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Meio Ambiente Amazonas

Plano de Ação de Manaus traça caminhos para desenvolver bioeconomia e reduzir pobreza em florestas tropicais

Plano de Ação de Manaus é o nome da estratégia ambiental resultante da 12ª Reunião Anual da Força-Tarefa dos Governadores

18/03/2022 às 17h10
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Secom Amazonas
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Foto: Reprodução/Secom Amazonas
Foto: Reprodução/Secom Amazonas

Documento foi assinado por governadores de 10 países durante 12ª Reunião Anual do GCF, em Manaus

Plano de Ação de Manaus – ou Manaus Action Plan (MAP) – é o nome da estratégia ambiental resultante da 12ª Reunião Anual da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force). O documento, que visa nortear as próximas ações das lideranças globais, tem foco no desenvolvimento da bioeconomia, no intuito de reduzir a pobreza em florestas tropicais.

“A pobreza ainda prevalece em áreas de floresta como uma das mais perversas consequências do desmatamento e da degradação florestal. Propor soluções para essa questão já era uma perspectiva de atuação do Governo do Amazonas, que colocamos agora de forma global, com o Plano de Ação de Manaus”, disse o governador Wilson Lima, atual presidente da rede GCF.

O lançamento do plano ocorreu na quinta-feira (17/03), no Centro de Convenções Vasco Vasques. O documento foi assinado por governadores de estados e províncias de 10 países ao redor do mundo, que estão na capital amazonense para a Reunião Anual da Força-Tarefa, considerada um dos eventos mais relevantes da agenda mundial de meio ambiente.

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Plano de ação global

Cada reunião anual da Força-Tarefa GCF resulta, tradicionalmente, em uma carta declaratória com prioridades de atuação ambiental para os integrantes doGCF, que leva o nome da cidade sede.

Por determinação da presidência do Amazonas, a força-tarefa implementou, nesta edição do encontro, um plano de ação, e não mais uma carta, que possa mobilizar o planejamento estratégico do GCF ao longo do tempo, com foco em uma nova economia da floresta.

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“Esse documento passou por uma construção coletiva, em encontros regionais. Então, os governadores participaram ativamente da sua elaboração e, agora, depois de assinado e lançado aqui em Manaus, o plano irá se desdobrar nas estratégias locais desses estados, que juntos somam mais de um terço das florestas tropicais do mundo”, disse o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.

O documento é resultado de mais de uma década de experimentação dos membros da Força-Tarefa, no desenvolvimento de estratégias, programas, planos de investimento e novas estruturas legais para enfrentar o desmatamento tropical, embarcar em um caminho de desenvolvimento de baixas emissões, e beneficiar suas populações e o clima.

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Foco em reduzir pobreza

Com novo foco, o Manaus Action Plan irá traçar um conjunto de estratégias para solucionar o que, para muitos, trata-se de um paradoxo: conservar as florestas e, ao mesmo tempo, tê-las como protagonistas para gerar riqueza para as populações.

Para tanto, o Plano trará o desenvolvimento da bioeconomia como eixo estruturante de qualquer iniciativa subnacional de combate ao desmatamento ilegal; e para o desenvolvimento de uma economia de baixas emissões. visando a sustentabilidade de médio e longo prazos, de forma a complementar as ações de responsabilização ambiental.

“O MAP coloca, como ponto central as atividades econômicas baseadas no uso inovador, eficiente e sustentável da floresta, que sejam impulsionadoras do desenvolvimento de baixas emissões, da redução do desmatamento ilegal e de benefícios sociais para as sociedades locais. O Plano de Ação de Manaus coloca a floresta como grande ativo que é, do ponto de vista ambiental e econômico”, completou Taveira.

GCF Task Force

Juntos, os 38 estados e províncias membros do GCF cobrem mais de um terço das florestas tropicais do mundo, espalhados pelo Brasil, Colômbia, Costa do Marfim, Espanha, Equador, Estados Unidos, Indonésia, México, Nigéria e Peru. No Brasil, além do Amazonas, participam delegados dos estados do Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

O GCF foi criado para responder aos problemas fundamentais do desmatamento tropical e das mudanças climáticas. Entre outras ações, a Força-Tarefa tem apoiado o Amazonas e os demais estados membros no desenvolvimento de estratégias jurisdicionais e planos de investimento para REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), bem como no aperfeiçoamento de estratégias para atrair apoio financeiro, fundamental para reduzir o desmatamento e promover o desenvolvimento de baixas emissões.

Presidente da Rede de 2019 a 2021, o governador Wilson Lima passou a liderança da força-tarefa para uma co-presidência entre os governos de San Martín (Peru), Papua (Indonésia) e Yucatan (México). Os novos presidentes foram eleitos durante votação, na quarta-feira (16/03).

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