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Saúde do Ceará reforça cuidados para evitar doenças como a febre oropouche, transmitidas por mosquito

O primeiro caso da febre oropouche no Ceará foi registrado em um paciente de 53 anos, residente do município de Pacoti Manter a casa limpa, removen...

22/06/2024 às 16h11
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Secom Ceará
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Foto: Reprodução/Secom Ceará
Foto: Reprodução/Secom Ceará

Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas, é um dos principais cuidados para evitar as arboviroses. As mais comuns são as doenças virais transmitidas por mosquitos, como a dengue, zika, chikungunya, febre amarela e febre oropouche.

A febre oropouche registrou mais de 6,6 mil casos no Brasil neste ano, a maioria em estados da região Norte, concentrados no Amazonas e em Rondônia. De acordo com o Ministério da Saúde, há notificações em todas as outras regiões do país.

Na última sexta-feira (21), a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) confirmou o primeiro caso da doença no Estado. O paciente de 53 anos, residente do município de Pacoti, foi atendido com suspeita clínica de dengue e chikungunya. O caso ocorreu em maio. Por meio de investigação laboratorial, exames realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-CE), unidade da Sesa, o resultado deu negativo para dengue, zika e chikungunya. O paciente está bem e em casa, curado.

Segundo o secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antonio Silva Lima Neto (Tanta), a vigilância epidemiológica estadual está apurando com detalhes para identificar a origem da transmissão. “Esse momento é de investigação do caso, uma verificação retrospectiva em que a gente tenta avaliar se de fato foi um caso isolado, realmente de ciclo silvestre, ou se ocorreu uma transmissão, um pequeno surto na localidade”, explica.

O secretário executivo ressalta que a oropouche é uma doença que tem se manifestado de maneira muito parecida com as demais arboviroses que nós conhecemos. “Sobretudo, como uma síndrome febril de sintomas mais específicos de dor no corpo, mialgia; eventualmente cefaleia (dor de cabeça). Mas que a gente precisa ainda acompanhar. Não há uma confirmação de óbitos em decorrência da doença”, reforça Tanta.

Sobre a doença

A transmissão da febre oropouche é feita principalmente por mosquitos. Depois de picar uma pessoa, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus.

O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor no ciclo selvagem. No ciclo urbano, ele também é o principal vetor. No entanto, há ainda o mosquito Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos, que pode ocasionalmente transmitir o vírus da febre oropouche.

Os sintomas da febre oropouche são semelhantes com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial.

Prevenção

– Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele.

– Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.

– Se houver casos confirmados na sua região, seguir as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.

Em caso de sintomas suspeitos, a pessoa deve procurar o posto de saúde mais próximo ou uma Unidade de Pronto Atendimento 24h (UPA 24h) imediatamente e informar sobre sua exposição potencial à doença.

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