No dia 21 de maio, a comunidade acadêmica, usuários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e representantes da Prefeitura de Parauapebas e da Secretaria de Saúde (Semsa) se reuniram para celebrar o Dia Nacional de Luta Antimanicomial, uma data que busca promover a conscientização sobre os direitos das pessoas com sofrimento mental. Com o lema “Saúde Mental Nua e Crua: despindo preconceitos”, o evento visa desmistificar a visão estigmatizada da saúde mental e discuti-la de forma aberta e respeitosa.
Este ano, as atividades iniciaram no dia 2 de maio com a participação de profissionais do Caps no Carajás Podcast, onde discutiram “Saúde Mental em Foco: Liberdade, Cuidado e Respeito”. Além disso, uma série de “Cine-Debates” foi organizada, com a exibição do curta “Milton Freire: um grito além da história”, que ilustra a luta do escritor e militante Milton Freire contra a opressão do sistema manicomial.
Nos dias 6 e 16 de maio, o encontro foi nas faculdades FCV e Famap, com debates importantes para o crescimento da luta antimanicomial. O evento principal aconteceu nesta quarta-feira, na Faculdade Fadesa, reunindo vivências e experiências contadas pelos usuários do Caps, relatando o que vivenciaram em hospitais psiquiátricos e ressaltando a importância de um cuidado em liberdade e da inclusão social.
Maria Francisca, usuária do Caps, enfatizou a importância de cuidar com amor de quem precisa. “Pacientes que procuram este tipo de atendimento estão vulneráveis e não podem ser negligenciados. O amor, o respeito e o cuidado devem fazer parte do tratamento, que inclui: fé, medicamentos e empatia”, falou Francisca.
Durante o evento, também houve uma exposição de artesanato produzido pelos usuários do Centro de Atenção Psicossocial, produzido em oficinas de criatividade e expressão, promovendo assim a autonomia e empoderamento dessa população.
A ação liderada pela Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), destaca a necessidade urgente de desmistificar os mitos sobre a saúde mental, promovendo um ambiente de carinho, respeito e inclusão para todos. Afinal, o verdadeiro cuidado deve sempre ser exercido de forma que respeite a dignidade e os direitos humanos de cada indivíduo.
Reportagem: Ana Freitas
Fotos: Irisvelton Silva
Assessoria de Comunicação/PMP 2025
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