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Brasileiros passam cerca de 40 anos de suas vidas na internet

Entre demandas profissionais e necessidade de entretenimento, a população brasileira pode passar mais da metade de suas vidas conectadas. E isso po...

28/04/2022 às 12h05
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Agência Dino
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Foto: Reprodução
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Saber quantas horas as pessoas passam conectadas durante um dia pode ser uma curiosidade de muitas pessoas. E, certamente, alguns poderão pensar que o tempo gasto utilizando meios digitais é alto. Para corroborar com esse sentimento, um estudo desenvolvido pela NordVPN mostrou como isso vem se tornando uma prática cada vez mais comum.

De acordo com a companhia de cibersegurança, no Brasil as pessoas passam 41 anos, 3 meses e 13 dias conectados. Uma pesquisa feita pela especialista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Ana Amélia Camarano, a expectativa de vida da população brasileira caiu de 76,6 anos para 72,2 anos, após a chegada do novo coronavírus, entre março de 2020 e dezembro de 2021. Com base nesses dados, o brasileiro pode passar 57% da sua vida online.

Ainda de acordo com a NordVPN, semanalmente os brasileiros passam de 91 horas utilizando a internet, totalizando quase quatro dias. Essa divisão de tarefas realizadas por meio online consiste em demandas profissionais ou de entretenimento, sendo que 19 horas semanais são gastas trabalhando e as outras 72 horas para a realização de outros tipos de atividades.

Tendência, principalmente em tempos pandêmicos, o serviço streaming é a ferramenta em que mais prende a atenção dos brasileiros, que passam 13 horas semanais se entretendo com os mais diversos filmes e séries. Meio dia é o tempo que os brasileiros gastam assistindo vídeos em plataformas como o YouTube, por exemplo. 

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Pouco mais de 11 horas são dedicadas às redes sociais, tais como Twitter, Facebook, Instagram e WhatsApp, e 6 horas e 13 minutos são gastos, no Brasil, em plataformas de áudio como Spotify e Deezer. Por fim, fora das questões de trabalho e entretenimento, os brasileiros passam o seu tempo conectados também para se aperfeiçoar em alguma área. Durante 5 horas e 28 minutos, muitos estão em aulas online, palestras e tutoriais. 

Consequências 

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Principalmente durante a pandemia do novo coronavírus e o isolamento social, os brasileiros, assim como grande parte da população mundial, tornaram-se ainda mais dependentes do uso da internet, para a utilização de todos os fins citados acima, além de muitos outros, como reencontrar parentes, conhecidos ou realizar compras online.

Em um levantamento da TIC Domicílios, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), o uso da internet no Brasil saltou de 74% para 81% da população em 2020, já em período de pandemia, representando 152 milhões de brasileiros.

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Tudo isso se deve à facilidade que encontramos ao usar esse meio. Cada vez mais estamos deixando o consumo mais ágil e prático. Ferramentas como os serviços de streaming fazem com que as pessoas possam consumir aquele conteúdo como quiserem, na hora que quiserem, em poucos cliques. Em relação ao trabalho, a pandemia acelerou os processos de trabalho remoto, onde pessoas podem trabalhar no conforto da sua casa, e em alguns casos, escolhendo a hora que quer trabalhar.

Segundo o Ipea, em estudo realizado em julho de 2021, 11% dos trabalhadores ativos no Brasil já exercem suas atividades profissionais remotamente. Porém, tantas virtudes que, somadas, podem trazer também malefícios à população. O uso excessivo e acelerado é uma preocupação de muitos especialistas, como é o caso do psicólogo Michael Zanchet. De acordo com o profissional do Centro Contemporâneo de Saúde e Bem-Estar, o consumo desenfreado pode trazer transtornos às pessoas.

“A tecnologia automatizou a vida, a tornou mais ágil, mas muitas pessoas se tornaram escravas e isso tem gerado um nível de ansiedade maior em decorrência do cérebro muitas vezes não ter pausas e não conseguir suportar o número de informações processadas e não processadas, e consequentemente não reter as informações”, disse o psicólogo.

O profissional se atenta para possíveis transtornos mentais como uma das consequências do uso excessivo da aparelhos eletrônicos, como alterações no humor, irritabilidade e dificuldade de raciocínio, e sugere um equilíbrio no estilo de vida dos brasileiros, em prol de um bem-estar melhor.

“Equilíbrio é o melhor caminho. É importante usarmos a tecnologia a nosso favor, termos equilíbrio e nos desenvolvermos constantemente entre seis domínios da nossa vida: físico e mental, família, vida afetiva, profissional, financeiro e espiritual. O equilíbrio nessas seis áreas é que vai nos dar maior ou menor bem-estar, inclusive porque muitas patologias se originam do afastamento de atividades básicas, como atividades físicas e contato pessoal”, conclui.

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