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Cidasc orienta produtores do Extremo Oeste catarinense para ações contra o greening

Fotos: Divulgação / CidascA Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) alerta os produtores, em especial, do Extrem...

21/02/2025 às 23h22
Por: Redação Fonte: Secom SC
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Foto: Reprodução/Secom SC
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Fotos: Divulgação / Cidasc

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) alerta os produtores, em especial, do Extremo-Oeste catarinense, para ações contra o greening, também chamado de huanglongbing (HLB). A companhia realizará uma ação de educação sanitária, com inspeções em plantas cítricas na área urbana, em um raio de 4 km do foco, no bairro São Luiz, em São Miguel do Oeste, para inspecionar plantas com suspeitas da doença dos citros.

Foto: Reprodução/Secom SC
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Segundo o engenheiro-agrônomo do Departamento Regional da Cidasc de São Miguel do Oeste, Fábio Trevizol “com a detecção da praga é necessário eliminar as plantas doentes e adotar medidas técnicas e comportamentais, como eliminar plantas de citros com sintomas de greening, e monitorar o psilídeo com armadilha adesiva, entre outras ações. É importante que os moradores e produtores rurais contribuam com o trabalho de erradicação e informem à Cidasc sobre possíveis focos da praga”, frisa Trevizol.

Foto: Reprodução/Secom SC
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O engenheiro-agrônomo e gestor do Departamento Estadual de Defesa Vegetal (Dedev), Alexandre Mees, explica que “o greening já foi registrado em alguns municípios do Estado e representa um sério risco para a citricultura e se não for controlado pode comprometer toda a produção de citrus no estado. Ele é causado por uma bactéria e transmitido pelopsilídeo Diaphorina citri. Para evitar a transmissão o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) exige que nos municípios onde há a ocorrência da praga todos os produtores de citros façam as inspeções frequentes em seu pomar”, comenta Mees.

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A doença de huanglongbing (HLB), também conhecida como greening dos citros, pode trazer grandes prejuízos à citricultura, provocando má formação dos frutos e em alguns casos morte precoce das plantas. Provocada pela bactériaCandidatus liberibacter asiaticus, a doença atinge todas as espécies cítricas (laranja, limão, bergamota, entre outras) e tem como vetor o insetopsilídeo-asiático-dos-citros(Diaphorina citri), que dissemina a bactéria entre as plantas.

Foto: Reprodução/Secom SC
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A principal fonte de introdução da doença é por meio da introdução de mudas contaminadas de estados com ocorrência da praga, obtidas no comércio clandestino. A aquisição de mudas deve ser realizada em estabelecimentos registrados no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem) e no Registro Estadual de Comerciantes de Sementes e Mudas (Recsem/Cidasc). Por isso, é importante exigir e verificar se o estabelecimento possui o registro junto à Cidasc, lembrando que a documentação deve estar exposta para fácil visualização de quem vai adquirir a muda.

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Foto: Reprodução/Secom SC
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Trevizol alerta que “a doença prejudica o desenvolvimento das plantas e formação dos frutos, mas não afeta a saúde humana. Como não há tratamento para as árvores infectadas é necessário agir rapidamente para conter a dispersão da praga”, reforça. Segundo o profissional, entre os sinais de que os citros estão contaminados pelo greening estão: ramos em que as folhas têm mistura de tons de verde-claro e escuro, sem delimitação definida; folhas com aspecto opaco e nervura central mais grossa; frutos mal formados, sementes abortadas (falhadas) com albedo (parte branca) mais espesso e com sabor alterado.

Foto: Reprodução/Secom SC
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Como medidas contra o greening, a Cidasc recomenda:

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  • plantar mudas de qualidade, adquiridas de viveiros e comerciantes regulares e registrados;
  • nunca comprar mudas de vendedores ambulantes;
  • inspecionar o pomar com frequência, sendo o ideal realizar seis inspeções por ano, principalmente de fevereiro a agosto, quando os sintomas da HBL são mais visíveis.

Para os produtores de citros dos municípios com ocorrência do HLB e municípios limítrofes, algumas regras complementares devem ser seguidas:

  • eliminar plantas com sintomas de HLB;
  • apresentar à Cidasc dois relatórios anuais (15/01 e 15/07) referente às inspeções;
  • monitorar o inseto vetor da doença, com uso de armadilhas amarelas feitas com cartões adesivos, colocados no terço superior da copa das árvores;
  • realizar o controle do vetor.

Os município com focos identificados no Estado são:

  • Abelardo Luz;
  • Guaraciaba;
  • Ipuaçu;
  • São José do Cedro;
  • São Lourenço do Oeste;
  • São Miguel do Oeste;
  • Xanxerê.

O Departamento Estadual de Defesa Vegetal (Dedev) e as equipes técnicas da Cidasc nas regionais podem auxiliar o produtor sobre como proceder. A parceria com os produtores é essencial para a manutenção do status sanitário e controle desta e de outras doenças. 

Cabe ressaltar que estes casos de greening foram registrados na região do Extremo-Oeste do Estado, distante do principal polo produtor de mudas de citros em Santa Catarina, localizado no Alto Vale do Itajaí. Desde 2013, a produção de mudas cítricas no Estado é realizada exclusivamente em ambiente protegido, impedindo a entrada do inseto vetor nos viveiros. 

Serviço – Presença do greening dos citros

Em caso de dúvidas sobre a presença do greening dos citros na sua propriedade, os produtores devem entrar em contato com a Cidasc da sua região ou através do telefone WhatsApp: (48) 3665.7300.

Mais informações:
Jornalista Alessandra Carvalho
Assessoria de Comunicação
Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc)
(48) 3665 7037
e-mail: ascom@cidasc.sc.gov.br

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