A cidade alcançará a condição de sustentável quando estiver contribuindo para o bem estar de sua população que é o seu maior objetivo sem agredir o meio ambiente. Toda cidade alcança a condição de cidade inteligente quando seus gestores a consideram como um sistema e fazem o uso da tecnologia da informação em seu processo de planejamento e controle contando com o efetivo apoio de sua população.
As cidades sustentáveis são aquelas que têm uma política de desenvolvimento econômico e social compatível com o ambiente natural. Para alcançar a condição de sustentável, a cidade contemporânea deve promover o bem estar social de sua população provendo o abastecimento de água e o suprimento de energia, de insumos industriais e alimentos em quantidade e qualidade para sua população, assegurando a coleta, a disposição final adequada e a reciclagem de resíduos sólidos domésticos e industriais, realizando o tratamento de resíduos sólidos e líquidos, realizando o saneamento básico em todo o espaço urbano, monitorando e adotando medidas de mitigação da poluição do ar, do solo e das águas, oferecendo transporte urbano público moderno e de qualidade, realizando a manutenção de todo o espaço urbano em benefício da população, oferecendo os serviços de saúde pública de qualidade para toda a população e promovendo as condições para a geração de emprego e renda, bem como de obtenção da casa própria para toda a população.
Ao perseguir o bem estar de suas populações, as cidades sustentáveis precisam colaborar, também, na era contemporânea, com o enfrentamento dos problemas do aquecimento global, que podem levar à mudança climática catastrófica em escala planetária, eliminando ou reduzindo suas emissões de gases do efeito estufa em suas atividades e deve estar preparada para enfrentar eventos extremos como as inundações e a elevação do nível do mar. As cidades sustentáveis precisam ter um plano de adaptação às mudanças climáticas, especialmente aquelas sujeitas a eventos extremos. As cidades costeiras, por exemplo, devem ter planejamento contra o aumento previsível do nível dos oceanos e se preocupar com deslizamentos de terra nas encostas, inundações, etc., resultantes de chuvas inclementes.
A revista Exame publicou o artigo As 100 cidades mais sustentáveis do mundo em 2022. A capital norueguesa, Oslo, lidera o índice geral do Sustainable Cities 2022. Estocolmo (Suécia), Tóquio (Japão), Copenhague (Dinamarca) e Berlim (Alemanha) completam as cinco primeiras posições da lista de cidades sustentáveis. A cidade brasileira mais bem colocada na avaliação geral é São Paulo, na 84ª posição. No Brasil, foi divulgado o ranking das cidades mais sustentáveis do País em artigo de Marcia Sousa sob o título Ranking das cidades mais sustentáveis do Brasil, publicado no website da Archdaily. São Caetano do Sul, no ABC Paulista, está no topo do ranking das cidades sustentáveis do Brasil. O levantamento inédito revela que São Caetano do Sul já conhecida por liderar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) no Brasil agora é a primeira entre os 5.570 municípios brasileiros em relação às práticas de ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU.
Toda cidade alcança a condição de cidade inteligente quando seus gestores a consideram como um sistema e fazem o uso da tecnologia da informação em seu processo de planejamento e controle contando com o efetivo apoio de sua população. A tecnologia da informação permite que os gestores da cidade interajam diretamente com seus órgãos executores e com a população e monitorem o que está acontecendo na cidade e como a cidade está evoluindo em tempo real. A tecnologia da informação deve ser usada para melhorar a qualidade, o desempenho e a interatividade dos serviços urbanos, reduzir custos e o consumo de recursos e aumentar o contato entre os cidadãos e o governo. Uma cidade inteligente pode estar mais preparada para responder aos desafios enfrentados pelos seus gestores e por sua população.
De acordo com o IESE Cities in Motion (ICIM), Nova Iorque, Tóquio e Londres encabeçam a lista de cidades mais inteligentes do mundo. O destaque da pesquisa da IESE está no uso tradicional de tecnologia, no qual Tóquio se destaca. Mas no quesito sustentabilidade, a capital japonesa não é tão inteligente assim, perdendo para grandes cidades, como Londres e Barcelona. Já o ranking feito pela IMD-SUTD Cingapura está em primeiro lugar, seguida por Zurique e Oslo. No Brasil, de acordo com o ranking Connected Smart Cities 2021, da Urban Systems, as cidades de Curitiba, Florianópolis e São Paulo lideram a lista de cidades mais inteligentes do País. Nesse ranking são analisados indicadores de mobilidade, economia, educação, saúde, meio ambiente, urbanismo, energia, tecnologia e inovação, empreendedorismo e governança.
O que caracteriza uma cidade sustentável e inteligente? Ser sustentável significa a cidade assegurar o direito da população à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para a atual e futuras gerações e o direito da população a decidir sobre o destino de sua cidade. Ser uma cidade inteligente significa usar a tecnologia da informação para facilitar a gestão da cidade com a colaboração da população e contar com sua participação nas tomadas de decisão. O futuro das cidades e de suas populações depende, portanto, do que seja realizado no sentido de adotar um novo modelo de gestão com o uso da tecnologia da informação, promover a melhoria da qualidade de vida para toda a população, promover o desenvolvimento sustentável da cidade e promover a democratização das decisões do governo com a participação de toda a população.
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* Fernando Alcoforado, 83, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.
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