A Global Energy Association realizou a primeira conferência “De regional a global”, na América Latina. O evento foi realizado no cruzamento da associação de integração MERCOSUL (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai), na cidade uruguaia de Punta del Este, e foi dedicado ao papel da América Latina na energia mundial e às perspectivas de utilização de fontes de energia limpa na região.
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De regional a global: o papel da América Latina na agenda global da energia (Photo: Business Wire)
Alfonso Blanco, secretário executivo da Organização Latino-Americana de Energia (OLADE), Fitzgerald Cantero, diretor nacional de energia no Ministério da Indústria, Energia e Mineração do Uruguai, e Vadim Titov, presidente da Rusatom – Internacional Network, participaram na primeira sessão, chamada “A América Latina na agenda mundial da energia”.
Em seu discurso, Alfonso Blanco mencionou a situação atual e as perspectivas de desenvolvimento do setor da energia na América Latina, no contexto da crise de aprovisionamento global. “Os programas de energia dos nossos países deveriam se destinar tanto a ultrapassar a transição de energia e a diversificar as fontes de energia, como a promover o desenvolvimento socioeconômico e a melhorar os padrões de vida dos cidadãos de nossos países”, disse ele.
A América Latina vai demonstrar uma crescente procura por fontes de energia
A segunda sessão foi dedicada aos desafios de disponibilidade de energia limpa na região e ao desenvolvimento de energia nuclear na América Latina. Ela foi moderada por Lorena Di Chiara, bolsista de pesquisa do Observatório de Energia e Desenvolvimento Sustentável da Universidade Católica (Uruguai). A discussão envolveu as seguintes figuras ilustres: Kaushik Rajashekara (Universidade de Houston); Ruben Chaer (Administração do Mercado Elétrico do Uruguai); Gonzalo Casaravilla (Universidade da República, Uruguai), Ivan Dybov (Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN)) e William Byun (Asia Renewables).
No geral, a conferência mostrou que, nos próximos anos, a América Latina demonstraria uma crescente demanda por fontes de energia que combinem baixas emissões com segurança da oferta de energia, incluindo geração nuclear, bem como de energia solar, eólica e hidrelétrica. Isso se aplica tanto às aglomerações mais densamente povoadas da região, que estão aumentando a demanda por energia devido ao crescimento econômico, como a áreas remotas, que precisam de fontes de energia ininterruptas, estando isoladas da rede pública.
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