Risco de eclosão da 3ª Guerra Mundial que poderá ser evitada se houver a celebração de um acordo de paz entre os presidentes Joe Biden e Wladimir Putin para acabar, inicialmente, com a guerra na Ucrânia e, posteriormente, com a reforma do sistema internacional para acabar com as guerras em todo o mundo. O governo dos Estados Unidos pode conduzir à 3ª Guerra mundial porque, ao invés de buscar uma solução negociada com a Rússia para a guerra na Ucrânia, Biden preferiu o confronto estabelecendo sanções econômicas contra a Rússia e seus cidadãos, além de armar o governo da Ucrânia para resistir à invasão russa. Carl Von Clausewitz, autor do mais famoso tratado sobre o tema da guerra no Ocidente, “Da Guerra”, ou “Sobre a Guerra”, afirmou que a guerra é um ato de violência destinado a forçar o inimigo a submeter-se à sua vontade. Esta tese de Clausewitz não se aplica quando se trata do confronto entre grandes potências nucleares, como é o caso dos Estados Unidos, Rússia e China. Nenhum deles tem poder suficiente para desencadear uma guerra contra o outro para impor sua vontade ao inimigo. Esta tese não se aplica nem mesmo no confronto entre uma grande potência nuclear como os Estados Unidos e um minúsculo país como a Coreia do Norte que é, também, detentor de armas nucleares que podem atingir o território norte-americano. Outro grande pensador sobre a guerra, Sun Tzu, que escreveu entre o século V a.C. e III a.C. A Arte da Guerra, afirmou que “a guerra deveria ser conduzida de forma a ser solucionada rapidamente, uma vez que uma guerra longa empobreceria o reino, seria penosa para os soldados, traria muitas mortes e prejudicaria a honra daquele que estivesse à frente dos soldados”. O governo dos Estados Unidos não está seguindo o conselho de Sun Tzu na estratégia de guerra dos Estados Unidos contra a Rússia e contra a China que deve ser longa em prejuízo do próprio país e do mundo.
No conflito da Ucrânia, diante da impossibilidade do governo dos Estados Unidos impor sua vontade à Rússia urge a celebração de um acordo de paz entre os presidentes Biden e Putin para acabar com a guerra na Ucrânia porque esta guerra pode evoluir para um conflito que se estenderia pela Europa e pelo mundo se transformando em guerra mundial. Se isto ocorrer abriria o caminho para o envolvimento das grandes potências militares de consequências imprevisíveis com o uso de armas nucleares. É preciso que todos entendam que a guerra na Ucrânia é cenário da disputa entre Rússia e Estados Unidos. De um lado, temos os Estados Unidos que desejam a presença da OTAN na Ucrânia e, de outro, temos a Rússia que não quer a presença da OTAN na Ucrânia. A guerra na Ucrânia só chegará ao fim se Biden e Putin chegarem a um acordo sobre o fim do conflito entre Rússia e Estados Unidos com a supervisão da ONU. O acordo inicial entre Biden e Putin poderia ocorrer com a Rússia aceitando o cessar fogo na Ucrânia com a condição de os Estados Unidos desistirem da incorporação da Ucrânia à OTAN. O acordo definitivo consistiria em a Rússia acabar com suas hostilidades na Ucrânia liberando territórios ocupados neste país, à exceção da Crimeia, assumindo o ônus de reconstruir o que foi destruído pela guerra com a condição de os Estados Unidos e a OTAN abandonarem os países do leste europeu e a Finlândia que a ela aderiram voltando para os limites existentes em 1997 e assumirem o compromisso de removerem as sanções econômicas e financeiras adotadas contra a Rússia.
