Lula só toma posse em 1º de janeiro. Mas ele e seu time já estão trabalhando para reconstruir o país e garantir uma vida melhor para o povo brasileiro.
Nesta quinta-feira (3), o vice-presidente eleito e coordenador do governo de transição, Geraldo Alckmin (PSB), e o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) se encontraram com o relator do Orçamento de 2023, o senador Marcelo Castro (MDB-PI).
Na conversa, ficou acertado que o governo de transição do presidente Lula apresentará, na próxima terça-feira (8), propostas que vão corrigir as falhas no orçamento que o governo Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional.
Dessa forma, o novo governo Lula quer garantir, com o apoio do Congresso Nacional, o Bolsa Família de R$ 600 com R$ 150 extras para cada criança com menos de 6 anos, e o reajuste do salário mínimo acima da inflação já em 2023.
Também são prioridades a retomada de investimentos no programa Farmácia Popular, a manutenção da desoneração dos combustíveis, a correção da tabela do Imposto de Renda e a diminuição da fila do SUS.
Outra preocupação é garantir os recursos necessários para serviços e obras públicas em andamento não sejam paralisados. Como explicou Alckmin, se o orçamento continuar do jeito que Bolsonaro enviou, certamente vários projetos acabarão interrompidos.
“É uma preocupação nossa, porque não está adequado no orçamento que foi enviado para o Congresso Nacional. Então, há a necessidade de haver uma suplementação para garantir os serviços, garantir as obras”, explicou o vice-presidente, que pretende se encontrar ainda com os presidentes da Câmara e do Senado.
Além de Alckmin e Dias, também estavam no encontro com Marcelo Castro a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e o coordenador do programa de governo de Lula, Aloizio Mercadante, além de outros parlamentares do Partido dos Trabalhadores.
Gleisi e Mercadante também acompanharam Alckmin, mais tarde, em uma reunião com o atual chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, no Palácio do Planalto. O encontro busca organizar o processo de transição, como determina a Constituição.
Wellington Dias explicou que os ajustes necessários no orçamento serão feitos de duas formas. Primeiro, uma equipe técnica do governo de transição fará todos os cálculos para que as medidas e os valores necessários sejam incluídos no orçamento de 2023.
Além disso, será apresentada uma proposta de emenda à Constituição (a PEC da Transição) para assegurar a realização desses investimentos dentro da lei. “Encontramos muito boa vontade aqui, em um gesto pelo Brasil, para que possamos neste momento tratar de várias emergências”, afirmou Dias, referindo-se à boa recepção que as propostas tiveram por parte de Marcelo Castro.
Também presente na reunião, o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), mostrou otimismo com o início da transição governamental. “Vamos juntos com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin iniciar as negociações por mudanças no Orçamento para manter benefício de R$ 600 e aumentar salário acima da inflação. Hoje começaremos a reconstrução do Brasil”, resumiu.
Já o líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (MG), ressaltou, em entrevista à CNN Brasil, que o Brasil tem muito potencial para se desenvolver, mas estava faltando um projeto de nação.
Segundo Lopes, o projeto liderado por Lula começa com o compromisso de nenhum brasileiro passar fome. “E para realizar essa primeira ação, precisamos garantir os R$ 600 para mais de 20 milhões de famílias”, disse.
PT Nacional com o PT Câmara e PT Senado.
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