Sexta, 14 de Março de 2025
26°

Parcialmente nublado

Salvador, BA

Geral Distrito Federal

Zoológico recebe primata típico da Amazônia para reprodução da espécie

Fêmea de cuxiú vai ficar isolada no hospital veterinário até que faça os exames necessários e possa formar casal com um macho que já reside no local

24/02/2023 às 15h51
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Agência Brasília
Compartilhe:
Foto: Leonardo Viana/FJZB
Foto: Leonardo Viana/FJZB

Na manhã desta sexta-feira (24), a Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB) recebeu, no Aeroporto Internacional de Brasília, por meio do programa Avião Solidário da Latam, uma fêmea de cuxiú (Chiropotes sagulatus). O animal estava sob os cuidados do Cetas/Ibama do Amazonas e o seu transporte de Manaus para a capital federal tem como objetivo a reprodução desta espécie e pesquisas da instituição.

Espécie de macaco típica do Bioma Amazônico, a fêmea de cuxiú que chegou ao DF foi domesticada e não apresenta condições de sobrevivência caso seja reintroduzida em seu habitat natural | Foto: Leonardo Viana/FJZB
Espécie de macaco típica do Bioma Amazônico, a fêmea de cuxiú que chegou ao DF foi domesticada e não apresenta condições de sobrevivência caso seja reintroduzida em seu habitat natural | Foto: Leonardo Viana/FJZB

O cuxiú é uma espécie de macaco típica do Bioma Amazônico. A fêmea transportada de Manaus para Brasília foi por muito tempo domesticada e não apresenta condições de sobrevivência caso seja reintroduzida em seu habitat natural. Por isso, foi entregue ao Ibama, que optou pelo seu envio ao Zoo de Brasília, onde poderá formar casal com um macho da mesma espécie e se reproduzir.

Além disso, oChiropotes sagulatusé um macaco pouco estudado e é do interesse dos pesquisadores locais obter mais conhecimento sobre o seu comportamento. Embora a espécie não seja considerada ameaçada de extinção, a perda de habitat causada pelo desmatamento e outras formas de degradação são uma ameaça para a sua sobrevivência. Além disso, a caça ilegal para comércio de animais de estimação e consumo humano representa um risco para a população desses macacos.

“Dois fatores são relevantes no recebimento desta fêmea: a questão dela precisar de uma nova oportunidade em um ambiente que não apenas permita que ela sobreviva, mas que tenha qualidade de vida e cuidados especializados, além de encontrar um macho da mesma espécie para estabelecer um grupo; e também para podermos conhecer mais sobre o comportamento e características dessa espécie que é pouco conhecida e estudada, visando colaborar com sua conservação”, disse o diretor de Mamíferos do Zoo, Filipe Reis.

Continua após a publicidade

A nova integrante do plantel do Zoo vai ficar isolada no Hospital Veterinário até que faça os exames. Após os resultados favoráveis, a equipe de biólogos vai tentar a aproximação dela com o macho da mesma espécie que já vive no Zoo.

*Com informações da Fundação Jardim Zoológico de Brasília

Continua após a publicidade
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários