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Direitos Humanos Memória e Verdade

MDHC anuncia semana pela recuperação da memória, verdade e justiça.

Entre os dias 24 de março e 2 de abril, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania lança o selo “Nunca Mais” e participa de atos em repúdio ao autoritarismo e ao extremismo.

24/03/2023 às 21h02 Atualizada em 24/03/2023 às 22h01
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Presidência da Republica
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Foto: Reprodução internet
Foto: Reprodução internet

Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) lançou um selo, nesta sexta-feira (24/3), em alusão à “Semana do Nunca Mais” — período dedicado à preservação da memória, da verdade, da luta pela democracia e justiça social, no qual uma série de iniciativas marcam a retomada das agendas institucionais.

Com o tema “Memória Restaurada, Democracia Viva”, a Semana será efetivamente iniciada na segunda-feira (27/3). Em Brasília (DF), o assessor especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do MDHC, Nilmário Miranda, participará de ato na ponte Honestino Guimarães, que faz a ligação do Setor de Clubes Sul ao pontão do Lago Sul.

 Ao ser inaugurada em 1976, a ponte recebeu o nome do presidente militar Costa e Silva. Em 2015, a ponte chegou a ter o nome alterado e, após decisão judicial, a ponte voltou a ser chamada pelo primeiro nome. Em 2021, um projeto de lei que retoma o nome de Honestino Guimarães foi aprovado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, mas vetado pelo governador Ibaneis Rocha. No ano passado, o veto foi derrubado e a ponte voltou a ter o nome do líder estudantil brasileiro que, em razão de sua militância no movimento estudantil, foi preso por quatro vezes – da última prisão, em 1973, Honestino nunca retornou.

A Semana do Nunca Mais segue até 2 de abril, período que faz referência ao ciclo da história do Brasil em que o apagamento cultural e o autoritarismo tentaram mudar o curso dos acontecimentos reais e escusos aos interesses democráticos, progressistas e em defesa da dignidade humana. No dia 31 de março de 1964, o país sofreu um golpe militar que causou violações de direitos humanos já amplamente conhecidos.

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“Movimentos recentes da nossa história, a exemplo dos últimos seis anos, agiram de modo contrário ao interesse social. Também por isso estamos promovendo essas agendas que retomam o protagonismo da nossa luta por democracia”, declara Nilmário Miranda, em alusão ao período.

OUTRAS AGENDAS — Na terça-feira (28/3), o MDHC recebe uma audiência com mais de 150 familiares de pessoas mortas e desaparecidas com a presença do ministro Silvio Almeida (MDHC). No dia seguinte (29), será o momento de anistiados políticos participarem de uma segunda audiência com o titular da pasta. No dia 30 de março (quinta-feira), a Comissão de Anistia realizará a primeira sessão do colegiado após anos de descaracterização do uso da Comissão de Estado, que luta pela reparação histórica de perseguidos pela Ditadura Militar.

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Para fechar as ações em repúdio ao autoritarismo e extremismo — e a favor da luta pela dignidade humanitária e justiça social — o ministro Silvio Almeida participará da “Caminhada do Silêncio”, que ocorrerá em São Paulo, no dia 2 de abril, a partir das 16h. O ato será realizado no Parque Ibirapuera e proximidades, organizado pelo Movimento Vozes do Silêncio com o objetivo, segundo a organização, de “promover uma caminhada silenciosa em memória das vítimas de violência estatal”.

Ainda no domingo, o ministro Silvio Almeida visitará o Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). No CAAF são realizados os trabalhos de identificação dos remanescentes ósseos retirados da vala clandestina de Perus — cemitério na periferia paulistana no qual foram sepultados desaparecidos políticos vitimados pela ditadura militar.

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Aprenda como colocar o Selo da Semana Nunca Mais nas suas redes sociais.

COMISSÃO DE ANISTIA — A Assessoria Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade abriga duas comissões: a Comissão de Anistia, que teve seu regimento interno publicado nesta quinta-feira (23), e a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, que será restabelecida em breve por meio de decreto presidencial.

A professora e presidenta da Comissão da Anistia, Eneá de Stutz e Almeida, destacou que os trabalhos do grupo puderam ser restabelecidos a partir da publicação do regimento. “Quem foi vítima de perseguição por meio do Estado, sobretudo, anseia por ouvir de quem o violou em seus direitos humanos uma declaração de reconhecimento do erro. Acima de tudo, a reparação simbólica pela reparação do Estado brasileiro diante dos abusos autoritaristas é insubstituível”, sublinhou Eneá.


SERVIÇO

Ato na ponte Honestino Guimarães.
Data e hora: 27/3, segunda-feira, às 11h30
Local: Setor de Clubes Sul, em Brasília (DF)

Audiência com familiares de pessoas mortas e desaparecidas.
Data e hora: 28/3, terça-feira, de 10h às 12h
Local: Auditório do Bloco A da Esplanada dos Ministérios

Audiência com Anistiados Políticos
Data e hora: 29/3, quarta-feira, de 10h às 12h
Local: Auditório do Bloco A da Esplanada dos Ministérios
Transmissão ao vivo: @mdhcbrasil

1ª Sessão da Comissão de Anistia em 2023
Data e hora: 30/3, quinta-feira, de 9h às 13h
Local: Auditório do Bloco A da Esplanada dos Ministérios
Transmissão ao vivo: @mdhcbrasil

3ª Caminhada do Silêncio em São Paulo
Data e hora: 2/4, domingo, às 16h
Local: Parque do Ibirapuera

 

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