Presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização da Câmara Municipal de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues (PT) repudiou o congelamento de verbas no Ministério da Educação (MEC), decretado por Bolsonaro, que culminará com as instituições federais praticamente sem recurso neste fim de ano e que já resulta na falta de pagamento a 100 mil estudantes bolsistas, a 14 mil médicos residentes de hospitais universitários e a 60 mil bolsas de formação de professores.
A vereadora de Salvador também se solidarizou à UFBA, que emitiu nota informando que fechará o ano com o menor recurso desde 2014, quantidade insuficiente para fazer frente às despesas da instituição.
Segundo a petista, o atual presidente – que deixa o posto no final deste ano – está fazendo “o possível” para deixar um rombo nos principais ministérios e, dessa forma, entregar o país em uma situação caótica para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A pasta da educação, continua a vereadora Marta Rodrigues, tem sido um dos principais alvos de Bolsonaro justamente por ser a que lida cientistas, pesquisadores e educadores, parte da população que fez oposição ao governo dele.
“Os professores, estudantes, acadêmicos de maneira geral tinham consciência do desastre que era Bolsonaro para o Brasil e agora ele quer se vingar, porque é um mal caráter, sem nenhum espírito republicano e que nunca esteve preocupado com os brasileiros, mas sim com seus interesses de enriquecimento pessoal, e ilícito, em proteger sua família, e em atender pautas absurdas da extrema-direita que nunca tiveram a ver com o coletivo, com igualdade e com justiça social”, disse.
Para Marta, apesar de não fazer aparições e aparentemente parecer ter abandonado o posto, o atual presidente tem trabalhado às escondidas para entregar a Lula um país em colapso. “De fato, vamos pegar um país em uma situação bastante caótica”, declarou.
Marta Rodrigues afirma, ainda, que o congelamento de verbas atrapalhou a destinação de recursos que deveriam ser pagos até o fim deste ano, no entanto, Bolsonaro zerou totalmente o caixa do MEC numa atitude irresponsável e punitiva.
“A pior situação são para os bolsistas e residentes, que já não recebem o pagamento no início deste mês de dezembro e não podem ter contratos de trabalho ou assinarem carteira por causa da dedicação integral às pesquisas. Bolsonaro é um homem sádico e foi o pior mal deste país, que já, já estaremos expurgando”, finalizou.
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