A rotina escolar da pequena Maya Silva Nocetti, de 10 anos, passou a ser mais empolgante e com a agenda cheia em 2025, depois que ela passou a estudar no Colégio com Supervisão Militar Rio Tocantins (CMRio), localizado na Folha 13, Nova Marabá. Além do compromisso com o horário normal de aulas, agora ela integra o Clube de Ciências, participando das atividades que são realizadas no laboratório da escola.
“Eu estou amando porque, aqui, a gente pode aprender mais, se desenvolver mais, porque tem essas atividades extracurriculares para a gente fazer. É porque Ciências estuda uma coisa que eu amo, que é a Astronomia. Também a gente pode observar as células pelo microscópio, várias coisas”, relata a aluna.
O CMRio exemplifica a importância de promover o letramento científico e, neste 11 de fevereiro, Dia Internacional das Meninas e Mulheres na Ciência, a abordagem do colégio demonstra o impacto dessa participação feminina em atividades científicas, pois desde 2020, os clubes de aprendizagem já alcançaram resultados notáveis: 10 medalhas na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), sendo 5 de ouro, e 4 medalhas na Olimpíada Nacional de Eficiência Energética (ONEE), das quais duas são de ouro.
Além disso, as meninas são maioria nos Clubes de Ciências e de Robótica da escola. Participando de ambos há dois anos, a aluna do 8° ano Maria Luiza Silva já construiu uma réplica de carrinho de Fórmula 1 e um robô com processador para montagem consciente de cubo mágico.
“A coisa mais interessante de a gente fazer é tentar montar robôs semelhantes a gente. Precisamos ter muita persistência porque a gente pode tentar fazer alguma coisa, deu um erro milimetricamente, a gente vai lá e muda, até dar certo. Ciência, a gente pode observar o que dá de fazer. Agora a Robótica é da nossa mente, é da criatividade”, explica Luiza, destacando que pretende seguir carreira profissional na área da engenharia.
Coordenando o Clube de Ciências desde o início, a professora Gislene Lopes Alves explica que o objetivo dessa atividade é desmistificar o conhecimento, demonstrando que a ciência faz parte do dia a dia. Por isso, são realizados experimentos, ensaios e análises científicas com utilização de materiais e objetos do cotidiano. Além de ampliar o horário de vivência dentro da escola.
“De início, a ideia era um clube de meio ambiente, mas eu conversei com a gestão e achei melhor fazer um Clube de Ciências porque a gente poderia envolver tudo: a educação ambiental e as demais áreas, a Física, a Química, a Biologia, participar das olimpíadas externas. Quando eles vão para o Ensino Médio eles enviam mensagem agradecendo a gente porque despertou o interesse na Ciência, então isso é muito gratificante!”, revela Gislene.
Trabalhando em conjunto na coordenação do clube, a professora Larissa de Souza da Silva ressalta que ter meninas como maioria nas atividades científicas representa um marco na transformação desse cenário, que historicamente foi majoritariamente masculino.
“Às vezes, é muito abstrato o que a gente trabalha na teoria e quando você vai para uma parte prática, faz mais sentido, então esse é o diferencial. E, aí, a gente faz o desenvolvimento de habilidades científicas que geralmente a gente tem o contato, só quando tá está na faculdade. Então aqui elas veem coisas que, na minha época, por exemplo, eu não vi. É muito prazeroso a gente conseguir alcançar esses resultados, é claro que a gente participa das Olimpíadas não só com o intuito de ganhar medalha, mas é fazer os alunos terem contato com realidades e desenvolver potencialidades que, às vezes, eles não sabem que eles têm”, afirmou.
Confira outras fotos:
Texto: Fabiane Barbosa
Fotos: Luís Fernando
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