Desde 7 de outubro de 2023, quando o Hamas desencadeou o ataque contra o território israelense, o governo e Israel, em represália, transformou a Faixa de Gaza, um território de 362 km², em escombros e a situação humanitária de seus cerca de 2,4 milhões de habitantes é catastrófica. Os bombardeios do governo de Israel, que prometeu erradicar o Hamas, são implacáveis. O número de palestinos mortos alcança 36.801 desde o início da guerra entre Israel e o Hamas. Pelo menos 70 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas, informou um comunicado das autoridades locais, acrescentando um total de 83.680 feridos em Gaza desde o início da guerra em 7 de outubro de 2023. A situação em Gaza é de dor, angústia e revolta dos sobreviventes, os quais se deparam com o horror de corpos mutilados, frequentemente de crianças. Com esse assassinato em massa de palestinos, Israel se afasta cada vez mais da possibilidade de ser aceita como Estado regular, permanente, nessa região para integrar-se e sobreviver.
Com quase dois milhões de deslocados, a cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, se transformou em um gueto similar ao de Varsóvia quando os judeus foram confinados pelos nazistas em uma área da cidade de Varsóvia, na Polônia. No gueto de Rafah, há uma multidão de deslocados, barracas de campanha no meio da rua e os bairros completamente arrasados, onde não há nada além de escombros. A Faixa de Gaza desaparece diante dos nossos olhos. Depois de quatro meses de guerra, a exaustão é evidente. O exército israelense está destruindo as casas e o patrimônio histórico da Faixa de Gaza, cujas vítimas estão à mercê dos ataques israelenses. Nenhum lugar na Faixa de Gaza é seguro. A carnificina que se vê hoje na Faixa de Gaza, nada tem de novidade, porque ela já ocorreu inúmeras vezes no passado em toda a Palestina, embora, desta vez, o horror dos crimes do governo de Israel contra a humanidade alcance novos e vergonhosos recordes.
Atualmente, cerca de 2 milhões de palestinos estão desabrigados como resultado da guerra que começou em 7 de outubro de 2023. Este número é equivalente a mais de 80% da população total da Faixa de Gaza que foram deslocadas desde o início da guerra entre o governo de Israel e o Hamas, segundo informou a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA). Até o momento, têm sido em vão os esforços para cessar o massacre israelense da população civil da Faixa de Gaza, O TPI (Tribunal Penal Internacional), sediado em Haia, na Holanda, aconselhou por unanimidade a emissão de mandados de captura contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, além de mandados de detenção do líder do Hamas Ismail Haniyeh, o chefe em Gaza, Yahya Sinwar, e o comandante das Brigadas Al-Qassam, Mohammed Al-Masri, conhecido como Deif. Os cinco visados são suspeitos de crimes de guerra e crimes contra a humanidade alegadamente cometidos em Israel e na Faixa de Gaza. Além disso, o Conselho de Segurança da ONU não tem conseguido cessar o conflito graças ao veto dos Estados Unidos, principal aliado do governo israelense.
Enquanto isto, o mundo assiste passivamente o massacre da população civil da Faixa de Gaza. Esta situação difere do que aconteceu durante a 2ª Guerra Mundial, quando os países amantes da paz se uniram para aniquilar o império nazista na Europa. Até quando os governos dos países amantes da paz assistirão passivamente os crimes de guerra e contra a humanidade praticados pelo governo de Israel? Até quando os governos dos países árabes ficarão assistindo o massacre israelense na Faixa de Gaza sem nenhuma atitude concreta para cessar a ação belicista do governo israelense? Até quando os judeus amantes da paz em Israel e no mundo continuarão assistindo passivamente o massacre israelense na Faixa de Gaza apoiando os crimes de guerra e contra a humanidade praticados pelo governo Netanyahu? É importante observar que Israel só terá condições de existir se for aceita pelos povos que vivem na Palestina e no mundo árabe. Israel só terá condições de existir se houver a substituição do governo Netanyahu por um governo democrático capaz de dialogar com os palestinos na região.
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