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Emater-MG usa imagens de satélite para mapear a citricultura em município do Sul de Minas

Trabalho de georreferenciamento é realizado em Campanha e pode servir de modelo para outras localidades

25/09/2023 às 21h26
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Secom Minas Gerais
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Emater-MG / Divulgação
Emater-MG / Divulgação

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) está realizando um mapeamento pioneiro das áreas ocupadas com a citricultura em Campanha, no Sul do estado. O trabalho de georreferenciamento, que poderá servir de modelo para outros municípios mineiros, é um cruzamento de diversas informações geradas por satélites, por imagens feitas por drones, visitas a campo e por um banco de dados já existente.

O resultado será um perfil detalhado da citricultura da cidade. “Estamos fazendo o georreferenciamento de todas as propriedades do município de Campanha, com o levantamento da área total, a localização de cada propriedade, a produção estimada e até a variedade plantada, especificando se é tangerina, limão ou laranja”, explica o coordenador estadual de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio.

Segundo o coordenador, este tipo de mapeamento gera mais segurança para o mercado, com informações precisas sobre a safra, evitando especulações de preço. Além disso, auxilia na formulação de políticas públicas, identifica tendências de migração de novas áreas de plantio, com conhecimento dos locais do estado com potencial para expansão da cultura. “No futuro, com o avanço da tecnologia, com a diferença de cor das fotos aéreas, poderemos identificar talhões que estão com problemas, que podem ser ataques de praga ou alguma doença”, afirma.

Com o mapeamento feito em Campanha, também é possível identificar onde estão os cursos d’água, o tipo de solo das áreas produtoras, a altitude de onde se encontram as lavouras, a declividade dos terrenos e outras informações. A equipe de georreferenciamento da Emater-MG utiliza imagens do satélite CBERS-4A e do Google Earth Pro. Também conta com imagens feitas por drones, além do banco de dados dos Certificados Fitossanitários de Origem (CFO), fornecido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Este certificado, emitido para cada produtor, contém as coordenadas geográficas das propriedades.

Nos casos em que as imagens e o CFO não fornecem a precisão ideal, um técnico da Emater-MG vai a campo para fazer a verificação. “Em alguns casos, por exemplo, não é possível identificar se a imagem mostra uma lavoura de café ou de citros. Nesta situação, é necessária a validação do técnico no local. Esta parte do trabalho, ainda está sendo feita. Em breve teremos a área total de citros do município”, explica Deny Sanábio.

O mapeamento já mostrou que as lavouras de tangerina respondem por aproximadamente 50% do total das lavouras de citros no município. O restante é ocupado com laranja, limão e tangor. São 101 produtores, que devem colher 52,3 mil toneladas de frutas este ano.

Expansão

O trabalho de mapeamento das áreas com citricultura em Campanha segue o modelo já adotado pela Emater-MG com a cafeicultura. Em 2017 começou a implantação do Geoportal, que reuniu informações georreferenciadas do parque cafeeiro do estado, abrangendo 460 municípios.

“Agora começamos com a citricultura, mas podemos expandir para toda a produção de frutas em Minas. Iremos ofertar este tipo de trabalho para outros municípios que queiram contratar a Emater-MG para fazer o georreferenciamento das propriedades”, diz Sanábio.

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