Na tarde desta quarta-feira, 27, o Museu Municipal Francisco Coelho realizou o “Violões ao Pôr do Sol”, programação em parceria com a Praça da Juventude, projeto de extensão da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM), com apresentação executada por alunos do curso de violão ministrado no projeto.
Segundo Belém Meira, coordenadora da Praça da Juventude, a ideia do “Violões ao Pôr do Sol” surgiu para levar os alunos para fora da sala de aula, para terem contato com espaços e público externos e obterem a prática de banda com outros instrumentos, acompanhando o violão.
“Quando trazemos eles para um espaço externo como o deck do museu, eles têm a oportunidade de outras pessoas os assistirem. Eles vão perdendo o medo e entendendo mais sobre de prática de banda, do que é tocar acompanhado por um teclado, por uma bateria. Na sala de aula, o aluno aprende a teoria, mas essa prática, essa relação com o grupo é importante também que eles aprendam, que eles tenham”, pontua.
O professor Adryel Kauan Sousa assumiu a turma em agosto e relata sobre o desafio de ensaiar com os alunos para a apresentação. Além disso, a pretensão é que o projeto siga adiante.
“Quando eu assumi, a turma estava em andamento. Não foi muito complicado por eles já tocarem, mas tivemos um pouco de trabalho em relação aos ritmos. Não foi tão difícil, a gente conseguiu. Única parte difícil é o nervosismo, mas deu certo. A gente pretende evoluir com o projeto”, afirma o professor.
Entre as músicas do repertório, os alunos tocaram A Flor e o Beija-flor da dupla Henrique e Juliano com Marília Mendonça; Será e Tempo Perdido, da banda Legião Urbana; Azul da Cor do Mar e Gostava Tanto de Você, de Tim Maia; e Burguesinha, de Seu Jorge.
João Pedro Ribeiro tem 17 anos e começou como aluno, passando pelos cursos de futsal e informática antes de iniciar no violão onde hoje é estagiário, auxiliando o professor nas aulas.
“É gratificante para a gente que trabalha na sala de aula juntamente com o professor. É muito gratificante ver que o nosso trabalho está sendo bem feito e que eles estão conseguindo desenvolver bem. No início, estavam tensos por conta de ser a primeira apresentação deles. A maioria começou esse ano. Então, eles estavam um pouco nervosos. A gente fez questão de conversar com cada um, explicar o momento e que ia dar tudo certo.
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O curso de violão na Praça da Juventude tem dois anos de duração. O primeiro ano é voltado para noções básicas da prática do instrumento. No segundo ano, os alunos têm acesso a técnicas aprofundadas. Atualmente, a extensão possui mais de 100 alunos matriculados nas turmas de violão, entre crianças, jovens e adultos.
Uma das alunas é Myllena Teixeira, 25 anos, que está no segundo ano do curso. Ela começou as aulas por meio de uma forte influência musical por parte da família e tem em Liah Soares uma inspiração de artista que toca violão. Foi a primeira vez que ela se apresentou ao público.
“Eu sempre gostei de tocar violão, mexer nos instrumentos dos meus familiares. A música sempre se fez presente na minha família. Eu fiquei encantada ao ver artistas paraenses e eu tinha algumas influências que me levaram a querer aprender mais, seguir esse modelo de tocar o coração das pessoas pela música. Por meio da música, a gente pode expressar nossos sentimentos”, ressalta.
“O professor confia muito no nosso potencial e isso faz a gente acreditar também. É uma alegria muito grande, um misto de sentimentos, tanto de nervosismo, mas também de alegria de fazer o que gosta”, conclui.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Patrícia Pereira (Sob supervisão)
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