Superando a expectativa de receber cerca de 80 mil pessoas nos quatro dias de evento, a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) de 2023 foi um sucesso de público. Muito, pela diversidade de nomes da programação, como também, pelos 20 diferentes espaços que apresenta, com propostas distintas e movimentando a 11º edição do maior evento literário do Estado.
A Flica 2023 foi encerrada ontem (29), com uma programação cultural latente e focada nas manifestações culturais do Recôncavo e da Ilha. Na Tenda Paraguaçu, o professor Fábio Almeida se apresentou com o Sarau Poético com o tema “Narrativas Sonoras”. Ainda no palco, os curadores e a coordenação da Flica compartilharam suas sensações e impressões sobre a Flica 2023. “Hoje estamos encerrando uma edição muito bonita da Flica, justamente, por ser feita coletivamente. Muitas pessoas investiram suas energias e conhecimentos, assim como, seu amor pelo mundo do livro e da leitura”, encerra fala a curadora da Tenda, Mírian Reis.
Juntamente com ela, estiveram no palco os curadores do espaço infantil, Clara Duca; da Geração Flica, Jocivaldo dos Anjos, da programação artística, André Reis, as produtoras da Casa do Governo, Flávia Mota e da Casa do Patrimônio, Renata Dias e os coordenadores do evento, Jomar Lima e Vanessa Dantas.
“Eu vejo que a Flica 2023 trouxe uma diversidade e valorização de artistas, principalmente para os que são e que vivem em Cachoeira, onde representou quase 70% de toda a totalidade. O recôncavo se tornou um berço para unir a diversidade cultural entre artistas e celebridades, também, de outros estados brasileiros fazendo jus ao tema “Poéticas Afroindígenas no Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia”, declara o curador da programação artística, André Reis.
Em seguida, o cortejo cultural com os “Caboclos de Itaparica” partiu de lá, em direção a Praça Jardim Grande, para a concentração com o “Projeto Axé pra quem vier”. O cortejo saiu reunindo diversas manifestações populares da Bahia, como os mascarados de Maragojipe, mandus e cabeçorras de Cachoeira e as baianas de Cachoeira, nego fugido de Santo Amaro e fanfarras escolares da região.
“A Flica foi maravilhosa pois pudemos aproveitar das mesas aos sambas” comenta a professora Vera Lúcia, moradora de São Felix e que diz não perder nenhuma edição desde a primeira. “O evento é um patrimônio nosso que precisa ser valorizado, para seguir movimentando a economia, a educação e fortalecendo a cultura local”, destaca a professora.
Mas a festa não acabou por aí. A Praça 25 de junho, que abrigou o Palco Raízes, um palco 360º todos os dias de evento, fez as vezes de encerramento, com muito samba. Por lá passaram os grupos Samba Chula Renovação de São Francisco do Conde, Samba Filhos do Caquende e a Roda de samba do projeto Encontro de Cachoeirano, encerrando mais uma edição da Flica 2023.
Programação Cultural – com a curadoria do Produtor Cultural, André Reis, as apresentações e intervenções artísticas da Flica 2023, fez uma grade que valorizou as tradições locais da região.
Durante os quatro dias de evento, foi possível, prestigiar, ouvir, cantar e dançar com shows que ocorreram na Praça 25 de Junho, na Escadaria da Câmara ou pelas ruas de Cachoeira. Desde o primeiro dia, 26 de outubro, foi possível vivenciar a relação de gastronomia, música e com a aula show e o projeto Culinária Musical com Jorge Washigton e Denise Correia com o show “Na veia da Nega”, no Palco Raízes. Nos outros dias, o espaço também recebeu – Show Raízes com MC Akuã Pataxó e o Sarau de Panela com Stela Maris e Grupo Canto de Voz com o samba chula do Recôncavo.
Localizado na Praça da Aclamação, o Palco do Ritmos recebeu intervenções que movimentaram a noite cultural da cidade. Na primeira noite, foi a vez da Intervenção Afro Poética MC JAYNE com o show “Guerreira de Fé” e de Glória Bonfim e samba das cumades.
Na sexta (27), a programação musical lotou a Praça para conferir a intervenção Afro Poéticas com Ayô Tupinambá com o show “Canto pra sobreviver” e o show “Ela une todas as coisas” de Jorge Vercílio. Já no sábado (28), a programação invadiu a madrugada e promoveu um encontro de estilos com Intervenção Afro Poéticas com Dj Samir e Grupo EX 13 com Afro Conexões, a música do Grupo Afro Barroco Gege Nagô e o espetáculo da apresentação de Mateus Aleluia Filho e Ana Paula Albuquerque com Tributo aos TICOÃNS.
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