Participaram da solenidade, o secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antonio Silva Lima Neto; o superintendente da ESP/CE, Luciano Pamplona; e a diretora-geral do SVO, Anacélia Gomes de Matos
Com o objetivo de capacitar os trabalhadores do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e a Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) promoveram a primeira edição do Curso de Qualificação em Anatomia e Necropsia. O encerramento da capacitação se deu na manhã desta segunda-feira (25), na sede do SVO.
Participaram da solenidade, o secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antonio Silva Lima Neto; o superintendente da ESP/CE, Luciano Pamplona; e a diretora-geral do SVO, Anacélia Gomes de Matos; além de outros gestores e dos concludentes.
Ao todo, 20 trabalhadores receberam o certificado do curso, que durou 250 horas, distribuídas em quatro meses. Os profissionais já trabalhavam no SVO, em vários setores da instituição. A iniciativa é pioneira no Ceará.
Ao todo, 20 trabalhadores receberam o certificado do curso
Para o secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, a iniciativa vem para fortalecer o trabalho já desenvolvido pela unidade da Sesa. “Estamos entregando um produto educacional robusto, com uma formação bem sólida, para aperfeiçoarmos a Vigilância no Ceará. O serviço de necropsia desenvolvido aqui auxilia bastante nos diagnósticos post mortem [posterior à morte], o que contribui para um trabalho qualificado”, ressaltou.
O curso, pioneiro no Ceará, teve currículo idealizado pela ESP/CE e a Sesa
O superintendente da ESP/CE destacou o papel histórico dessa turma, por conta do pioneirismo dessa capacitação. “Vocês estão fazendo história e acreditamos que, a partir dessa turma, poderemos alinhar alguns ajustes e melhorar ainda mais essa capacitação para os futuros alunos, inclusive com monitores para auxiliar na preparação. E isso irá ajudar para termos técnicos mais preparados, porque o SVO tem um papel muito importante para entendermos o perfil de mortalidade do Ceará”, disse.
Com aulas teóricas e práticas em disciplinas como políticas públicas e biossegurança, vigilância do óbito e técnicas de necropsia e microbiologia, o curso foi realizado com a participação de profissionais de vários setores daquela unidade, de forma gratuita, por meio de uma seleção interna.
A diretora-geral do SVO, Anacélia Gomes de Matos, parabenizou a dedicação dos concludentes. “Só o fato de não registrarmos nenhuma evasão já mostra o compromisso de todos, que aliaram a capacitação ao trabalho formal no SVO. Eu sempre destaco o quanto a educação é importante, porque sei o quanto os estudos fizeram diferença na minha vida profissional. Sou sempre a primeira a incentivar”.
A ESP/CE e a Coordenadoria de Políticas de Educação, Trabalho e Pesquisa em Saúde (Coeps) da Sesa elaboraram o currículo da capacitação, unindo teoria e prática. “Fizemos um projeto que suprisse a necessidade da nossa força de trabalho no SVO e tivemos o apoio e a execução da ESP/CE e da Coeps, que foram fundamentais para que o curso fosse possível”, pontua Márcia Andrade, gestora do centro de estudos do SVO.
A capacitação foi realizada com a participação de profissionais de vários setores daquela unidade
A recepcionista Geórgia Oliveira trabalha no Serviço há seis anos e viu o curso como uma oportunidade. “Desde que comecei a trabalhar aqui, sempre tive muita curiosidade com a área de anatomia, até por ter um curso de laboratório, que fiz assim que concluí o Ensino Médio. Então, quero estar preparada, caso apareça uma vaga como técnica”.
Um dos concludentes do curso foi o técnico em necropsia, Carlos Roberto Leite
Outro concludente do curso foi o técnico em necropsia, Carlos Roberto Leite. “Apesar de ter 20 anos de experiência na área da dissecação em uma universidade, essa é a primeira vez que trabalho com necropsia. Estou aqui há quase um ano. Com o curso, aprendi mais sobre a técnica e será muito útil para o trabalho que já desenvolvo”, relatou.
O SVO é referência estadual na realização gratuita de necropsias para a elucidação de mortes naturais não definidas. Instalado em Fortaleza, o equipamento funciona de domingo a domingo, 24 horas por dia, investigando, ainda, óbitos súbitos sem indícios de violência, falecimentos domiciliares sem assistência médica, além daqueles registrados em pronto atendimento ou em via pública sem razões determinadas.
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