O governador Jorginho Mello, a secretária de Assistência Social, Mulher e Família, Alice Kuerten, e o secretário de Agricultura, Valdir Colatto, se reuniram com lideranças indígenas nesta segunda-feira, 27. O encontro foi organizado em parceria com o Conselho Estadual dos Povos Indígenas (CEPIn/SC) para ser uma conversa direta, sem intermediadores, das demandas dos líderes dos próprios povos indígenas e o Governo do Estado.
“Quero como governador deixar aqui a mensagem de que estamos abertos a construir caminhos, estamos bem alinhados eu e a secretária Alice. Estou muito feliz de estar aqui e ouvir vocês”, explicou Jorginho no início da reunião. “A gente acredita que o povo indígena é um povo catarinense acima de tudo. Por isso fizemos questão de organizar essa oportunidade de estar com vocês, de permitir que vocês trouxessem as suas demandas diretamente para o nosso governador”, disse a secretária Alice Kuerten.
Chamou atenção das lideranças o ineditismo do modelo desse encontro. “Nunca um governador fez uma reunião para ouvir as nossas demandas”, disse Osmar Barbosa, o Nego, cacique da Terra Indígena Xapecó, em Ipuaçu. “É a primeira vez que estamos ocupando esse espaço de fala aqui dentro do Governo do Estado. Até aqui nós fomos esquecidos. E gostaríamos de agora sermos ouvidos. Queremos estar juntos. A gente vem com esses pedidos que gostaríamos que o governador analisasse com carinho”, explicou Ari Neres, professor e liderança da Terra Indígena Chapecozinho.
As demandas apresentadas variaram de apoio para aumentar a produtividade das plantações, microcrédito para financiar a produção agrícola das comunidades indígenas, além de reformas nas escolas e ginásios dentro dos territórios, entre outras propostas entregues em mãos ao governador. “Agora nós vamos analisar e dar resposta para todos os pedidos. O que der pra fazer nós vamos responder e já colocar em prática. O que não der, nós vamos responder e explicar porquê”, garantiu Jorginho.
“Jamais a gente teve essa oportunidade. Agradeço ao governador Jorginho Mello”, disse o cacique Antônio Antunes de Lima, da Terra Indígena Toldo Chimbangue, em Chapecó. “Aproveitar esse momento para fazer esse apelo: somos três povos aqui na Grande Florianópolis. Em uma hora dá para visitar três comunidades indígenas e ver a situação”, comentou a cacique Elizete Antunes, cacica da Terra Indígena Morro dos Cavalos.
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