Governador Wilson Lima anunciou aporte de R$ 5 milhões para a chamada
A chamada Amazônia +10, um desdobramento do Programa Amazônia +10, lançado durante a Reunião Anual da Força-Tarefa de Governadores pelo Clima e Florestas (GCF Task Force), realizada em Manaus em março deste ano, irá apoiar pesquisas que contribuam para a resolução de problemas prioritários para o avanço sustentável na região amazônica. O anúncio foi feito durante o Fórum Nacional Consecti e Confap, que ocorre na capital amazonense.
A abertura oficial do evento, na quinta-feira (09/06), foi realizada pelo governador do Amazonas, Wilson Lima, que anunciou investimentos de R$ 5 milhões, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), para a chamada pública.
A iniciativa Amazônia +10 recebe ainda recursos de outros estados da Amazônia Legal, por meio das Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs), além da contribuição da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e de governos de estados do Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país, totalizando até o momento a adesão de 17 FAPs.
Mais de R$ 52 milhões serão investidos na chamada do Programa Amazônia +10. A diretora-presidente da Fapeam e vice-presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Márcia Perales Mendes Silva, destacou que, todas as vezes em que se discute sobre os novos desafios do Brasil, inevitavelmente, a Amazônia precisa estar pautada, em razão da sua grandiosidade e diversidade.
“Nós hospedamos o maior banco genético do mundo, a maior província mineral, uma imensurável biodiversidade, mas nós também temos uma população de 35 milhões de pessoas na Amazônia Legal composta por povos originários, comunidades remanescentes dos quilombolas, comunidades extrativistas, ribeirinhos, caboclos, seringueiros, entre outros. Temos mais de 200 mil indígenas e 180 povos indígenas que falam diferentes línguas”, disse Márcia Perales.
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Para o presidente do Confap, Odir Dellagostin, o lançamento de um edital conjunto entre as FAPs demonstra a sinergia que existe entre as diferentes unidades da federação e a importância que tem a Amazônia no contexto nacional e mundial.
“É um momento de muita alegria para nós lançarmos um edital conjunto entre as FAPs. A iniciativa partiu dos secretários do Consecti, juntamente com a Fapesp, que trouxeram a ideia e o Confap acolheu e se engajou na estruturação dessa iniciativa”, acrescentou.
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O diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da Fapesp, Carlos Américo Pacheco, enfatizou que a ação se trata de uma estratégia para criar alternativas de emprego e renda sustentáveis compatíveis com a manutenção da floresta em pé.
“Você não vai ter resposta razoável para a Amazônia se você não der alternativas reais e sustentáveis, do ponto de vista ambiental, mas economicamente sustentáveis para essa população que vive aqui”, observou, acrescentando que a iniciativa busca soluções que apontem contribuições científicas ou de inovação para a resolução de problemas prioritários.
Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), Rafael Pontes, um dos maiores portfólios do Brasil para o mundo é a Amazônia.
“Esse esforço coletivo busca trazer e canalizar esforços para resolver os problemas da Amazônia e, com isso, resolver problemas de muitos, transferindo tecnologia para o Brasil e para o mundo”, enfatizou.
O edital irá apoiar projetos nos seguintes eixos: 1) Territórios como infraestrutura e logística que facilitam o desenvolvimento sustentável em dimensão multiescalar; 2) Povos da Amazônia como protagonistas do conhecimento e da valorização da biodiversidade e adaptação às mudanças climáticas; e 3) Fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis pelos amazônidas. Os projetos terão duração de até 36 meses.
O Fórum Nacional do Consecti e Confap reúne presidentes e representantes das 26 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), secretários estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), gestores de entidades acadêmicas, científicas e de agências federais e internacionais de fomento à CT&I.
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