Falar da musicalidade da Amazônia, primeiramente a que emerge com o canto dos pássaros, depois visitar as ancestralidades africana e indígena e arrematar com a música oriunda da periferia, como o tecnobrega e das aparelhagens sonoras. Foi com esse enfoque que a Escola de Samba Piratas da Batucada apresentou na Aldeia Cabana o enredo"O Cantar Caboclo da Amazônia". Nem mesmo a forte chuva que caiu na madrugada de domingo, 16, foi capaz de impedir a energia e a vibração do público, encantado com a organização do desfile.
Fundada em 1974, no bairro do Reduto, a Escola de Samba Piratas da Batucada ficou em sétimo lugar no desfile do ano passado. Para a edição do Carnaval Belém 2025, a Escola quer ir mais longe. No corredor da folia, entrou com1.200 brincantes distribuídos em doze alas e quatro carros alegóricos que retrataram o resgate da musicalidade amazônida, considerando os sons da natureza até a melodia produzida na periferia de Belém.
"É a nossa música, é a nossa cultura, é a nossa alma amazônida que estamos trazendo para a avenida nesse ano", definiu o diretor de carnaval da escola, Jamil Moutinho, que não conseguia esconder a emoção de estar mais um ano à frente da organização da agremiação carnavalesca.
Outro que compartilhava do mesmo sentimento foi o mestre sala Bené Brito, um dos brincantes mais antigos e que desfila há 25 anos pela Piratas da Batucada. "Por mais que eu esteja na escola há mais de duas décadas, a emoção é a mesma a cada ano quando a gente se aproxima da passarela e dos juízes", disse.
A porta-bandeira Ana Flávia já desfila pela escola há 14 anos e confessou ser uma herança de família estar na Piratas da Batucada. "Eu sou da atual geração de uma família que está na escola desde a fundação e vou continuar minha missão porque amo a Piratas", disse.
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