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ABI e FENAJ esperam que TJ-SP não se dobre ao poder político!

Entidades acompanham desfecho da ação movida pela jornalista Patrícia Campos Mello contra Jair Bolsonaro.

28/06/2022 às 21h06
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: ABI e FENAJ
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O julgamento foi suspenso devendo retornar nesta quarta-feira (29/06). Foto: Card Divulgação
O julgamento foi suspenso devendo retornar nesta quarta-feira (29/06). Foto: Card Divulgação

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) acompanham com especial interesse o desfecho da ação movida pela jornalista Patrícia Campos Mello contra o senhor Jair Bolsonaro, agora em tramitação em recurso na 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, por considerarem que o processo supera em muito uma questão restrita a mais um ataque do presidente da República à liberdade de imprensa e à atividade jornalística.

Após receber dois votos favoráveis à jornalista e um que atende à defesa de Bolsonaro, o julgamento foi suspenso devendo retornar nesta quarta-feira (29/06) quando serão conhecidas as posições dos dois últimos desembargadores.*

Ao ofender a jornalista, sugerindo criminosamente que o êxito de seu trabalho dependeria de favores sexuais, o agressor contumaz de profissionais da imprensa incitou o seu entorno e os seus seguidores para que continuem atacando as mulheres.

O réu tentou amedrontar e subjugar a jornalista e o jornalismo que o incomodam para assim interditar informações que Patrícia Campos Mello divulga na Folha de S. Paulo sobre delitos graves cometidos pelos que o cercam muito de perto.

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A ABI e a FENAJ estão certas de que não há como enquadrar essa agressão no conceito da liberdade de expressão. Não é do que se trata. É uma ofensa pessoal que busca atingir também os alvos preferenciais da insegurança do agressor.

O opressor reincidente de mulheres cometeu um crime que se reproduz cotidianamente com cúmplices de suas falas e atitudes políticas, na maioria das vezes contra profissionais da imprensa sem a visibilidade da jornalista e o alcance nacional da Folha de São Paulo.

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Fazer justiça nesse caso é oferecer à jornalista, à imprensa e ao interesse público uma reparação concreta, junto com o sentimento de que o Judiciário não se dobra ao poder político de disseminadores do ódio, especialmente contra mulheres.

Rio de Janeiro, 28 de junho de 2022

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA – ABI
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS – FENAJ

 

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