Adolescentes que integram o Núcleo de Cidadania de Adolescentes (Nuca) visitaram, pela primeira vez, nesta sexta-feira (17), o Complexo de Escuta Protegida, localizado no Centro Integrado dos Direitos das Crianças e Adolescentes (Cidca). A visita foi guiada pelo secretário municipal de Desenvolvimento Social, Michael Farias e pela equipe do Complexo, com o objetivo apresentar ao grupo o funcionamento deste equipamento voltado à tomada do depoimento especial de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de algum tipo de violência.
De acordo com Michael, a presença dos adolescentes do Nuca reforça a dimensão da participação social deles na vida da cidade. “A partir da vinda desses adolescentes, estamos despertando neles também o aspecto de atuarem enquanto agentes que vão buscar defender os direitos de crianças e adolescentes, fazer o enfrentamento a toda forma de violência. Então, conhecer o espaço público municipal que foi criado para protegê-los é uma maneira de trabalharmos também a prevenção”, enfatizou o secretário.
Os adolescentes do Nuca participaram de um bate-papo sobre o enfrentamento a violências contra crianças e adolescentes, que teve à frente o conselheiro tutelar André Sampaio. O objetivo do bate-papo, segundo o representante do Conselho Tutelar Leste, foi fazer com que os adolescentes, com idades que variam entre 12 e 17 anos, conhecessem os tipos de violência que podem ser praticadas contra eles e as crianças.
“Tem crianças e adolescentes que sofrem violência e sem sabe que estão sofrendo. Então, trouxemos a informação, que é uma ferramenta importante no combate e na prevenção, e esperamos que a partir desse bate-papo, eles reproduzam essas informações para outras crianças, adolescentes e famílias da sua comunidade”, disse André.
Além de visitar o Complexo de Escuta Protegida, o grupo também conheceu outros órgãos e serviços em funcionamento no Cidca, como o Conselho Tutelar, a unidade de atendimento programa Família Acolhedora e o Núcleo da Criança e do Adolescente da Polícia Civil.
Aos 17 anos, a estudante Ingrid Santos, gostou do que viu. A estrutura montada pela Prefeitura para garantir, sobretudo, o sigilo e acolhimento na tomada dos depoimentos chamou a atenção da garota. “Achei muito importante e interessante conhecermos esse espaço, sabermos onde devemos procurar ajuda quando vermos ou se vivermos alguma violência e, até mesmo, para aconselhar algum colega onde ele vai ser escutado sem estar na frente do agressor e ter providências tomadas. Acho, inclusive, que deve ter outras visitas como essa”, destacou Ingrid.
Mobilizadora de adolescentes do Nuca, Laís Pinheiro, ressaltou que a atividade desta sexta-feira (17), cumpriu uma proposta do Selo Unicef, que orienta a realização de ações de enfrentamento à violência. Inclusive, contou Laís, a ação é preparatória para uma mobilização maior que deve ocorrer a partir do dia 25 de abril, Dia Internacional contra a Alienação Parental. “Preparamos esses adolescentes antes, principalmente, também para que eles tenham noção sobre e saibam se defender, denunciar, informar e mobilizar outras pessoas”, afirmou.
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