A histórica cidade de Cachoeira, a cerca de 120 km de Salvador, mostra que, além de rica culturalmente, é bastante engajada quando se fala de cuidados com a saúde. Pelo segundo ano seguido, o posto de testagem de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) instalado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) no São João ficou cheio de pessoas para realizar exames que detectam HIV, Sífilis e Hepatites B e C.
“Existe a estratégia dos nossos captadores, pessoas capacitadas para trazer o público para o posto, e Cachoeira tem a particularidade de ter um campus da UFRB que tem um público muito jovem que têm uma consciência forte para se testar e se cuidar”, analisa Edy Gomes, coordenador do Núcleo Regional de Saúde Centro Leste.
“Eu acho uma iniciativa muito importante porque a maioria das pessoas não tem tanta informação e não tem condições de fazer esses testes, então é muito importante pra nossa cidade”, afirmou uma jovem que não quis se identificar e resolveu fazer os testes após ser convidada por uma das captadoras.
A estudante Christine de Jesus, de 21 anos, de Itabuna, está passando o São João em Cachoeira e resolveu se submeter aos testes pela primeira vez. “É importante que as pessoas de todas as idades saibam o que acontece com a saúde delas, e essa foi uma oportunidade ótima para eu cuidar melhor da minha”, avaliou.
Na primeira noite de funcionamento, no sábado (22), foram 813 testes, com 1 positivo para HIV e 4 para Sífilis. Nenhum teste deu positivo para Hepatite B ou C. Além disso, em parceria com equipes da Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur), cerca de 8 mil preservativos foram distribuídos.
Os exames são gratuitos, com resultados disponíveis em cerca de 10 minutos e podem ser feitos das 16h às 4h até a madrugada do dia 26.
“Quero parabenizar a equipe toda do posto e a Secretaria de Saúde pela iniciativa. Vi o estande e prontamente aceitei o convite para fazer os testes. Hoje, com tanta coisa que a gente vê acontecer, tanta gente desavisada, despreparada, é importante a gente se testar”, opinou o militar reformado Rogério Ferreira, de 52 anos.
Segundo Gomes, a testagem é importante para interromper o ciclo de transmissão dos vírus, além auxiliar no compartilhamento de mais informações à população. “No São João do ano passado, conseguimos fazer quase mil testes e distribuir 20 mil preservativos masculinos e femininos e, esse ano, a perspectiva é que possamos superar esses números”, afirma Gomes.
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