A Escola Estadual (EE) Maria Amélia do Espírito Santo, localizada no bairro Dom Pedro, zona centro-oeste de Manaus, realizou o tradicional lançamento de foguetes em busca de índice para participação na Olimpíada Brasileira de Foguetes (ObaFog). Os estudantes do Ensino Médio lançaram seus protótipos na Vila Olímpica de Manaus, zona centro-oeste, com objetivo de atingirem os alcances dos foguetes necessários para ingressar na competição. Os dados devem ser enviados a partir do dia 18 de maio.
A ObaFog, anteriormente nomeada de MobFog, é uma competição experimental realizada pela Sociedade Astronômica Brasileira (Saeb), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (Aeb). A olimpíada consiste em construir e lançar, obliquamente, foguetes, a partir de uma base de lançamento, o mais distante possível. Dividido em cinco níveis, a olimpíada abrange estudantes de escolas públicas e privadas dos ensinos Fundamental e Médio.
A EE Maria Amélia tem tradição em participar da competição, como afirmou a diretora escolar, Elisangela Guedes. No ano de 2024, a escola conquistou medalhas na competição, mas, segundo a diretora, o foco é realmente fazer com que os alunos se interessem por Astronomia e Matemática e aprendam, de maneira dinâmica, as diversas disciplinas.
“Este é um projeto que não é só uma olimpíada, mas faz com que todos os alunos interajam na escola e as disciplinas trabalhem de forma interdisciplinar. Nós fazemos com que os alunos aprendam na prática e isso é importante para fazer com que o aluno tenha uma aprendizagem significativa”, explicou a diretora.
Ações práticas
Durante a atividade, os alunos da 1ª à 3ª série do Ensino Médio realizaram os lançamentos de protótipos utilizando todo o aprendizado que eles obtiveram em sala de aula. Realizando a montagem do foguete e da base com materiais recicláveis, utilizando misturas químicas para o combustível e calculando a trajetória e distância, os estudantes aplicaram Matemática, Química, Física e Geografia em uma atividade divertida.
Orientando os estudantes, o professor de Matemática e Física, Edezio Souza, explicou que a competição visa o trabalho prático, mas sobretudo, criar memórias com os alunos para que eles retenham os conhecimentos de sala de aula, mas também momentos significativos dentro do ambiente escolar.
“Essa modalidade visa promover, primeiro, o fazer para aprender. Quando a gente trata da criação de uma base, criação de um foguete e a combinação disso para fazermos os lançamentos, nós estamos tratando de pegar os conhecimentos físicos que eles têm dos lançamentos oblíquos e colocar eles na prática”, contou o professor.
Diversão que transforma
Uma das estudantes participantes foi a aluna Lorraina Uchôa, 17, da 3ª série do Ensino Médio. Ela e sua equipe conseguiram atingir a marca dos 250 metros, a colocando em posição para se classificar para a Jornada de Foguetes, evento realizado no Rio de Janeiro voltado para as três equipes que conseguiram os melhores resultados no lançamento.
Segundo a aluna, a atividade foi extremamente gratificante, pela felicidade de ter conseguido atingir a marca e por ter apreciado o tempo com sua equipe montando o projeto.
“Eu gostei muito de fazer o projeto, porque a sensação de soltar o foguete junto dos meus colegas é sensacional. Nas duas primeiras noites que viemos testar para ver como ficaria foi parar no igarapé. A segunda vez perto da barraca e agora conseguimos 250 metros no lançamento oficial e eu estou muito feliz, eu e meu trio”, disse a aluna.
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