O programa Alfabetiza Sergipe inicia suas atividades com uma aula inaugural realizada nessa segunda-feira, 17, no Centro de Excelência Doutor Milton Dortas, em Simão Dias, centro sul sergipano. A escola recebeu cerca de 200 estudantes, distribuídos em oito turmas, que participaram de uma recepção especialmente preparada para acolhê-los. Durante o evento, os alunos receberam um kit pedagógico e livros elaborados pelos professores, além do suporte do Programa Acolher, que oferecerá acompanhamento socioemocional e educacional.
A aula inaugural também ocorreu em outras unidades escolares nos 34 municípios prioritários do programa, selecionados de acordo com a quantidade de cidadãos não alfabetizados, público-alvo do Alfabetiza Sergipe. O superintendente executivo da Secretaria de Estado da Educação, Edson Costa, destacou em seu discurso a importância da colaboração entre governo, educadores e comunidade para garantir o sucesso do programa. Ele reforçou que o Alfabetiza Sergipe é um projeto estruturante dentro das ações de educação do Estado, alinhado ao compromisso de reduzir os índices de analfabetismo e fortalecer o direito à aprendizagem.
"A alfabetização não é apenas um processo técnico, mas também um ato que amplia horizontes e transforma vidas. Nosso compromisso é assegurar que cada estudante aqui presente tenha as condições necessárias para aprender e avançar em sua trajetória educacional", afirmou. Vale ressaltar que as inscrições para o Alfabetiza Sergipe continuam abertas para as novas turmas, que serão formadas em março. Apesar da grande quantidade de inscritos (mais de 4 mil), o processo de busca ativa continua para que mais pessoas ainda não alfabetizadas possam ser identificadas e incluídas nesta ação.
O gestor do programa, Everton Pereira, ressaltou a dimensão transformadora da iniciativa ao citar o patrono da educação brasileira. “Paulo Freire nos ensina que ‘a leitura do mundo precede a leitura da palavra’. E é exatamente isso que buscamos com o Alfabetiza Sergipe: possibilitar que homens e mulheres tenham acesso à leitura, escrita e, acima de tudo, ao poder de transformar suas vidas por meio do conhecimento”, declarou. Ele enfatizou ainda que o programa já conta com 4.300 inscritos em 34 municípios, número que demonstra a grande demanda por iniciativas de alfabetização.
A meta é atender até oito mil jovens, adultos e idosos não alfabetizados em 34 localidades com altos índices de analfabetismo. Com estrutura para até 348 turmas, cada uma com, no máximo, 25 alunos, o programa conta com a parceria da Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela execução das formações e pelo alinhamento pedagógico das aulas.
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