Os músicos, muitas vezes, lutam para se destacar em um mercado competitivo e imprevisível, enfrentando uma série de desafios que podem impactar na sua saúde física e mental. Essa pressão pode levar a um grande ônus emocional. Segundo uma pesquisa da Record Union, sete em cada dez músicos independentes já experimentaram emoções negativas, como estresse, ansiedade ou até mesmo depressão, relacionadas diretamente à carreira.
A pesquisa da Record Union também destacou que 33% destes músicos entrevistados passaram por ataques de pânico. Paralelamente, lesões e queixas musculoesqueléticas também são problemas que incomodam músicos por conta da carreira.
Uma das opções que surgiram para músicos que enfrentam situações como essas é a Técnica Alexander. Fundadora da Escola Consciência Corporal para Músicos - CCPM e especialista na Técnica Alexander, Eleni Vosniadou explica mais sobre esta abordagem.
“A Técnica Alexander oferece uma abordagem holística que vai além do simples tratamento dos sintomas, abordando as raízes do estresse e da ansiedade que frequentemente acompanham a carreira musical. Os músicos que adotam essa técnica relatam maior sensação de equilíbrio e bem-estar, permitindo-lhes enfrentar os desafios de forma mais saudável e produtiva”, destaca.
A Técnica Alexander é um método de reeducação psicofísica que foi desenvolvido por Frederick Matthias Alexander no final do século XIX. Ela visa a reeducar os padrões de movimento e postura de uma pessoa, promovendo maior consciência corporal e eficiência nos movimentos do dia a dia.
Originalmente desenvolvida para ajudar artistas a melhorar sua performance e evitar lesões, a técnica evoluiu para abordar questões mais amplas de bem-estar, incluindo o manejo do estresse e da ansiedade.
“Ao aprenderem a cultivar uma postura mais equilibrada e dinâmica, melhorar a respiração e aliviar a tensão muscular, os músicos podem não apenas melhorar sua técnica, mas também amenizar os impactos negativos sobre sua saúde mental”, adiciona Eleni.
A postura inadequada é uma armadilha comum para músicos, levando a tensões musculares e dores crônicas. Por meio da técnica, os músicos aprendem a identificar e corrigir esses padrões prejudiciais, permitindo que toquem seus instrumentos com mais conforto e reduzindo o risco de lesões a longo prazo.
“Ao se tornarem mais conscientes dessas tensões, podem eliminá-las, resultando em melhor qualidade de movimento, o que contribui para um desempenho mais fluido, focado e prazeroso”, finaliza Eleni Vosniadou.
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