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Saúde destaca importância do aceite familiar para doação de órgãos

Sergipe já registrou nove doadores em 2025; dentre eles, um paciente de 11 anos que expressou seu desejo ainda em vida

07/03/2025 às 16h02
Por: Redação Fonte: Secom Sergipe
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Sergipe já registrou nove doadores em 2025 / Foto: Valter Sobrinho
Sergipe já registrou nove doadores em 2025 / Foto: Valter Sobrinho

Mesmo ainda sendo um desafio, principalmente por conta do aceite familiar, o ato da doação de órgãos e tecidos tem representado uma nova chance para aqueles que estão na fila, em diversas partes do país. Doar é um ato de ressignificar a perda e se tornar esperança na vida de pessoas que aguardam por um transplante. Em todo o Brasil, mais de 45 mil pessoas esperam por transplantes de órgãos.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil é referência mundial na área de transplantes, possuindo o maior sistema público nesta área. Em números absolutos, o país é o segundo maior transplantador do mundo. Entre os órgãos que podem ser doados estão os rins, fígado, coração, córneas e pele.

Em 2024, Sergipe registrou 57 doadores, o que representa um aumento de 42,5% em comparação a 2023 (que teve 40 doadores de órgãos). Já em 2025, o estado contabilizou nove doadores.

Dentre eles, está um paciente de 11 anos que expressou o seu desejo ainda em vida de se tornar doador. Ele sofreu um acidente automobilístico no último dia 3 de março, e foi admitido na Unidade Pediátrica de Alta Complexidade Dr. José Machado Souza do Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse).

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“Este foi um caso que nos emocionou bastante, pois sempre falamos da importância em conversar com os familiares quanto à vontade em ser um doador de órgãos. Mesmo com pouca idade, ele falou para a família que gostaria de ser um doador. Sabemos que é um momento bastante delicado e a família aceitou o seu desejo. Com certeza, irá ajudar outras pessoas”, comentou a coordenadora da Organização de Procura de Órgãos (OPO), Darcyana Lisboa. No paciente foram captados os rins, fígado e córneas.

Como forma de homenagear a luta do paciente e o ato da família, os profissionais do Huse e da OPO formaram um corredor humano durante a saída na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pediátrica. O momento foi marcado por aplausos de toda a equipe.

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Além disso, a equipe da OPO também entregou aos familiares uma lembrança em forma de agradecimento: um urso que continha sons dos batimentos cardíacos do paciente. “Enquanto Organização de Procura de Órgãos, fazemos o acolhimento familiar desde o início do protocolo de morte encefálica. O protocolo é de notificação obrigatória. A família é envolvida em todo o processo e o aceite familiar é imprescindível para a doação”, destacou a coordenadora.

Para que o paciente seja doador, é preciso expressar ainda em vida, a intenção aos seus familiares, para que haja a autorização da doação pela família.

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Protocolo de Morte Encefálica

O protocolo para a doação de órgãos é iniciado com a identificação de pacientes neurocríticos, que estejam em Glasgow 03, indicando uma provável morte encefálica. “Quando a equipe médica percebe que o paciente não está respondendo a estímulos encefálicos, tem início a investigação da morte encefálica. São realizados dois exames clínicos, e o exame complementar, que é um exame de imagem que constata ausência de atividade elétrica, metabolismo ou fluxo sanguíneo no encéfalo”, explicou Darcyana Lisboa.

Foto: Valter Sobrinho
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Foto: Valter Sobrinho
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