Oriente Médio.

Um fato é evidente: a história de Israel tem girado em torno de conflitos com palestinos e nações árabes vizinhas que vêm sendo sacudidos por guerras e confrontos entre judeus e árabes que não concordam com a divisão territorial das antigas terras palestinas como o que se estabelece no momento atual. Desde a criação do Estado de Israel, o conflito que o opõe aos palestinos tem sido o epicentro de um conflito entre Israel e o conjunto dos países árabes, com fortes repercussões mundiais. Houve guerras com o Egito, a Jordânia, a Síria e o Líbano, mas sem que a tensão na região diminuísse. Durante este período, Israel ocupou a península do Sinai, a Cisjordânia, a faixa de Gaza, as Colinas de Golã e o sul do Líbano depois da Guerra dos Seis Dias contra o Egito, a Síria e a Jordânia em 1967. 

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A evolução do conflito entre judeus e palestinos fez com que Israel conquistasse progressivamente o território da Palestina de 1947 até o momento atual. Esta situação não pode continuar porque é geradora de conflito permanente entre judeus e palestinos. No momento atual, Israel se defronta com os palestinos do Hamas na Faixa de Gaza com seu poderoso exército que vem massacrando civis palestinos com armamentos ultra-avançados. A carnificina que se vê hoje na Faixa de Gaza, nada tem de novidade, porque ela já ocorreu inúmeras vezes no passado em toda a Palestina, embora, desta vez, o horror dos crimes contra a humanidade alcance novos e vergonhosos recordes.

Com mais esse morticínio, Israel se afasta cada vez mais da possibilidade de ser aceita pelos seus vizinhos como Estado regular, permanente, nessa região. Para integrar-se aos seus vizinhos do Oriente Médio e sobreviver como nação, Israel depende de ser aceita pelos povos que vivem na Palestina e no mundo árabe. Só há uma solução para o conflito na região: os judeus e palestinos celebrarem a paz e a conciliação. Enquanto não for solucionado este conflito o antissemitismo tende a aumentar e se disseminar pelo mundo. O antissemitismo está crescendo no mundo devido, em grande medida à postura belicista assumida pelo estado de Israel em relação aos palestinos desde sua criação em 1948. A explicação dada pelos dirigentes de Israel é a de que eles têm agido com violência ao longo da história em resposta à violência dos palestinos e dos países árabes desde a criação do estado judaico.  Entretanto, são os extremistas que têm governado Israel que contribuem para a existência de grupos extremistas entre os palestinos, como o Hamas, entre outros.  

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Para construir a paz entre palestinos e judeus, a iniciativa deveria partir de Israel que só poderá acontecer se o povo judeu em Israel e no mundo inteiro repelir politicamente os setores extremistas que exercem o poder no país e constituir um governo que busque a conciliação dos judeus com o povo palestino. Para acabar com o antissemitismo no mundo, o Estado de Israel e os judeus ricos de todos os países do mundo deveriam colaborar na criação do Estado Palestino e financiar a reconstrução da infraestrutura da Faixa de Gaza e indenizar os palestinos que perderam seus familiares e suas propriedades. Este seria o caminho que permitiria sepultar definitivamente o antissemitismo no mundo e possibilitar a convivência fraterna entre os povos irmãos judeu e palestino.

Para assistir o vídeo, acessar o Canal Fernando Alcoforado do YouTube através do  website https://www.youtube.com/watch?v=ddJEIoJ2kH0

 

Para ler o artigo completo de 6 páginas em Português, Inglês e Francês, acessar os websites do Academia.edu <https://www.academia.edu/109054358/COMO_SEPULTAR_O_ANTISSEMITISMO_NO_MUNDO>,  <https://www.academia.edu/109054373/HOW_TO_BURY_ANTISEMITISM_IN_THE_WORLD>  e <https://www.academia.edu/109054396/COMMENT_ENTERRER_LANTIS%C3%89MITISME_DANS_LE_MONDE>, do SlideShare <https://pt.slideshare.net/Faga1939/como-sepultar-o-antissemitismo-no-mundopdf>, <https://pt.slideshare.net/Faga1939/how-to-bury-antisemitism-in-the-worldpdf>, e  <https://pt.slideshare.net/Faga1939/comment-enterrer-lantismitisme-dans-le-mondepdf>, do WordPress <https://wordpress.com/post/blogdefalcoforado.com/3884>, <https://wordpress.com/post/blogdefalcoforado.com/3887> e <https://wordpress.com/post/blogdefalcoforado.com/3889>  e do Linkedin <https://www.linkedin.com/pulse/como-sepultar-o-antissemitismo-mundo-fernando-a-g-alcoforado-bmwff%3FtrackingId=1GSHvbqFsdHHFrkEBfuzFw%253D%253D/?trackingId=1GSHvbqFsdHHFrkEBfuzFw%3D%3D>, <https://www.linkedin.com/pulse/how-bury-antisemitism-world-fernando-a-g-alcoforado-9eacf%3FtrackingId=P1wezPTWCq0kO6Ujskchfw%253D%253D/?trackingId=P1wezPTWCq0kO6Ujskchfw%3D%3D> e <https://www.linkedin.com/pulse/comment-enterrer-lantis%2525C3%2525A9mitisme-dans-le-monde-alcoforado-d5nkf%3FtrackingId=2fF%252FjinvDm4NDhvwLdjROw%253D%253D/?trackingId=2fF%2FjinvDm4NDhvwLdjROw%3D%3D>.

 

* Fernando Alcoforado, 83, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro pela Escola Politécnica da UFBA e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017),  Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton, Florida, United States, 2022), How to protect human beings from threats to their existence and avoid the extinction of humanity (Generis Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023) e A revolução da educação necessária ao Brasil na era contemporânea (Editora CRV, Curitiba, 2023).

 

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Sobre Fernando Alcoforado, 82, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona. Professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997),De Collor a FHC — O Brasil.
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