O público que escolheu o Pelourinho para encerrar os festejos juninos foi formado em grande parte pelos fãs da paraibana Roberta Miranda, que surpreendeu com um repertório repleto de seus grandes sucessos e clássicos do tradicional forró. A artista, com quase 30 anos de carreira, foi a segunda atração da noite desta segunda-feira (24). Com apoio do Governo do Estado, a última noite do São João da Bahia 2024 no Pelourinho, contou ainda com as apresentações da banda Fulô de Mandacaru e Geraldo Azevedo.
Quando perguntada sobre trazer a música sertaneja para os festejos juninos, Roberta foi categórica: “eu sou paraibana, sou nordestina e amo o São João. Tenho uma ligação muito bonita com essa festa. Acho também que a música sertaneja se funde com todos os grandes ritmos”, disse a cantora, dona de sucessos como ‘A Majestade O Sabiá’ e ‘Vá Com Deus’.
O público cantou os hits em um grande coro que tomou conta de cada canto do Largo do Pelourinho. A paraibana falou sobre o grande prazer que sente em cantar em um local que inspira tanta história e cultura: “quando você fala do Pelourinho, você fala de algo que o mundo inteiro conhece. Algo histórico. A Bahia, em si, já é uma grande história, tudo começou aqui… esse povão maravilhoso, que antes mesmo de entrar no palco já me acolheu de uma forma linda. A gente sabe que a Bahia ama Roberta Miranda e eu também amo os baianos”.
Fulô de Mandacaru.
‘Mandacaru quando fulora na seca é o sinal que a chuva chega do sertão’. E foi assim, recitando o Rei do Baião, que o vocal Armandinho afirmou que a chuva que caiu nessa última noite de festa no Pelourinho não atrapalhou em nada. Só ajudou a dar “aquele gás”, como descreveu o cantor.
Para a banda, que tem mais de duas décadas de carreira, estar na grade da programação de um São João tão tradicional quanto o do Pelourinho representa muito. “Aqui é o berço da cultura popular e hoje é uma data simbólica, o São João, que é a culminância de tudo que a gente ama. A Fulô de Mandacaru fica muito feliz em celebrar os seus 23 anos de carreira nessa festa linda”, contou Armandinho.
Mesmo com a chuva, os amigos Lívia, Gabriel e Vitor, não arredaram pé e dançaram assim mesmo. “São João tá acabando já e a gente não quer perder nada”, contou Gabriel.
A festa junina do Centro Histórico, promovida pela Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado da Bahia (Sufotur), recebeu desde sexta-feira (21) baianos e turistas com uma programação bem diversificada e um público de mais 120 mil pessoas transitou por lá nesses quatro dias. Segundo dados da Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur) e da Coordenação de Polícia Interestadual (Polinter), o balanço do São João do Pelourinho foi muito positivo, sem nenhum registro de ocorrência grave.
Geraldo Azevedo.
Penúltima atração da noite, Geraldo Azevedo fez um show memorável. Os fãs e todo mundo que o aguardava para ouvir e curtir canções consagradas como ‘Dia Branco’, ‘Táxi Lunar’ e ‘Dona da Minha Cabeça’, pediu bis.
Pouco antes do show, o cantor, compositor e violonista, que é natural de Petrolina (PE), deu uma deixa dos ritmos que traria ao palco do Largo do Pelourinho. “O público pode esperar alegria no coração, no corpo e na cabeça. Porque vai ter xote, baião e xaxado e muitas canções que vão se fundir aí nesse clima junino” prometeu ele.
Com o tema “São João da Bahia: O Maior do Mundo é Nosso”, o Pelourinho foi palco de grandes atrações gratuitas e para toda a família. “Eu tô muito orgulhoso em dar continuidade a essa festa junina e exatamente no dia do São João, para mim, é uma glória. Me sinto honrado e feliz. É como se eu fosse celebrado também.”, disse Geraldo.
Para o pesquisador, Paulo Goetze, vir ao São João do Pelourinho já é uma tradição. Ter a presença de Geraldo Azevedo na programação é um verdadeiro presente. “Eu não perco nenhum show dele aqui. Ele é o cantor preferido da minha vida. Ouvir as músicas dele é como se eu me tele transportasse”, celebrou ele.
Além do palco principal no Largo do Pelourinho, a festa contou com uma programação bem diversificada, nos palcos da Praça Tereza Batista, Largo Pedro Arcanjo, Largo Quincas Berro D’água e a tradicional Sala de Reboco.
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