Para melhorar ainda mais a qualidade das castanhas produzidas no território acreano, a Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa), com o apoio financeiro do Programa REM Acre Fase II, em parceria com a SOS Amazônia e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária de Rondônia (Embrapa-RO), ministrou, nos dias 25 e 26 de outubro, o curso de boas práticas de produção de castanha-do-brasil e produção de mudas de castanheiras em mini estufas aos extrativistas e produtores do Seringal Rio Branco, localizado na Reserva Extrativista Chico Mendes, em Xapuri (AC).
Os produtores e extrativistas receberam aulas teóricas e práticas sobre: aspectos gerais da castanheira, legislação relacionada à produção de mudas florestais, produção de mudas por propagação vegetativa, teoria e prática de produção de mini estufas e mercado e comercialização.
O produtor Damião Costa Benigno, morador da Colocação Boa Vista, localizado na Resex Chico Mendes, destacou a importância da capacitação:
“Aprendemos novas experiências e passamos para outras pessoas que queiram fazer parte do projeto, que é a produção da castanha, o reflorestamento, que agrega no potencial da reserva”.
A técnica de mini estufa busca auxiliar na produção de mudas em baldes ou em caixas de isopor para acelerar o processo de germinação das sementes da castanha-do-brasil, que tem um processo lento de crescimento.
“Essa capacitação foi de fundamental importância para levar técnicas e somar com ao conhecimento que os povos da floresta já têm a respeito do extrativismo da castanha-do-brasil e o resultado foi muito positivo. É importante a participação da Sepa, juntamente dos parceiros, em levar essa capacitação que eles possam estar produzindo suas mudas e reflorestando as clareiras”, explicou a engenheira da Sepa, Eneide Taumaturgo, responsável pela ministração do curso na Reserva Chico Mendes.
O Programa REM tem como meta capacitar 360 famílias extrativistas das reservas situadas em Xapuri, Brasileia, Epitaciolândia, Assis Brasil, Sena Madureira, Bujari e Rio Branco. O objetivo é contribuir para o fortalecimento da cadeia da castanha, maior qualidade do produto final, estimular a produção de mudas e conscientizar sobre o reflorestamento de áreas degradadas. A iniciativa contribui ainda para geração de renda e qualidade de vida de dezenas de famílias extrativistas.
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