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Sesma captura insetos no Combu para análise e controle de endemias

Por cinco semanas, agentes de combate às endemias (ACEs) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), em parceria com equipes da Secretaria de Estado ...

27/03/2025 às 23h31
Por: Redação Fonte: Agência Belém
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Foto: Ascom Sesma
Foto: Ascom Sesma

Por cinco semanas, agentes de combate às endemias (ACEs) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), em parceria com equipes da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e do Instituto Evandro Chagas (IEC), estiveram imersos na floresta da ilha do Combu, em Belém, para capturar insetos transmissores de doenças endêmicas. O objetivo da ação é estabelecer um sistema contínuo de vigilância e monitoramento em áreas com diferentes níveis de risco (baixo, médio e alto) para doenças endêmicas transmitidas por mosquitos.  

Prevenção e controle de doenças  

O crescimento populacional e o fortalecimento do turismo na ilha do Combu evidenciaram a necessidade de um monitoramento vetorial mais detalhado. “A Sesma identificou essa demanda para orientar os profissionais que atuam na ilha, possibilitando que conheçam os insetos presentes no local e o potencial de transmissão de doenças”, explica Edneuza Silva, agente de endemias e chefe do setor de Entomologia da Sesma.  

Com o mapeamento dos insetos existentes no Combu, será possível planejar ações estratégicas para o controle de doenças como dengue, zika, chikungunya, leishmaniose, febre amarela, malária e doença de Chagas. O trabalho de monitoramento permitirá a adoção de medidas preventivas para reduzir riscos e evitar surtos.  

Técnicas de captura

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A coleta dos insetos foi realizada por meio de diversas armadilhas e técnicas especializadas. Um dos métodos utilizados pelos agentes foi o uso de meias pretas para atrair mosquitos às pernas, facilitando a captura. Além disso, os profissionais utilizaram equipamentos de escalada para coletar insetos diretamente das copas das árvores, onde é possível encontrar espécies diferenciadas. Essas abordagens, que combinam tecnologia e técnicas tradicionais, têm se mostrado eficazes para o levantamento de dados essenciais à saúde pública.  

“A Amazônia apresenta condições ambientais que favorecem o desenvolvimento de vetores transmissores de diversas doenças tropicais. Por isso, é fundamental investigar a entomofauna e compreender os riscos que afetam especialmente as comunidades ribeirinhas, que vivem em áreas de proteção ambiental”, reforça Edneuza Silva.  

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Ação estratégica para a COP-30

A realização desse mapeamento ganha ainda mais importância diante da proximidade da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que acontecerá em Belém, em novembro deste ano. O evento deve atrair milhares de visitantes, aumentando o risco de propagação de doenças transmitidas por vetores. A iniciativa da Sesma, em conjunto com os demais órgãos envolvidos, é uma medida essencial para garantir a segurança sanitária da população local e dos turistas.  

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Os profissionais conseguiram capturar diferentes espécies de insetos. Parte dessas amostras foi encaminhada ao Instituto Evandro Chagas (IEC), onde passará por análises de biologia molecular para identificar possíveis vírus e outros patógenos. Com os resultados, será possível formular estratégias ainda mais eficazes para o monitoramento e controle das doenças causadas por esses vetores.

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