Na semana em que são celebrados os seis anos do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Batalhão Especializado em Policiamento do Interior (Bepi) Polícia Militar do Ceará (PMCE), a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS/CE) parabeniza os batalhões especializados pelos serviços prestados à população em todo o Estado.
Após a mudança da Lei de Organização Básica da Polícia Militar do Ceará (PMCE), que alterou a estrutura organizacional e dispôs sobre os cargos de provimento em comissão, publicada em 18 de fevereiro de 2019, foram criados dois batalhões especializados, sendo eles o Bope e o Bepi. Ambos os batalhões especializados são ligados ao Comando de Policiamento de Choque (CPChoque), sendo responsáveis por atender ocorrências de grande complexidade em todo o Estado.
Os integrantes desses batalhões recebem instruções e treinamentos específicos, voltados para o gerenciamento de crises. Conforme destaca o coronel comandante-geral da Polícia Militar do Ceará, Sinval da Silveira Sampaio, “O Bope e o Bepi são unidades especializadas da Polícia Militar subordinadas ao CPChoque, que possui atuação junto a eventos que possam ser caracterizados como de gerenciamento de crise, bem como crimes contra instituições financeiras, roubo a banco, roubo a carro forte, e que envolvem os que chamamos ‘causador de evento crítico’. Para isso, os policiais militares possuem uma capacitação, não somente uma formação, mas uma capacitação continuada que permite uma atuação de maneira específica em cada ocorrência, utilizando técnicas empregadas em todo o Brasil e em outros países”, ressalta o coronel comandante-geral da PMCE.
O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) é a unidade especializada da PMCE que atua em ocorrências com reféns, roubos a bancos e atividades com explosivos, por exemplo. Atualmente é composto por duas companhias: Operações Especiais e Intervenções Táticas. Dentro de cada companhia existe uma equipe de negociação, com atiradores de precisão, esquadrão antibombas e um pelotão tático.
O major Paulo Cézar dos Santos Júnior, comandante do Bope reforça que, “esse batalhão especial é sempre acionado para resolução de ocorrências de maior complexidade. O Bope é composto por policiais militares treinados com excelência com as melhores práticas das unidades especiais”, destaca. O comandante ressalta, ainda, que o principal objetivo do batalhão é servir e proteger os cearenses. “Atuamos com muita estratégia em nossas missões, tudo para garantir total segurança à população”.
As operações especiais na Polícia Militar têm a constituição de seu primeiro grupo em fevereiro de 1988, com a criação do Pelotão de Operações Especiais (Pelopes), que atuava em situações de assaltos a bancos e sequestro de pessoas. Alguns anos depois, o Grupo Antissequestro e Assalto, conhecido como Gasa, foi extinto e o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foi implantado. Seu efetivo era encarregado por ocorrências de resgate de reféns, escolta de indivíduos perigosos e ações que envolviam bombas e explosivos, o que atualmente são atribuições do Bope.
O major do Bope, Paulo Cézar, afirma que os militares que integram o batalhão especializado seguem firmes no cumprimento das missões. “O curso dos caveiras dura em torno de 18 semanas. Após o término, o policial militar ingressa ao time tático, ele pode atuar na equipe de negociação, com atiradores de precisão, esquadrão antibombas e um pelotão tático”, explica.
O batalhão especializado atua com um efetivo específico em cada missão. “O Bope atua com um efetivo específico para cada emissão, com um time tático, que atua de maneira letal e não letal, que depende da complexidade da ocorrência”, explica o major Paulo Cézar.
O Batalhão Especializado em Policiamento do Interior (Bepi) é uma unidade especializada da PMCE encarregada de lidar com ocorrências de alta complexidade em todo o território estadual, atuando com um efetivo de 477 policiais militares. O Bepi atua em suplementação às demais unidades operacionais da Polícia Militar do Ceará, no interior do Estado. Ele é composto por duas companhias: a 1ª Companhia do BepiI (Cotar) atua no combate ao tráfico de drogas e armas, roubo de cargas e ações contra instituições financeiras em áreas rurais, enquanto a Companhia de Operações de Divisas (COD) tem foco similar, porém concentrado nas fronteiras do Estado.
Ambas as companhias, subunidades do Bepi, são organizadas em pelotões distribuídos de acordo com as características geográficas do Ceará. “Nossos policiais atuam em ações de combate ao tráfico de drogas e contrabando nas divisas do Estado, assalto a bancos e carros fortes, além de todos os tipos de ocorrências registradas no interior para melhor operar no nosso sertão”, explica o tenente-coronel do Bepi, Daniel Lima.
As equipes do batalhão especializado capturaram 518 pessoas envolvidas em crimes no Estado no ano de 2024 tendo um aumento de 92,57% em relação ao ano de 2023, quando prenderam 269 pessoas. Outro número expressivo foi a quantidade de armas de fogo e munições, que totalizam 324 armas de fogo e 4.328 munições apreendidas. Além disso, 119 carros envolvidos em crimes ou irregulares foram apreendidos. Durante as ocorrências, o Bepi da PMCE apreendeu 261,059 gramas de maconha, 112,330 gramas de cocaína e 8,426 gramas de crack.
“O Bepi também é responsável pelo alto número de prisões e apreensões de armas e de drogas no interior”, ressalta o tenente-coronel do Bepi, Daniel Lima. Ele afirma ainda que o treinamento especializado desses militares proporciona o sucesso das missões. “Os policiais do Bepi são treinados para atuar em situações extremas, tendo como objetivo fortalecer as ações ostensivas da Polícia Militar”, ressalta.
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