A Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul), em parceria com outras instituições de ensino, aprovou junto ao CNPq, um projeto de grande impacto para a educação básica do estado, intitulado “Inova parque: rede laboratorial de inovação para uma ciência criativa”. O projeto prevê a implementação de laboratórios makers em 30 escolas municipais e estaduais do Maranhão, com o objetivo de promover o letramento digital e a educação científica nas unidades de ensino.
A iniciativa foi contemplada na chamada pública “CNPq/MCTI/FNDCT CONECTA E CAPACITA n° 13/2024 – Programa Mais Ciência na Escola”, promovida pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em colaboração com o Ministério da Educação (MEC), sob a execução e fomento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O projeto será coordenado pela professora doutora Liriane Gonçalves Barbosa, do curso de Geografia da Uemasul, e envolve a colaboração do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Universidade Aberta do Brasil – unidade de Açailândia, museu CPHAT, além das secretarias de educação de Açailândia, Imperatriz, Buriticupu, Ribamar Fiquene e Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
A divulgação da aprovação do projeto ocorreu na quinta-feira, 7 de novembro, durante o Encontro Nacional de Popularização da Ciência (ENPC), realizado em Brasília, dentro da programação da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). O evento contou com a presença das autoridades: presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros de estado, representantes da Unicef e de instituições de ensino, professora Dra. Liriane Gonçalves Barbosa, professor Dr. Bruno Lucio Meneses Nascimento, professora Ma. Karla Janys Nascimento, secretária municipal de educação de Açailândia e presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação.
O projeto visa transformar a educação básica, promovendo o desenvolvimento de habilidades digitais e científicas entre estudantes e educadores, com foco em metodologias ativas e na abordagem STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), tendo como principal objetivo a criação de ambientes inovadores de aprendizagem. Os laboratórios makers nas escolas serão divididos em três tipos: Gamificação, Robótica e Fábrica Digital (modelagem 3D), com a escolha dos tipos de laboratórios a serem implementados de acordo com a infraestrutura das escolas participantes.
As escolas participantes do projeto Inova parque foram selecionadas em cinco municípios maranhenses, contemplando os ensinos fundamental e médio. Em Açailândia, serão beneficiadas seis escolas de ensino fundamental e uma de ensino médio. No município de Bom Jesus das Selvas, uma escola de ensino médio participará da iniciativa. Buriticupu contará com três escolas de ensino fundamental, enquanto Imperatriz será o município com o maior número de escolas envolvidas, com 13 unidades de ensino fundamental e cinco de ensino médio. Já o município de Ribamar Fiquene terá uma escola de ensino fundamental incorporada ao projeto.
As atividades de aprendizagem previstas no projeto incluem o desenvolvimento de ações voltadas para tecnologias sociais assistivas, além da criação de produtos, equipamentos, dispositivos e recursos que utilizam inovação tecnológica para solucionar ou mitigar problemas locais. A coordenadora do projeto, professora doutora Liriane Gonçalves Barbosa, explicou que as atividades estarão alinhadas com as habilidades e competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e com as metas do Plano Maranhão 2050 e do Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA), contribuindo para o alcance das metas nacionais, promovendo o desenvolvimento sustentável e a adaptação às mudanças climáticas no estado.
"O projeto surge como uma iniciativa imprescindível para fomentar o desenvolvimento científico e a criatividade entre os estudantes do Maranhão. Em um contexto onde a educação é a chave para a transformação social, a criação de laboratórios de inovação nas escolas representa um passo significativo para a formação de jovens mais preparados para os desafios do futuro", relatou a professora Liriane.
Segundo ela, o Inova parque não se limita ao ambiente escolar; busca integrar as comunidades, criando um espaço colaborativo que envolve alunos, professores, pais e profissionais da área científica. "Essa rede de colaboração é essencial para o desenvolvimento de projetos que realmente atendam às necessidades locais, promovendo a inclusão e a participação ativa da população. Além disso, o projeto contribuirá para a formação de novos talentos no Maranhão, capacitando os alunos em áreas como Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM). Essa formação é crucial para preparar a juventude maranhense para futuras oportunidades acadêmicas e profissionais, contribuindo para a redução das desigualdades sociais e para o fortalecimento da economia local", completou Liriane.
Mais Ciência na escola
O programa foi instituído pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio do Decreto nº 12.049, de 11 de junho de 2024, e faz parte de um pacote de ações para atingir os objetivos do programa Escolas conectadas para o desenvolvimento de competências previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), assim como a implementação da educação digital, definida pela Política Nacional de Educação Digital (PNED). Alinha-se, também, aos programas prioritários da educação básica, como o programa de educação em tempo integral e o Escola das adolescências. O Mais ciência na escola busca transformar a educação básica no país, promovendo um futuro digital e científico inclusivo e inovador para estudantes, professoras e professores, além do incentivo à educação e cultura científica nas escolas, da popularização da ciência e do desenvolvimento sustentável, por meio da implementação de laboratórios makers e de planos de atividades voltados para o desenvolvimento da ciência e tecnologia no ambiente escolar.
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