A vereadora e pré-candidata a deputada federal, Marta Rodrigues (PT), destacou a importância do papel das mulheres para a Independência da Bahia e do Brasil, festejada neste sábado, no desfile do 2 de Julho, e disse que elas são hoje peças-chave para o fortalecimento da democracia e a retomada da luta por direitos e justiça social no país.
“A nossa independência foi conquistada com a luta e o suor de muitas mulheres, donas de casa, quituteiras, trabalhadoras que se uniram de diversas formas e estratégias, entre elas guerreiras como Maria Quitéria, Joana Angélica, Maria Felipa e a Cabocla. Hoje, constituímos maioria populacional no país, somos a maioria do eleitorado, e fomos responsáveis pela grande oposição ao desgoverno de Bolsonaro, desde seu início. As mulheres no processo democrático deste país sempre foram fundamentais e precisamos reforçar isto”, declarou.
Segundo a petista, a representatividade feminina na política e nos espaços de poder é essencial para que o Brasil alcance a equidade de gênero, e dessa forma, a tão almejada justiça social. “Pesquisas já mostraram que nós mulheres fomos uma pequena minoria na adesão às pautas de extrema-direita, ao discurso de ódio e antidemocrático do governo federal, como fechamento do STF, interevenção militar, auditoria nas urnas eletrônicas, dentre outros. É preciso que se dê voz às mulheres e que ocupemos os espaços, agora, nessa retomada do desenvolvimento social no país”, disse.
Marta lembra, ainda, que destacar o papel das heroínas do 2 de Julho é respeitar a ancestralidade feminina baiana, principalmente as mulheres negras e indígenas. “Que estas mulheres nos sirvam de exemplo e de espelho nesse ano, e em todos que virão, para voltar a reconstruir o Brasil com pautas justas, de equidade, antirracista, antimachista e antimisógina”, pontuou. A petista foi autora de um projeto na Câmara de Salvador que nomeia a ponte Salvador-Itaparica de Maria Felipa, uma reivindicação apresentada pela Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen).
“Representatividade importa, nos move e nos incentiva. Não podemos deixar que o racismo e o machismo apaguem nossa história e nossa participação em diversas lutas fundamentais para o fim da colonização, da escravidão e pela conquista da equidade”, concluiu.
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