A Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc), em parceria com a Coordenadoria de Juventude do Piauí ( Cojuv ), está promovendo para os jovens do Centro Educacional Masculino, em Teresina, um curso de Iniciação Teatral. Com carga horária de 30h, as aulas são ministradas às terças-feiras e quintas-feiras no turno da tarde.
A Superintendente dos Direitos Humanos da Sasc, Sônia Terra, considera importante o ensino da arte aos socioeducandos, pois desenvolve vários aspectos cognitivos dos jovens. “ Sempre é preciso frisar que eles estão privados de liberdade, mas todos os outros direitos estão assegurados, como direitos ao lazer, cultura”, pontuou a superintendente.
De acordo com o diretor de políticas sociais da Cojuv, Carlos Henrique, a Coordenadoria da Juventude foi designada pela secretária da Assistência Social, Regina Sousa, para oferecer aos internos do Centro Educacional Masculino oficinas de cunho educativo e cultural. “Então resolvemos disponibilizar para os jovens uma oficina de teatro, pois a mesma possibilita que sejam mostrados diversos temas através das propostas de dramatização propostas pelo instrutor”, destacou o gestor.
Ainda de acordo com o diretor é essencial a realização de oficinas desta natureza, pois ajuda na convivência deles quando retornarem à sociedade. “ Percebemos claramente nos olhares de cada um, o interesse em aprender algo a mais para suas vidas”, comentou Carlos Henrique.
Segundo o instrutor do curso de teatro, Luís Filho, a iniciativa é mostrar atividades alternativas das artes cênicas para os internos do Centro Educacional Masculino. “Estamos trazendo pra eles, na prática, algumas situações da nossa realidade lá fora. Hoje, por exemplo, durante a dramatização apresentamos a vida dos jovens que usam drogas.O objetivo é que esses jovens tenham esse choque de realidade ao verem essas propostas de interpretação”, explicou o instrutor.
O professor revelou também que considera bastante importante a escolha desta atividade para os adolescentes, porque proporciona momentos de alegria, conhecimento e, principalmente, que eles estão dispostos a prenderem e desenvolveram novas habilidades, como o ato de interpretar. “ Não os considero como presos, internos ou pessoas de má índole, mas como jovens que estão dispostos a aprender e buscar novos conhecimentos para suas vidas fora daqui”, finalizou Luís Filho.
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