O 18º boletim de monitoramento da cigarrinha-do-milho em SC traz um alerta aos produtores que que vão realizar a safrinha do milho. A recomendação é para que planejem o manejo inicial da lavoura, para impedir que insetos infectados que venham de plantios mais velhos transmitam os patógenos nas fases iniciais do milho de segunda safra.
Essa orientação torna-se ainda mais importante tendo em vista o aumento da média estadual da incidência da cigarrinha-do-milho. De acordo com o documento, a situação é esperada nesta época, visto que algumas lavouras estão em período reprodutivo, fase em que a altura das plantas dificulta o manejo de insetos.
“Destacamos a frequente detecção do fitoplasma do enfezamento vermelho, mas bastante ao acaso ao longo das semanas e locais”, relata Maria Cristina Canale Rappussi Da Silva, pesquisadora da Epagri responsável pelo monitoramento.
Já o espiroplasma do enfezamento pálido não foi detectado na 18ª semana de monitoramento. “Mas é importante frisar que esteve bastante presente na semana anterior, mostrando intermitência da infecção natural”. alerta a pesquisadora. O vírus do mosaico-estriado tem sido o patógeno mais prevalente desde o início do monitoramento para esta safra.
O ataque de cigarrinhas infectadas com os patógenos dos enfezamentos pode comprometer substancialmente a produção de lavouras de milho. Para acompanhar a situação, foi criado no começo de 2021 o programa Monitora Milho SC . É uma iniciativa do Comitê de Ação contra Cigarrinha-do-milho e Patógenos Associados, composto pela Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária.
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