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Climatério: terapia hormonal pode aliviar sintomas

Quase 40% das mulheres não têm conhecimento sobre climatério e menopausa, de acordo com o Estudo Brasileiro de Menopausas. O ginecologista Rafael L...

07/07/2023 às 13h16
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Agência Dino
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A transição pela qual a mulher passa, entre os 40 e 60 anos, da fase reprodutiva até a menopausa é chamada de climatério. Este período é marcado pela diminuição gradual da produção do hormônio sexual estrogênio e dura cerca de quatro anos, de acordo com o Estudo Brasileiro de Menopausas divulgado pela sexta edição da Revista Sobrac da Associação Brasileira de Climatério (Sobrac).

O climatério é marcado pela irregularidade menstrual, enquanto a menopausa é definida pelo fim definitivo do ciclo menstrual, depois de 12 meses consecutivos, quando os ovários já não produzem mais hormônios reprodutivos. Na pesquisa, que ouviu 1.500 mulheres, 26,1% das mulheres afirmaram estar na fase de climatério, com faixa etária média de 52 anos.

O médico ginecologista Rafael Lazarotto explica que o climatério é um período de preparação para a menopausa. “O climatério é o melhor momento de prevenção de todas as possíveis comorbidades que irão ocorrer na menopausa”, diz.

Sintomas do climatério e menopausa

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Tanto o climatério como a menopausa possuem sintomas que podem deixar as mulheres desconfortáveis em suas tarefas do dia a dia. Dentre as mulheres ouvidas pela pesquisa, as ondas de calor foram os sintomas mais citados (73,1%) por aquelas que estão na transição menopausal ou na menopausa. A idade média de início dos fogachos foi de 47 anos. 

O estudo também mostrou que quase 40% das mulheres não têm conhecimento sobre as duas fases do ciclo de vida da mulher. Muitas delas já estão vivendo um dos períodos, mas cerca de 50% das que ainda estão em idade reprodutiva tampouco têm conhecimento adequado sobre climatério ou menopausa. 

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Entre outros sintomas presentes nas duas fases, além das ondas de calor, estão suores noturnos, secura vaginal, dores durante a relação sexual, irritabilidade, alterações de humor, perda óssea e aumento do risco de osteoporose, queda na qualidade do sono e riscos à saúde cardiovascular. 

“A redução do risco de osteoporose e de fraturas, de câncer de cólon e reto, e mais saúde cardiovascular são alguns dos benefícios que a terapia de reposição hormonal pode trazer”, destaca Lazarotto. 

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Terapia de reposição hormonal (TRH)

“A TRH é um tratamento que pode ajudar a melhorar a qualidade de vida das mulheres através do alívio dos sintomas”, afirma Lazarotto. O estudo mostrou que mais de 90% das mulheres que se submeteram à terapia relataram essa melhoria. O tratamento médico consiste na administração de hormônios femininos, como estrogênio e progesterona, e pode ser feito por meio de pílulas, adesivos, cremes ou implantes. 

A pesquisa apontou que a TRH foi o tratamento mais prescrito, correspondendo a 22,4% das respondentes no climatério. “A terapia deve ser prescrita e acompanhada por um médico para garantir a segurança e eficácia do tratamento”, afirma Lazarotto.

Dentre as formas de administração da TRH estão as pílulas orais, que podem conter apenas estrogênio, ou uma combinação de estrogênio e progesterona - os adesivos são aplicados na pele e liberam hormônios gradualmente. Já os cremes, são aplicados diretamente na pele e podem conter estrogênio, progesterona ou ambos. 

Os implantes são administrados através de pequenos tubos inseridos no tecido subcutâneo que liberam pequena quantidade de hormônio na corrente sanguínea durante o dia e são considerados altamente eficazes. “Contém a dosagem personalizada do hormônio a ser reposto e tem ação muito rápida, pois a absorção é mais eficiente”, explica Lazarotto. 

Sobre a velocidade de absorção, as pílulas podem levar mais tempo para surtir efeito, já que são absorvidas pelo trato gastrointestinal diferente dos adesivos, cremes e implantes. Alguns métodos podem ter efeitos colaterais diferentes, como sensibilidade mamária ou irritação na pele, dependendo do método de administração e da dosagem.

“A terapia de reposição hormonal não é apropriada para todas as mulheres e os riscos e benefícios devem ser cuidadosamente avaliados por um médico especialista antes de ser iniciada”, lembra Lazarotto.

Para saber mais, basta acessar: https://www.rafalazarotto.com.br/

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