Mais de 400 pessoas participaram nesta segunda-feira (24) do lançamento do livro “Teatro Guaíra 140 Anos”. O evento, que marcou o encerramento das comemorações do aniversário de 140 anos do espaço cultural, celebrou não apenas a trajetória do Guaíra, mas também a importância de preservar a memória de um dos mais importantes complexos culturais da América Latina. .
O livro escrito pelo jornalista, poeta e escritor Zeca Corrêa Leite é um mergulho na história do teatro, desde sua fundação em 1884 até os dias atuais. A obra resgata os bastidores, os espetáculos marcantes e os corpos artísticos que fizeram do Guaíra uma referência nacional e internacional. O autor trabalhou por um ano na pesquisa e elaboração do livro e compartilhou sua experiência de mergulho nesta história.
“Foi fascinante descobrir coisas que eu mesmo não sabia, mesmo sendo frequentador do teatro. O Guaíra é um território do mágico, um espaço de encantamento e construção de emoções. E isso fica na memória. Todas as pessoas que passaram por aqui, contribuíram para espetáculos que emocionaram milhares de outras pessoas", disse Zeca. "O teatro fica na alma da gente e isso que fica: carregar essa emoção para sempre.”
Foram produzidos 3 mil exemplares e distribuídos gratuitamente durante o lançamento. Em breve, também será disponibilizada a versão digital da obra.
A noite foi marcada por emoção e celebração. Autoridades, artistas, técnicos e admiradores do teatro lotaram o espaço para prestigiar o lançamento.
A secretária estadual da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, destacou a importância do livro como um registro permanente da memória do Guaíra. “O livro é o fechamento da celebração dos 140 anos. O teatro é muito vivo, acontece muita coisa aqui, mas são peças e espetáculos que permanecem vivos na nossa memória. Agora, temos um produto materializado, que não está só no nosso imaginário, mas nas páginas que podemos virar e reviver. Impossível olhar para os lados e não ver ninguém com um sorriso no rosto”, disse .
Cleverson Cavalheiro, diretor-presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra, reforçou a importância do projeto de resgate da memória. “Sem memória, não temos identidade. Folhear este livro é como caminhar pelos palcos, plateias, camarins e escadas do Guaíra. É um documento que preserva a história e as histórias de quem fez e faz parte dessa instituição”, afirmou.
Ele ainda lembrou que o livro integra uma série de publicações que visam preservar a memória do espaço cultural, como os livros lançados “Balé Teatro Guaíra – 52 anos de uma história da dança paranaense da pesquisadora e coreógrafa Cristiane Wosniak, e do Teatro de Comédia do Paraná de autoria do jornalista Alvaro Collaço.
Áldice Lopes, diretor artístico do Guaíra, lembrou da importância dos registros de imagens presentes nesta obra, ricamente ilustrado e com várias referências que também contam a história do espaço. “Um agradecimento a todos os fotógrafos que fizeram o registro desta memória, com sensibilidade, sutileza. Nosso muito obrigado a todos os fotógrafos criadores”, disse.
O diretor artístico também celebrou o sucesso do evento. “Foi um sucesso absoluto. Não esperávamos tanta receptividade. Tivemos a presença de grandes personalidades, como a doutora Rogéria Dotti, familiares do arquiteto Rubens Meister, que foi responsável pelo projeto do Centro Cultural Teatro Guaíra, e representantes da classe teatral das décadas de 60, 70 e 80. Foi uma noite mágica”, destacou.
"Os 140 anos do Teatro Guaíra mereciam um livro para ser folheado com o olhar cuidadoso de quem compreende que o presente é feito de muito passado, e o futuro são as páginas em branco que ainda serão escritas pelos grandes profissionais das artes do presente”, arrematou.
Saiba mais sobre as histórias e a trajetória do Centro Cultural Teatro Guaíra na série de reportagens “Guaíra 140” , produzida pela Agência Estadual de Notícias (AEN).
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