As proposições e conclusões deste artigo estão baseadas na análise do Capítulo 3 do livro A Humanidade ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência publicado pela Editora Dialética de São Paulo em 2021 e do Capítulo 7 do livro A escalada da Ciência e da Tecnologia ao longo da história publicado pela Editora CRV de Curitiba em 2022 de autoria do Engenheiro e Professor Fernando Alcoforado que apresentaram as estratégias capazes de salvar a humanidade de catástrofes naturais provocadas por terremotos, tsunamis e erupções de vulcões.
Os tremores, sismos ou terremotos, como são mais conhecidos, são vibrações na camada externa da Terra causadas por fenômenos que acontecem no interior do nosso planeta. Os abalos sísmicos podem ocorrer por atividades vulcânicas, pela movimentação das placas tectônicas e por desmoronamentos da estrutura interna da Terra. Em todos os casos, acumula-se uma imensa quantidade de energia, levando a Terra a tremer. As placas tectônicas são algumas partes que compõem a crosta terrestre. São identificadas 28 placas tectônicas na Terra.
As regiões de maior risco de terremotos estão localizadas nas fronteiras das placas tectônicas na costa americana do Oceano Pacífico, do Chile ao Canadá, e no Japão. Também são regiões de risco a Ásia Central (do Himalaia ao Irã) e o Mediterrâneo (Marrocos, Argélia e Turquia). Os cincos terremotos mais fortes já registrados no mundo até hoje foram os da Península de Kamchatka na Rússia em 1952, Valdívia no Chile em 1960, Alasca nos Estados Unidos em 1964, Ilha de Sumatra na Indonésia em 2004 e Península de Oshika no Japão em 2011. O terremoto mais forte da história foi, entretanto, o de Shensi, na China, ocorrido no ano de 1556 e que deixou um rastro de incríveis 830 mil mortos.
Catástrofes naturais provocadas por terremotos, tsunamis e erupções de vulcões têm contribuído para a ocorrência de mortes de populações e destruição de edificações e infraestruturas de muitos países. À exceção do Japão que adota medidas avançadas de prevenção e precaução contra terremotos e tsunamis, a humanidade continua à mercê dessas catástrofes naturais pela falta de previsão da ocorrência desses eventos, de planos de evacuação de populações das áreas afetadas e de medidas de prevenção e precaução para fazerem frente às catástrofes provocadas por terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas.
O risco de o Brasil sofrer terremotos de grande escala é muito baixo. As chances de um grande terremoto, como o que atingiu a Turquia e a Síria acontecer no Brasil são remotas porque ele ocupa uma posição privilegiada por estar no centro de uma placa tectônica, a Sul-americana, enquanto os grandes abalos ocorrem onde há o choque entre as placas tectônicas. No Brasil são registrados terremotos, porém de pequena intensidade. No Oceano Atlântico, há muitos terremotos, mas acontecem longe da costa e raramente sentimos os reflexos. Eles são mais comuns em terremotos na Cordilheira dos Andes. No Brasil, podem ser sentidos terremotos quando algum abalo sísmico tem como epicentro a região dos Andes, como o Chile, o Peru e a Colômbia, que são os países onde acontecem os maiores tremores na América do Sul. Em agosto de 2022, por exemplo, ocorreram 8 tremores de terra na costa do Rio Grande do Norte. Segundo a Rede Sismográfica Brasileira, o maior evento teve magnitude 3.7 na escala Richter e chegou a ser sentido pela população. Apesar disso, nessa magnitude, raramente este tremor causa danos. Os maiores danos ocorrem com terremotos a partir de 6,1 e 6,9 na escala Richter que podem ser destrutivos em áreas em torno de 100 km do epicentro.
Nas condições atuais, não é possível prever a ocorrência de terremotos, mas é possível adotar medidas de prevenção e de precaução para eliminar ou reduzir os danos por eles provocados sobre as populações, edificações e infraestruturas como fazem os japoneses. A experiência japonesa de prevenção e de precaução contra terremotos deveria ser difundida e adotada mundialmente, sobretudo, nos países onde há mais ocorrência de terremotos no mundo. Em cada um desses países, deveriam ser montadas estruturas voltadas para o monitoramento de terremotos e serem elaborados planos de evacuação de populações em locais que possam ser atingidos por esses eventos catastróficos. Além disso, é preciso que seja montada uma estrutura mundial, uma Organização Mundial de Defesa Contra Catástrofes Naturais de abrangência global, similar à OMS (Organização Mundial de Saúde) que tenha capacidade de coordenar tecnicamente as ações dos países que enfrentem terremotos, tsunamis e erupção de vulcões cujas consequências tenham abrangência local, regional e mundial e são devastadoras para milhares de vítimas como as que se registram atualmente na Turquia e na Síria.
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* Fernando Alcoforado, 83, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.
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