Iniciada na terça-feira (22/03), agenda prevê a realização de supervisões, visitas técnicas a propriedades, treinamentos e reuniões
O Governo do Amazonas, por meio da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) deu início, nesta semana, a uma série de atividades voltadas à defesa vegetal, no município de Humaitá (a 590 quilômetros de Manaus). Considerada uma cidade com grande potencial para o cultivo de soja, o município é um dos alvos do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizia, a ferrugem asiática é uma praga quarentenária presente no Brasil, mas ausente no estado do Amazonas. A praga, considerada uma das mais severas a incidir na cultura da soja, é passível de ocorrer em qualquer estágio da planta e tem como característica a desfolha precoce, o que impede a completa formação dos grãos e, consequentemente, reduz a produtividade, gerando prejuízos econômicos.
No Brasil, os estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Maranhão, Minas Gerais e Goiás estão entre os que possuem registro de focos de ferrugem asiática, ao longo dos últimos anos.
Para garantir que o Amazonas permaneça livre da ferrugem asiática os engenheiros agrônomos da Gerência de Defesa Vegetal (GDV) da Adaf, Sivandro Campos, e Cláudio Magalhães, em parceria com os servidores da Unidade Local de Sanidade Animal e Vegetal (Ulsav) percorreram, na quarta-feira (23/03), as propriedades existentes em Humaitá para cadastrar e orientar os produtores sobre a importância e obrigatoriedade do cumprimento do vazio sanitário, conforme determina a Portaria nº 306, de maio de 2021, do Mapa, que instituiu o PNCFS.
A Adaf também deve realizar, ainda neste ano, um levantamento fitossanitário para confirmar o status fitossanitário no território amazonense.
“As ações iniciadas nessas propriedades fazem parte de um conjunto de medidas normatizadas pelo Mapa. É de suma importância o trabalho da Adaf junto aos produtores para impedir a entrada desta praga no estado. Com isso, ganha o Amazonas, que mantém uma produção de qualidade, e os próprios agricultores, que não precisarão gastar recursos para controlar a praga. Ainda mais em um município como Humaitá, onde há um cenário muito favorável à expansão da lavoura de soja”, destacou Sivandro, que responde pela GDV.
No Amazonas, graças aos incentivos do Governo do Estado, a produção de soja vem ganhando força no interior. Além de Humaitá, municípios como Boca do Acre e o sul de Canutama vem se destacando como os principais produtores no Estado.
Neste ano, no Amazonas, o vazio sanitário de soja ocorrerá no intervalo de 15 de junho a 15 setembro, conforme portaria publicada pelo Mapa, no mês passado. Durante esse período, os produtores amazonenses estão proibidos de plantar e manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento no estado.
Denúncias sobre o descumprimento do vazio sanitário da soja podem ser feitas à Adaf por meio da Ouvidoria da agência, no telefone (92) 99380-9174 ou no e-mail ouvidoria@adaf.am.gov.br.
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