Formar jovens cada vez mais comprometidos com a proteção do meio ambiente é prioridade na Escola Estadual Oswaldo Cruz, no município de Capitão Poço, Região de Integração Rio Capim, nordeste paraense. A unidade de ensino é referência em projetos que despertam a consciência ecológica, e está sempre mobilizando a comunidade escolar em debates e iniciativas sustentáveis, por meio do componente curricular de Educação Ambiental, implementado pelo Governo do Pará, via Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Alunos da “Oswaldo Cruz” - que faz parte do Projeto Escola Azul Brasil, apoiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - participaram de um projeto de arborização, com plantio de árvores frutíferas em escolas estaduais e municipais.
"O Pará é peça fundamental nas discussões sobre meio ambiente e clima, para o Brasil e para o mundo. Nossas escolas contam com o componente de Educação Ambiental para o desenvolvimento de ações factíveis, que façam a diferença no aprendizado e na vida dos nossos estudantes. A educação é a chave para a mudança de todas as coisas. É através dela que podemos quebrar paradigmas e avançar. Ela deve estar no centro das discussões ambientais, e é isso que estamos fazendo e priorizando aqui. Parabéns aos estudantes e a toda equipe da Escola Oswaldo Cruz, não apenas pela idealização de um projeto importante dentro da própria escola, mas também por expandir para as demais da região. Esse olhar comunitário faz toda a diferença", disse Rossieli Soares, secretário de Estado de Educação.
Conscientização - Entre as espécies plantadas estão açaí, acerola, graviola e laranja, além de árvores que contribuem para o sombreamento e o conforto térmico. A proposta visa ampliar áreas verdes, estimular hábitos saudáveis, fomentar a consciência ecológica e fortalecer vínculos entre as escolas da comunidade.
“Nosso novo tema é ‘Sustentabilidade em Movimento: Uma Jornada Interescolar de Educação Ambiental’. A Escola Estadual Oswaldo Cruz reafirma, mais uma vez, seu compromisso com a formação de cidadãos conscientes e responsáveis com o meio ambiente”, ressaltou o professor de Geografia Altielis Lima, coordenador do Projeto.
Este ano, a unidade escolar continua desenvolvendo iniciativas inovadoras ao promover um trabalho interescolar que envolve plantio de árvores frutíferas e para sombreamento em outras instituições de ensino das redes estadual e municipal.
Os estudantes atuam como multiplicadores de práticas sustentáveis, informa o professor Altielis Lima. Segundo ele, “esse Projeto é muito importante porque vai além do plantio. Ele traz consciência ecológica, fortalece a colaboração entre as escolas e contribui para um futuro mais verde e saudável. Estamos aprendendo, na prática, como cuidar do nosso planeta, melhorar a qualidade do ar, incentivar a alimentação saudável e deixar nossos ambientes escolares mais bonitos e acolhedores”.
Futuro mais verde - Para a estudante Maria Eduarda, do 9º ano do Ensino Fundamental, “o projeto de reflorestamento é essencial, tanto para o meio ambiente quanto para nós, seres humanos. Ele ajuda a melhorar a qualidade do ar, contribui para o equilíbrio do ecossistema e ainda traz benefícios, como sombra, frutas e um ambiente mais agradável. Além das árvores frutíferas, a plantação e preservação das árvores sombreadas é fundamental para o conforto térmico e bem-estar de todos. Eu fico muito feliz em fazer parte dessas ações, que mostram quanto podemos contribuir para um futuro mais verde e sustentável”.
Maria Clara, da 2ª série do Ensino Médio, garantiu ter “muito orgulho de fazer parte desse Projeto. É uma iniciativa que incentiva a nossa escola - e outras, também - a ter um compromisso maior com o meio ambiente e a prática sustentável. Esse ano, com a orientação do professor Altielis, iniciamos um trabalho interescolar que tem nos enchido de orgulho. Estamos levando as nossas ações ambientais para outras escolas, tanto da rede estadual quanto municipal, promovendo a arborização com mudas de árvores frutíferas. Eu sinto que estamos fazendo a diferença, e isso nos inspira a continuar. Claro, é gratificante saber que estamos inspirando outras pessoas por aí”.
Pioneirismo - A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) oferece, desde o primeiro bimestre de 2024, o componente de Educação Ambiental em todas as etapas do ensino, de forma obrigatória nas escolas estaduais. Este componente pode ter a adesão dos Municípios, alicerçada na Política de Educação para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima.
A Seduc destaca que o conteúdo ambiental torna o Pará pioneiro na garantia de um componente curricular obrigatório na área de sustentabilidade, incentivando a participação e o engajamento de estudantes nas discussões sobre agendas fundamentais ao Pará como sede da Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em novembro deste ano, em Belém.
Cultura oceânica- Alinhado ao 14º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que busca a preservação da vida marinha até 2030, o Projeto Escola Azul, com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, está sendo implementado em escolas de todo o Brasil. A iniciativa visa promover a cultura oceânica entre os estudantes, incentivando a conscientização sobre a importância dos ecossistemas aquáticos e a necessidade de sua preservação.
O Projeto Escola Azul foi iniciado em Portugal, e propõe uma abordagem integrada sobre o universo oceânico no currículo escolar, estimulando o desenvolvimento de pensamentos críticos e criativos.
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