A prefeita Sheila Lemos nomeou nesta segunda-feira (21), o psicólogo Ricardo Alves de Oliveira para o cargo de Coordenador Municipal de Promoção da Igualdade Racial, lotado na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes). Ele assume a pasta no lugar de Maria Olinda Pereira de Souza, que pediu exoneração na semana passada, depois de 19 meses na função, para pode dedicar mais tempo as suas obrigações religiosas como yalorixá.
Ricardo Alves também é babalorixá, especialista em Direitos Humanos e Contemporaneidade ( UFBA), comunicador, graduando em Jornalismo (Uninter) e conselheiro municipal de saúde, representando as religiões de matriz africana.
O coordenador nomeado se apresentou hoje ao secretário Michael Farias. A ex-coordenadora também esteve presente e recebeu os agradecimentos de Michael. “Foi um momento de muito aprendizado para mim a passagem de Olinda aqui na Igualdade Racial. Me ensinou muito, por isso, só tenho a agradecer a sua dedicação e compromisso” destacou Michael que também deu boas-vindas para Ricardo: “Que você venha para somar, que possamos, juntos, dar continuidade ao trabalho que já vinha sendo realizado por Olinda”.
Durante o encontro, Olinda Pereira ressaltou as conquistas da Coordenação no período em que ela esteve à frente, como o decreto de imunidade tributária para religiões de matriz afro-brasileira, conclusão do Plano Municipal de Igualdade Racial, que deverá ser apreciado pelo Conselho Municipal de Igualdade Racial e também o envio do Projeto Lei para Câmara que garantirá transporte dos alunos do Pré-vestibular Quilombola.
Olinda agradeceu à prefeita Sheila Lemos pela confiança no trabalho dela e disse vai se dedicar ainda mais às suas obrigações religiosas como yalorixá. “Tem muitas responsabilidades que estavam ficando de lado por conta do trabalho na coordenação, que deixo com sentimento de dever cumprido e com a certeza de que a gestão da prefeita Sheila Lemos irá continuar com este trabalho necessário para diminuirmos as desigualdades e intolerância religiosa”, afirmou a ex-coordenadora.
Ricardo Alves comentou que sua expectativa a coordenação é grande, pois conhece e sente na pele as dificuldades de ser negro, LGBT e de povo de santo. “Espero poder contribuir com a construção de políticas públicas, eficientes, eficazes, para de fato alcançar as pessoas que mais precisam, os grupos vulnerabilizados. Faremos o possível para que essa coordenação alcance todos, quilombolas, LGBTs, população negra encarcerada. Viemos com a visão ampla, de saúde, de mulheres e onde o povo negro estiver, não mediremos esforços para que a coordenação chegue junto nesse desafio”, ressaltou ele.
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