Afeto, memória e boas histórias marcaram a tarde da última quinta-feira (15) na Escola Municipal Capistrano de Abreu, em Nova Iguaçu. A unidade inaugurou o Redário Tia Dida, um espaço que oferece um ambiente tranquilo, onde os estudantes possam ler de forma prazerosa, além das propostas pedagógicas dos professores. A iniciativa integra as ações permanentes de incentivo à leitura da Secretaria Municipal de Educação.
O nome do redário foi escolhido em votação aberta a alunos e funcionários, e é uma homenagem à servidora Rosilda Santos, que trabalhou por anos na escola. Ela faleceu em setembro do ano passado, e era carinhosamente conhecida como Tia Dida. A inauguração contou com a presença de familiares da homenageada, como sua filha, a manicure Fabiana Santos Silva, de 40 anos, e sua neta, Pietra Silva Moura, de 10 anos, aluna do 5º ano da unidade.
“Minha mãe amou e foi muito amada aqui. Não tem como entrar nessa escola e não lembrar dela. Espero que esse espaço inspire a imaginação de todos e que a memória dela continue viva em cada leitura que será feita aqui”, disse Fabiana, emocionada.
Para além do fator afetivo, a secretária de Educação, Maria Virgínia Andrade Rocha, também ressaltou o impacto na aprendizagem.
“O próprio ambiente do redário na escola já estimula a imaginação e a curiosidade. As cores vibrantes das redes, o movimento de balanço que acalma e concentra, a sensação de estar em um espaço diferente cria possibilidades para a exploração da linguagem e o desenvolvimento dos nossos alunos”, afirmou Maria Virgínia.
Feira Literária destaca protagonismo das famílias
No mesmo dia, a escola realizou a edição 2025 da Feira Literária Capistrano de Abreu (FLICA), com o tema “Somos Terra”. A atividade integrou o Mês da Família na escola, aproximando responsáveis, estudantes e profissionais da educação por meio da literatura.
Os corredores e espaços externos foram transformados em exposições com produções literárias dos alunos. A programação contou com contação de histórias, apresentações culturais, intervenções musicais e momentos de integração com as famílias.
“Quando você traz o responsável para a escola e mostra o que está sendo feito para educar seus filhos, isso transforma a relação com a comunidade. A leitura tem que acontecer em todos os lugares, até mesmo na rede. A escola inteira se envolve, da criança de 3 anos ao aluno de 12 anos. A imaginação floresce com a leitura”, afirma a diretora Mariângela Carvalho Mendes.
Entre os momentos mais marcantes do dia festivo, esteve a apresentação de Heitor Braga Morais, de 9 anos, aluno do 4º ano. Ele é caçula da professora Alessandra Braga, ex-aluna da escola e mãe de outros ex-alunos, que viu toda a família reunida no evento.
“Quando a escola conquista o aluno, conquista também a família. E aí, a aprendizagem acontece com naturalidade. Ver meu filho se apresentar neste lugar que faz parte da minha história é muito especial”, afirmou a professora.
Heitor também celebrou sua participação na FLICA.
“Foi muito legal ver todo mundo junto, minha mãe feliz, meus irmãos que também vieram me ver. Eu acho que foi um momento único e inesquecível.”
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