O acordo entre Biden e Putin seria vantajoso para a Ucrânia, a Rússia, os Estados Unidos, a Europa e para o mundo. A Ucrânia ganharia com este acordo porque acabaria o sofrimento de sua população, evitaria a ocupação militar de seu território pela Rússia, recuperaria sua soberania sobre o território nacional e teria a reconstrução do país realizada pela Rússia. A Rússia ganharia com este acordo porque haveria a remoção das sanções econômicas e financeiras contra ela adotadas pelos Estados Unidos e seus aliados ocidentais, haveria o abandono da pretensão da OTAN de adesão da Ucrânia como um dos seus países integrantes e o compromisso dos Estados Unidos e da OTAN de abandonarem os 14 países do leste europeu (Albânia, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Macedônia do Norte, Montenegro, Polônia, Romênia e República Tcheca) e a Finlândia que ingressou recentemente na organização. Os Estados Unidos ganhariam com o acordo porque deixaria de ocorrer a desestabilização de sua economia com uma guerra prolongada. A Europa ganharia com o acordo porque desapareceria a ameaça de cessação do suprimento do petróleo e do gás natural da Rússia e de desestabilização de suas economias com uma guerra prolongada. O mundo ganharia com o acordo porque deixaria de ocorrer a desestabilização da economia mundial com graves repercussões nas economias de todos os países e desapareceria a ameaça de nova guerra mundial que levaria ao fim da espécie humana. Para Biden e Putin celebrarem este acordo de paz, é preciso que a ONU, através de seu secretário geral, saia de sua passividade na busca da paz mundial e a China e todos os países amantes da paz se mobilizem visando sua realização.
Para afastar definitivamente novos riscos de uma nova guerra mundial e que se concretize a paz perpétua em nosso planeta, seria preciso a reforma do sistema internacional atual que é incapaz de garantir a paz mundial. O novo sistema internacional deveria funcionar com base em um Contrato Social Planetário que seria a Constituição do planeta Terra. Para a elaboração do Contrato Social Planetário deveria haver a convocação de uma Assembleia Mundial Constituinte com a participação de representantes de todos os países do mundo eleitos para este fim. O Contrato Social Planetário deveria estabelecer a existência de um Governo Mundial cujo presidente deveria ser eleito com mais de 50% de votos do Parlamento Mundial a ser, também, constituído com representantes eleitos nos diversos países do mundo. Além do Governo Mundial e do Parlamento Mundial, deveria ser constituída, também, a Corte Suprema Mundial que deveria ser composta por juristas de alto nível do mundo escolhido pelo Parlamento mundial que atuariam por tempo determinado. A Corte Suprema Mundial deveria julgar os casos que envolvam litígios entre países, os crimes contra a humanidade e contra a natureza praticados por Estados nacionais e por governantes à luz do Contrato Social Planetário, julgar conflitos que existam entre o Governo Mundial e o Parlamento Mundial e atuar como guardiã do Contrato Social Planetário. O Governo Mundial não terá Forças Armadas próprias devendo contar com o respaldo de Forças Armadas dos países que seriam convocados quando necessário.
Portanto, com esta sistemática o Parlamento Mundial legislaria com sucesso por meio de um processo democrático. Não haveria a necessidade de um ente que atuaria como policial do mundo porque quem exerceria o poder seria o Presidente do Governo Mundial que usaria as Forças Armadas de determinados países que seriam convocadas quando necessário. O novo estado de direito internacional seria executado pelos três poderes constituídos: Governo Mundial, Parlamento Mundial e Corte Suprema Mundial. O poder mundial repousaria no Governo Mundial, no Parlamento Mundial e na Corte Suprema Mundial. O poder mundial não corromperia nem seria corrompido porque haveria a vigilância de todos os poderes constituídos. Governo Mundial, Parlamento Mundial e Corte Suprema Mundial atuariam como freios e contrapesos visando a eficiência e eficácia do sistema internacional.
Estas são, portanto, as medidas que deveriam ser adotadas a curto prazo para acabar com a guerra na Ucrânia e, a médio e longo prazo, para acabar definitivamente com as guerras no mundo. Os cidadãos de todo o mundo amantes da paz deveriam se mobilizar em seus países para exigirem de seus governos e da ONU o empenho na concretização da paz mundial para evitar a eclosão da 3ª Guerra Mundial.
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* Fernando Alcoforado, 83, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.
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